28.10.08

Pessoas

Durante o fim de semana, uma das coisas que gostei de ler foi a entrevista de Paulo Rangel ao Sol.
Aquele espaço, em que habitualmente figuras públicas falam de assuntos mais prosaicos e fora da área que lhes deu notoriedade, não é dado, por isso, a grandes brilhantismos ou declarações profundas, mas Paulo Rangel impressionou-me pela clareza e pela fuga ao politicamente correcto.
Uma das frases que o líder da bancada do PSD proferiu foi esta:

"Trocaria a vida do meu cão pela vida de qualquer pessoa em qualquer lado do mundo, mesmo não a conhecendo. Uma pessoa vale sempre mais do que um animal.“

No entanto, admito que estava longe de esperar que pudesse ser encarada como uma revelação.

Sobre o mesmo assunto, ler "Adopte um cão", por Helena Matos, no Blasfémias.

1 comentário:

Anónimo disse...

O problema dos comentários do Paulo Rangel não foi o não ter dito o politicamente correcto, foi a base das suas afirmações, onde mostrou ser uma pessoa com ideias medievais e uma total ausência de sentimentos e compaixão por aqueles que não têm voz(eles têm voz, muitos de nós é que não querem compreender).
Quanto á frase em que ele diz que não trocava a vida do cão por uma qualuer pessoa, só mostra que considera os animais como seres inferiores, quanto a essa idéia de inferioridade dos animais não humanos em relação aos animais humanos é claramente uma atitude especista, que vale tanto como se fosse uma atitude racista ou sexista, ou seja, Ética e Moralmente , completamente indefensável.