Ouro negro
Por muito que custe olhar para a velocidade vertiginosa que os números do contador do preço do combustível atingem quando se enche o depósito, a solução não se encontra em nenhuma descida da carga fiscal.
Esta até pode ser elevada e até poderia ser diminuída, mas penso que tal medida nunca poderia ser justificada com o aumento do preço dos combustíveis.
Se assim se fizesse estar-se-ia a dar um sinal errado e pernicioso aos agentes económicos. Seria o mesmo que dizer: podem aumentar o preço quanto quiserem que o Estado compensa o vosso aumento de receita com a diminuição da sua própria receita.
Todas os agentes económicos poderiam aspirar ao mesmo, ou seja, aumentavam exponencialmente o preço da sua actividade esperando que o Estado compensasse esse aumento com a descida dos impostos, como por exemplo, o IVA.
Neste caso, o governo apenas poderá actuar em concertação com os seus parceiros da União Europeia, atacando a fonte da especulação dos preços, se a há, e não optar pela medida mais fácil que não só se limitaria a adiar o problema como, em última análise, acabaria por beneficiar as petrolíferas que veriam o seu crime compensar.
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