30.7.08

Outros horizontes

Antes de rumar a férias, leia-se o artigo de Miguel Frasquilho, "Uma encenação perfeita", no Jornal de Negócios, sobre os repetidos milagres do défice.

24.7.08

Surpresa?


No fim-de-semana em que se viu acossado pelo processo Apito Dourado, Pinto da Costa afirmou que os adeptos portistas iam ter uma surpresa. Habituados (e bem) ao silêncio do seu presidente sobre futuras contratações, todos esperavam um verdadeiro craque e não mais um para ser emprestado no final da época. Ontem o jornal oficioso começou a baixar as expectativas, não valia a pena comprar um craque porque já tínhamos o Lisandro (esta é original)... Hoje veio o nome da surpresa, saído do universo Marvel vem o incrível Hulk do grande e exigente campeonato japonês. Foi pena ter quebrado o silêncio...

Nesta altura é bom relembrar antigos posts:

"Sem dinheiro", "Primeiras impressões", "O verdadeiro", "Esclarecimentos", "FC Porto 2007/2008"

21.7.08

Negócios privados

Um dos melhores exemplos do funcionamento da economia portuguesa e das relações muitas vezes incestuosas entre as empresas e o Estado, está no recente negócio que a Microsoft realizou em Portugal, com a compra da Mobicomp.
O gigante americano, ao invés de ter optado por alguma daquelas empresas informáticas que têm feito as capas dos jornais de fim-de-semana, por causa dos seus lucrativos negócios com o Estado, não hesitou em sair da capital, vir a Braga e adquirir uma empresa de desenvolvimento de software.

15.7.08

Sinais dos tempos

A nossa sociedade evoluiu de tal forma que presentemente é muito fácil ter acesso gratuito a um filme, a uma música ou a um jogo de vídeo, tudo na mais alta definição. As chamadas entre telefones móveis são a regra e chegam a ser gratuitas. A comunicação escrita entre pessoas, por maior que seja a distância, já nem o selo custa e, não raras vezes, oferecem-nos aparelhos que nos servem de agenda, telefone, despertador, máquina fotográfica, máquina de jogos, leitor de música, etc.
Os mapas em papel são demasiado estáticos e demoram eternidades a indicar-nos o destino. Para quem apenas necessita de informação básica, os jornais tornaram-se num gasto inútil e o seu suporte em papel um costume incómodo.
Tudo está mais fácil, o que começa a custar mesmo são aqueles actos tão prosaicos que nunca fariam furor em nenhum filme de ficção científica, como manter um tecto para dormir, pôr o carro a trabalhar ou ter comida e produtos frescos na mesa...

11.7.08

Geo-política

Coincidência ou não, após dois dias consecutivos em que o barril de petróleo negociou em grande queda, tendo o seu preço caído mais de 8%, logo surgiram notícias (com as indispensáveis imagens) de que o Irão estaria a efectuar testes militares com mísseis de longo alcance.
Resultado, o preço do barril de petróleo subiu até atingir novos recordes.
Isto numa altura em que os líderes árabes do médio Oriente não têm nenhuma razão para estarem especialmente melindrados, até porque a administração actual do grande satã já está em fase de despedida.
Haja ou não intencionalidade, a realidade é que se a actual situação do preço do petróleo se mantiver causará à infiel civilização ocidental danos mais terríveis do que qualquer atentado terrorista.

9.7.08

Carros & telheiros...


A perspectiva de ter um carro eléctrico acaba por agradar a toda a gente, mesmo que numa primeira fase (e por causa da actual capacidade de armazenamento de energia) para uma utilização citadina.
O que me parece que está a ficar esquecido é que, antes de o país se dotar de infraestrutura pública de utilizador/pagador, é necessário ter uma garagem para poder "alimentar este sonho".

Dois efeitos parecem poder surgir em simultâneo desta dedução: a desistência por parte de muitos entusiastas (tornando o lançamento algo "discreto") e a subida do preço das garagens (!?)...

Do outro lado do horizonte

A irracionalidade que o mercado de capitais tem vivido ultimamente, não só em Portugal que é mais vulnerável a especuladores estrangeiros, mas também nos mercados mais maduros, tem desvirtuado completamente a sua função. A decisão de colocar parte do capital de uma empresa em bolsa tem como principal objectivo o seu financiamento imediato para novos projectos e expansão. Embora estejamos a viver numa conjuntura mundial desfavorável, esta situação começa a ser intolerável. Tomo por exemplo uma das maiores empresas de material eléctrico e telecomunicações a nível mundial – Alcatel-Lucent (20 biliões de euros de facturação – 77 mil colaboradores) - que perdeu e ganhou nestes últimos seis meses 2 biliões de euros de capital. Será que os negócios da empresa nos primeiros três meses correram mal e nos últimos meses correram bem? Ou foi pura especulação bolsista? Ou o preço do barril de crude afectou o negócio de telecomunicações? É óbvio que estamos a falar de especulação bolsista por parte dos operadores e fundos internacionais. Por isto, penso muito honestamente que talvez seja necessário criar uma regulação mais eficiente neste mercado. Tornando-o, assim, mais transparente e com o objectivo para que foi criado, avaliar a performance do seu corpo executivo na criação de valor aos verdadeiros investidores. Só assim voltaremos a ter confiança e a investir nas empresas que apresentam as melhores performances.

7.7.08

Justiça

No Dia Seguinte na SIC-N, discute-se a situação no futebol português. José Manuel Delgado (jornalista de A Bola), um benfiquista assumido (e anti-portista primário) clama por justiça e por uma nova era no futebol português. O que grande parte da nossa imprensa pretende não é justiça, o que querem, a qualquer custo, é que o FC Porto seja condenado, o resto são tretas.

Sem vergonha

O que mais escandaliza na última aberração do Conselho de Justiça da Federação é que já nem há a mínima preocupação em, pelo menos, usar a máscara.
Diz-se e mostra-se para quem quer ouvir e ver que se está lá para se julgar a favor de um determinado lado, seja o indescritível presidente, sejam os seus inenarráveis conselheiros.
E anda o país há anos sem fio a discutir sumaríssimos e suspensões.
Depois deste episódio, penso que está dada a última machadada na auto-regulação do futebol.

6.7.08

Outros horizontes

"Traseiras do direito" por CAA, no Blasfémias.