27.4.07

Lavar as mãos

Planos Municipais deixam de ser ratificados pelo governo, reforçando-se o poder das autarquias.

Vergonha na cara


Ouvir hoje na TSF, a proeminente bloquista Joana Amaral Dias falar sobre autarcas arguidos e câmaras ingovernáveis, lembrou-me que Salvaterra de Magos não deve ficar em Portugal. Até já me esquecia de superioridade moral do Bloco.

Simplex na Justiça

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga encontra-se praticamente paralisado há um mês, devido a problemas com o sistema informático.
Como nos tribunais administrativos e fiscais a desmaterialização processual está muito avançada, o seu normal funcionamento está intimamente ligado à operacionalidade das aplicações informáticas. De momento, o TAF de Braga encontra-se praticamente impedido de juntar novos documentos aos processos pendentes e dar seguimento aos processos que entram.
Tal facto, já de si grave, numa Justiça que deveria ser célere e pronta, assume contornos ainda mais dramáticos se nos lembrarmos que, com as constantes investidas do legislador nas garantias dos contribuintes, os tribunais são o último garante que lhes resta para combater uma administração fiscal que passou de uma inércia indolente para uma hiperactividade radical.

P.S. - O TAF de Braga abarca, territorialmente, todos os processos das comarcas de Amares, Arcos de Valdevez, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Caminha, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Felgueiras, Guimarães, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Valença, Viana do Castelo, Vieira do Minho, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Famalicão,Vila Verde e Vizela.
Dada a limitação geográfica, não merece qualquer referência nos meios de comunicação nacionais...

26.4.07

Eufemismos

Reacção do director do Teatro Plástico, Francisco Alves, um dos líderes do grupo de pessoas que ocuparam o Rivoli em protesto contra a atribuição a Filipe La Féria da exploração daquele espaço durante quatro anos, à dedução de acusação pelo Ministério Público:

"Sempre pensei que a queixa fosse arquivada, até porque a ocupação foi apenas o prolongamento de um acto teatral"

O Túnel II


Vá lá, anda o país siderado com a abertura de um túnel. E quando abrem os telejornais com a chuva na capital? Parolices...

O Túnel

A julgar pela cobertura mediática, parece que foi inaugurado um túnel que atravessa o país, do Minho ao Algarve, melhorando a qualidade de vida de dez milhões de portugueses...

24.4.07

Outros horizontes II

"Entre Moura e Loureiro", por Luís Januário, n' A Natureza do Mal.

Outros horizontes

Sobre o recém-redescoberto demónio da extrema direita, ler "Há vida para além dos socialismos e dos nacionalismos", por Rodrigo Adão da Fonseca, n´O Insurgente.

Boris Ieltsin


O mundo despede-se de Boris Ieltsin.
Ficará merecidamente na História, mas não conseguirá escapar a comentários ambíguos e opiniões divergentes.
Acima de tudo, será lembrado por, em tempo recorde, ter transformado uma ditadura comunista numa democracia decadente, bem espelhada no seu declínio físico, no momento de despedida do poder.
Após ter ajudado a libertar a Rússia do tenebroso domínio comunista, acabou por entregá-la nas mãos do sombrio Vladimir Putin.

23.4.07

Protagonismos

Qual a necessidade que equipa médica responsável por Eusébio tem de fazer sucessivas conferências de imprensa à hora dos telejornais, num caso aparentemente normal e em que tudo corre como o previsto?

Portas reloaded

A melhor forma de avaliar o verdadeiro peso político que Paulo Portas ainda tem em Portugal é a indiferença que o seu anunciado, preparado, cozinhado, esperado (...) regresso provocou no país.
Os mais interessados na mais recente versão portista deverão mesmo ser os mais atentos às novas tendências da moda...

22.4.07

Velhas oportunidades


(via Avenida Central)

21.4.07

Candidatos arguidos

Em Portugal, qualquer detentor de cargo de poder a contas com a justiça nunca se sente minimamente encorajado a abdicar do seu lugar. É sua convicção (e talvez com razão) que a sua manutenção no cargo, e por conseguinte poder, é uma garantia contra uma eventual condenação.

Co Adriaanse

Velhos costumes

A campanha Novas Oportunidades é a mais fiel imagem de um país bacoco e provinciano, onde o sucesso não se mede pelo facto de sermos bons ou os melhores naquilo que fazemos, mas sim por sermos apontados na rua, por conduzirmos um carro de luxo que provavelmente nunca irá ser pago e podermos ostentar um título quando atendemos o telefone, recebemos uma carta ou puxamos do cartão de crédito.

