23.4.09

A bola pode passar, o resto é que não

Quem assistia aos jogos do FC Porto, já há muito que se tinha apercebido.
Para travar Hulk, valia tudo. Foi assim em Guimarães, em Paços de Ferreira e estava a ser assim, ontem, na Amadora.
Resultado: Hulk apenas durou 9 minutos porque teve que sair, com uma lesão grave, após uma entrada violentíssima de um jogador adversário, desesperado por não conseguir impedi-lo de jogar futebol.
Provavelmente, para Hulk a época acabou.
Quanto ao senhor que lesionou o melhor jogador do campeonato português, nem cartão amarelo levou. Assim, vai poder a continuar a espalhar a sua classe até ao final da época.
Estamos condenados a ter que admirar os Katsouranis. Os Andersons ficam para quem pode...

22.4.09

Vocação forçada

Confesso que não vi a entrevista de José Sócrates, ontem, na RTP1. A excepção fora alguns momentos em que o zapping me fazia lá parar.
Numa dessas pequenas paragens, ouvi o o primeiro-ministro, acerca do caso Freeport (cito de cor):

"-Não é assim que me derrotam (...) tenho pouco jeito para fazer de vítima (...)
(...)
- Contra mim já fizeram uma campanha negra (...) Sabe, já fui vítima de muitas campanhas (...)"

16.4.09

Acabou

O FC Porto e Jesualdo Ferreira tiveram o grande mérito de nos fazer acreditar que, mais uma vez, era possível.
Ontem, não jogaram particularmente bem, mas, no conjunto dos dois jogos, foram superiores ao Man Utd. A excepção foi aquele remate de Ronaldo que saiu do seu limbo de presunção durante uns segundos, para depois voltar a ser secado por Sapunaru, Cissokho, Fernando e companhia.
Se pertencêssemos a uma liga com dinheiro, diria que, na próxima época, estaríamos novamente aí, para discutir taco a taco . Assim, resta-nos aguardar pelo que vai sobrar desta equipa em 2010 e esperar por mais uns milagres da descoberta.
De todo o modo, o FC Porto sai de cabeça erguida, sem vitórias morais e com razões redobradas para torcer pelo Barcelona e Lionel Messi.

15.4.09

Um cabeça de lista

O anúncio de Paulo Rangel como cabeça de lista do PSD para as eleições para o parlamento europeu demonstra o estado do partido e da política em Portugal.
Em primeiro lugar, devo dizer que Paulo Rangel é um político cheio de valor e substância e um dos melhores parlamentares da Assembleia da República.
Dito isto, penso que seria muito mais útil cá, na batalha do dia a dia, do que em Bruxelas, onde a relevância das suas intervenções será inevitavelmente secada pela distância e a falta de imediatismo.
A dificuldade do PSD em arranjar um cabeça de lista credível mostra, obviamente, a pobreza que o rodeia. Não por culpa da sua actual líder, como se diz por aí, mas por culpa das anteriores lideranças e do fascínio que o poder suscita no nosso país.
Após a saída de Durão Barroso, o partido perdeu-se em lideranças estéreis, primeiro com os devaneios de Santana Lopes, seguidos da menoridade de Marques Mendes e que terminaram em histeria com Menezes.
Com isto, conseguiu-se descredibilizar o partido e, a pouco e pouco, afastar grande parte das pessoas que ainda podiam marcar a diferença.
Junte-se a cultura portuguesa da atracção pelo poder. No nosso país, quem manda adquire imediatamente uma aura de credibilidade e respeitabilidade que nunca teve até essa data. Foi assim com Durão Barroso e é assim com Sócrates.
Surgem sempre uma série de sabujos e mangas de alpaca prontos a apoiar tudo o que vem de cima, ao mesmo tempo que os clientes do regime se escondem, incapazes de afrontar quem pode decidir o destino dos seus negócios.
Resultado: quem está na oposição tem fatalmente uma extrema dificuldade em aliciar pessoas.

9.4.09

Outos horizontes

Defender Berlusconi não me dá qualquer prazer, mas, acerca da rábula do camping de fim-de-semana, leia-se "Os policias de Berlusconi", por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado

8.4.09

Onde realmente conta


Agora é esperar pela batalha final, sem advogados, juízes, procuradores ou testemunhas, mas com Fernando, Cissokho, Lisandro, Meireles, Rodriguez, Rolando, Hulk (que bem que me enganei), Bruno Alves (o bom), Lucho, Sapunaru (parece outro) e Jesualdo (que bem merece).

7.4.09

Os amigos

José Sócrates começou a processar os jornalistas por textos que não gostou.
João Miguel Tavares, do Diário de Notícias, e José Manuel Fernandes, do Público, parecem ser, por agora, os escolhidos.
O artigo do jornalista do DN pode ser violento e impetuoso, mas dificilmente sairá dos limites da liberdade de expressão acerca de uma figura pública e com notoriedade política.

A liberdade de imprensa é uma chatice. Bem que Chávez e José Eduardo dos Santos já tinham chamado à atenção para isso...

6.4.09

Sem vergonha

Como é que alguém com este currículo pode chegar a ministro da Justiça? Em Portugal tudo é possível. José António Barreiros recorda como Alberto Costa foi demitido...

2.4.09

Inacreditável

Depois de anos a fio a aturar o João V. Pinto, decidiram fazer jurisprudência com Lisandro López...

Adenda: Jorge Maia, n' O Jogo cita, e bem, o pénalti de Di Maria contra o SC Braga. Mas isso são pormenores que não interessam aos justiceiros.

1.4.09

O umbigo

Hoje, no regresso de uma inútil ida ao tribunal de Monção, ouvia a rádio Comercial, quando o locutor, Diogo Beja (também conhecido por ser sua a voz que aparece sempre que nos tiram Carolina Patrocínio do ecrã, no seu programa da SIC), decidiu oferecer um GPS a quem respondesse correctamente a uma pergunta.

A dada altura (cito de cor), dirigindo-se para o concorrente, atirou:

"Ouça lá, mas não utilize isto na 2ª circular, como costumo ver às vezes. Nenhum português se consegue perder na 2ª circular... ainda se fosse na VCI, no Porto, com aquele trânsito sempre tão confuso..."

Outros horizontes

Para perceber melhor a falência da Islândia, ler "Wall Street on the Tundra" por Michael Lewis na Vanity Fair.