30.8.06

Notas soltas do Verão

O conflito entre Israel e o Hezzbolah conheceu nova pausa (!). Parece-me que a solução encontrada poderá ser eficaz se a comunidade internacional (principalmente a Europa) quiser tomar o papel fulcral que sempre reivindicou. Aliás, pelo que se tem visto, para muitos era muito mais confortável continuar a criticar os israelitas desde o sofá, assistindo a tudo pela televisão iraniana, de preferência.

O país continua a arder impunemente e sem qualquer tipo de solução à vista, por muito que se apresentem meios inovadores e se façam directos a partir de quartéis de bombeiros totalmente equipados.

O litoral português está transformado numa tenebrosa manta de retalhos, onde apenas o mar consegue impedir que o cimento e o betão avancem. O Algarve mete dó de tão feio que o conseguiram tornar. Um pouco acima de Lisboa, existe uma coisa inenarrável a que chamam Peniche. De Moledo à Figueira da Foz, com raras excepções, as faixas intermináveis de prédios que ensombram e vigiam as praias nem para abrigar da nortada nos servem. Para agravar tudo isto, o oásis alentejano tem, cada vez mais, os dias contados.

Falando do mar, é verdadeiramente incompreensível que cidades que vivem do turismo (como Póvoa de Varzim e Vila do Conde) vejam as suas praias interditas devido à má qualidade da água, que é continuamente poluída por falta de estações de tratamento de esgotos e que há anos os municípios prometem construir.

O Partido Comunista Português continua a mostrar a todos a sua peculiar ideia do que é a democracia.

Para acabar o Verão em beleza juntou-se o pior de dois mundos, a justiça e o futebol. Resultado: caos total, sem qualquer tipo de solução à vista.

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