20.4.07

Fair-play

Independentemente da frustração que, hoje, certamente, acompanha grande parte dos adeptos bracarenses, numa coisa Jorge Jesus tem tido razão ao longo desta época. É tempo de acabar com a fantochada do fair-play português de atirar a bola para fora sempre que um jogador cai no chão e que apenas serve para deixar passar o tempo e quebrar o ritmo de jogo ao adversário.
Na esmagadora maioria das vezes, o mesmo jogador que se contorce agoniado com dores, estatelado no relvado, reestabelece-se magicamente mal ultrapassa a linha limite do campo. E depois é vê-lo a correr desenfreadamente até que algum colega se lembre de fazer o mesmo...

The Foley Room, Amon Tobin

17.4.07

Se eu fosse ele...

Se eu fosse ele, utilizaria todas as ferramentas ao meu alcance para que não se divulgasse.
Se eu fosse ele, prometeria que a instituição não iria fechar portas.
Se eu fosse ele, e uma vez já lançada a ameaça, proporia o lançamento de um facto ridículo e transformá-lo-ia, aos olhos da opinião geral, na divulgação que iria ser feita.

mas uma coisa tenho a certeza: eu nunca seria ele!

As cidades do séc. XXI

Uma das grandes marcas da nossa péssima gestão autárquica é a total ausência de novas áreas de interesse ou de valor na maioria das nossas cidades.
Olhando para Braga e para a incontornável gestão de Mesquita Machado dos últimos trinta (!?) anos, constatamos que, descontando o centro histórico, que já existia, com algumas das suas (mesmo assim, discutíveis) obras de conservação e um estádio cujo cinzento das cadeiras leva sempre a melhor sobre o vermelho das camisolas, não foi criada nenhuma zona urbana que trouxesse valor acrescentado à cidade ou a tornasse mais apelativa.
Os novos bairros criados estão condenados a transformar-se em amontoados de prédios devolutos, sufocados por ruas estreitas e engolidos pela própria sombra.

O comboio do comércio mundial? Também já passou...

O governo lá vai propagandeando a subida, em valor absoluto, das nossas exportações. O problema é que muitos outros países estão também a aumentar esse valor, fazendo com que (em mais uma vertente) a nossa competitividade esteja a baixar...

16.4.07

Outros horizontes

Sobre o cartaz e o contra-cartaz, ler "Castigando os costumes", por José Pacheco Pereira, artigo do Público do último Sábado, em linha, no Abrupto.

12.4.07

Comentador selectivo

Penso que ninguém encarna o papel de comentador selectivo do regime como Vital Moreira. Praticamente só escreve sobre assuntos que convêm ao partido do governo. Quando o vento não corre de feição, remete-se ao mais ensurdecedor silêncio. Conhecendo a dureza e o rigor que muitas vezes empresta aos seus comentários, é curioso ver a infinita complacência que demonstra perante as socratices.

Reforço presidencial

Obviamente que Paulo Gorjão tem razão, mas o mais engraçado é que, ao contrário dos horríveis temores soaristas, duvido que Cavaco Silva o queira.

A apologia de Sócrates

José Sócrates não apresentou qualquer facto novo, ontem à noite, na entrevista à RTP1, limitando-se a reproduzir o que já tinha dito, ele próprio ou o seu gabinete.
A prova de um currículo académico faz-se, essencialmente, por via documental. Ora essa prova está inquinada desde início, tendo sido os seus contornos duvidosos que suscitaram toda esta polémica.
O primeiro-ministro baseou-se unicamente nos documentos que já eram do conhecimento público e que motivaram todo este processo. Ainda ameaçou mostrar os alegados recibos de pagamento de propinas, mas rapidamente voltou a enfiar os papéis na sua pasta e não sem antes referir que provavelmente a UnI não os teria. A verdade é que ali poderia estar qualquer recibo, até mesmo a lista de compras do palácio de S. Bento, que ninguém saberia.
Aliás, até houve uma contradição. Depois de dizer ao Público que não se lembrava de quem tinham sido os seus professores, ontem já se recordava das aulas de Luís Arouca.
Aqueles que se consideram esclarecidos fazem-no porque acreditam na palavra de Sócrates, nada mais.
Pese embora tudo isto e de todo o constrangimento de se ver obrigado a explicar os seus actos como se estivesse a ser julgado, pode-se dizer que José Sócrates conseguiu, pelo menos, amansar um pouco as águas. O seu percurso académico é nebuloso, mas essa nuvem não chega para colocá-lo definitivamente em causa e o facto de ter dado a cara já constitui, por si só, um bom sinal para o seu eleitorado.
O pior desta polémica será quando sair do poder. É que para já as pessoas podem sempre tratá-lo por sr. primeiro-ministro. E depois, como vai ser?...

Conversas de café

Dois amigos em conversa, enquanto tomam o pequeno almoço:

- Ouvi dizer que estás a trabalhar noutra empresa...
- É verdade, troquei.
- Ai sim, porquê? Pagam-te melhor?
- Não, fica perto da anterior...
- Ah...

11.4.07

Pinto da Costa

Também eu, tal como Carlos Abreu Amorim, assino por baixo.

«Sexta-feira, Jorge Nuno Pinto da Costa vai anunciar que se recandidata para mais três anos à frente do FC Porto, disposto a cumprir assim 28 anos consecutivos de presidência. Por razões de ordem interna e não externa, por razões que nada têm que ver com o Apito Dourado mas, sim, com renterias e mareques (...), voto contra.
E acho que, por maior que seja o reconhecimento e a gratidão, 25 anos chegam. No futebol e em tudo o resto.»

Miguel Sousa Tavares
A Bola, 10. 04. 2007

10.4.07

Afinal porquê tanta polémica à volta da UnI?

Pelos vistos, o nosso primeiro ministro não precisava de tanta interacção com a Universidade Independente: já era licenciado antes disso...

Os interesses da criança

Partindo do princípio que a Esmeralda ainda é demasiado nova para ver o programa Fátima, na SIC, e ler o Diário de Notícias e as causas de Fernanda Câncio, quem e com que interesse lhe terá posto a ideia de que o seu pai biológico pertence à categoria dos maus deste mundo?

9.4.07

300


***

Mín. * Máx. *****

6.4.07

Outros horizontes

"No entanto, ó exageros de bondade lusitana, de tanto defenderem que «um curso superior não é necessário», alguns comentadores começam por dar um mau exemplo às gerações vindouras. Não é necessário um curso superior? Como não é necessário um curso superior? Uma coisa é ser tratado por Sr. Dr., Sr. Eng.º, o que for; outra, diferente, é a desvalorização do estudo propriamente dito."

"A questão académica", por Francisco José Viegas, na Origem das Espécies.

4.4.07

Pressões

No dia em que o Público publicou a investigação sobre a licenciatura de Sócrates, só pude ler o jornal à noite. Na altura interroguei-me por que razão nenhum meio de comunicação social tinha feito referência à notícia (tinha ouvido a TSF, por exemplo). Esta semana percebi a razão.

O diploma de Sócrates

Só mesmo em Portugal é que um primeiro-ministro se pode dar ao luxo de fingir que nada disto se está a passar...

3.4.07

Mp3, DRM, CDs, etc.


O Público de hoje noticia o acordo entre a Apple e a EMI que possibilitará a venda no iTunes de ficheiros mp3 sem protecção de cópia. Salienta-se o facto de a venda de CDs caírem a pique, ano após ano, o que me parece uma viagem sem regresso. Penso, simplesmente, que os lucros que provinham da venda de música nunca mais serão os mesmos. Seja qual for a solução mais ou menos imaginativa que adoptarem, os lucros terão que arranjar nova fonte. A maior parte das pessoas nunca mais pagará cerca de 20 euros por uma dúzia de músicas.
Lembro-me que, quando surgiu o mp3, ainda sem banda larga, achava que o facto de não representarem um acréscimo na qualidade sonora (bem pelo contrário), faria com que não fosse adoptado como formato definitivo.
Como hoje escrevia Nuno Pacheco, no Público: "Tudo o que respeita aos sucessivos formatos de alta-fidelidade sonora ou visual (HDCD, SBM, K2, SACD, DVD-A, HD-DVD, Blu-Ray) interessa quase em exclusivo a séniores, acima dos 35 ou 40 anos. Nos sub-30 o que conta é, mais do essa corrida ao aperfeiçoamento, a corrida ao espaço disponível."

Publicidade valiosa

No Público de hoje:

José Mourinho é apenas um dos "catedráticos" que reconhecem a evolução deste defesa-central e, após o jogo que o futebolista fez na Luz, deixou escapar a confissão: "Estou apaixonado pelo
Pepe há muito tempo".

Microsoft Office 2007


Principais pontos fortes

  • maneabilidade dos menus (após período de adaptação)
  • funcionalidades extremamente user friendly
  • acessibilidade a partir de softwares da concorrência (linguagem xml)
  • integração com feeds e total sincronização com sharepoints

Principais pontos fracos

  • novo formato não pode ser acedido com versões anteriores do office (ruptura total de linguagem)

Esta versão do Office encontra-se bastante completa. A Microsoft não andou a dormir e foi de encontro a muitas necessidades dos consumidores, criando uma ferramenta que representa um enorme salto qualitativo relativamente à anterior versão.

Menus algo confusos ao início mas, após alguma habituação, aceder ao 2003 é chamar pela improdutividade.

Perigos centralizadores

O governo prepara-se para encerrar 28 tribunais, devido à baixa movimentação processual, sendo a maioria deles no interior.
O Estado também deve reger a sua actuação por princípios de eficácia e eficiência, adoptando políticas de redução de custos e de maximização de recursos. No entanto não pode cair na tentação de enveredar por uma gestão meramente empresarial.
Não conheço o estudo que aconselha o encerramento dos tribunais nem ponho em causa a sua bondade, mas este governo tem assumido uma postura centralizadora, que se tem traduzido no empobrecimento do resto do país face a Lisboa.
O interior de Portugal é reconhecidamente uma região com gravíssimos problemas estruturais que favorecem a emigração e a sua desertificação. Deste modo, sempre que falamos de serviços do Estado e do seu custo por utilizador, é óbvio que os serviços localizados nesta região saem penalizados. Fechá-los, pura e simplesmente, será cair numa tentação fácil que apenas irá tornar mais pobre e ainda menos apelativa a região e que, gradualmente, levará ao desaparecimento das suas povoações, tornando definitivamente Portugal num país à beira-mar plantado.

2.4.07

Netvibes 2

Para quem utiliza o Netvibes (o que recomendo), ler este post no Lifehacker.

SIC Benfica

Numa reportagem que não envergonharia o futuro, sempre adiado e anunciado canal Benfica, a SIC descobriu que os adeptos do Porto são todos um arruaceiros e energúmenos.
Toda a peça foi acompanhada de uma mensagem de rodapé que indicava que um adepto do Porto teria sido detido por agressões à polícia. Relembre-se que, pelo menos, três mil adeptos do Porto se deslocaram ao estádio do Benfica.
Os jornalistas esforçaram-se por mostrar imagens de adeptos portistas em modo de destruição. No entanto, por azar, as únicas imagens que conseguiram passar foi a de adeptos benfiquistas em acelerada corrida, fugindo de uma carga policial. No mais, apenas apareceu a habitual confusão, geral a qualquer concentração de pessoas, com os inevitáveis empurrões e com os dispensáveis cânticos insultuosos, que são gerais a todas as claques de qualquer clube.
Devo dizer que sou contra a existência das claques e que, em última análise, cada um deve ser responsabilizado pelos próprios actos. Porém causou-se total espanto como é que numa reportagem sobre alegada violência num jogo de futebol profissional, e em que, essencialmente, estava em causa o arremesso de petardos, nenhum jornalista procurou saber junto do clube organizador por que razão decidiu unilateralmente colocar a claque portista num andar superior do estádio, contrariando as mais elementares regras de segurança.

Grávidas sem álcool


Podem sempre experimentar a "duvidosa" Super Bock sem álcool, com sabor a pêssego.

1.4.07

2ª parte

Segunda parte miserável do Porto, Jesualdo assistiu impávido.
Arbitragem bem caseira.
Renteria, como se contrata uma nulidade destas?

1ª Parte

O Porto está a jogar melhor e merece estar a vencer.
O árbitro já perdoou dois cartões amarelos ao Benfica e foi sempre solícito em mostrá-los aos jogadores portistas.
Quem terá sido o inteligente responsável por colocar os adeptos portistas no andar superior do estádio?

7 minutos

O Benfica já pode agradecer ao árbitro um cartão amarelo e um canto. Começa bem...