Vistas curtas
Desde que me lembro, Braga nunca teve qualquer tipo de política de urbanismo, crescendo desordenadamente e ao sabor dos interesses da especulação imobiliária.
Tal facto teve como consequência a ausência de qualquer bairro recente que seja minimamente aprazível e a pobreza arquitectónica que, infelizmente, qualquer bracarense pode constatar no seu dia-a-dia.
Um dos únicos edifícios recentes de que Braga se pode orgulhar de alguma forma é a nova estação de caminhos de ferro, cuja arquitectura e implantação constituem um óbvio motivo de atracção, nem que seja pela rara modernidade e aparente qualidade de construção.
No entanto, e comprovando mais uma vez o que se disse acima, exceptuando os moradores dos prédios envolventes, de nenhum ponto da cidade se consegue desfrutar e observar a frente do edifício na sua plenitude e totalidade.
Devido à falta de visão e planeamento, a estação acabou encurralada entre prédios, servida por um exíguo passeio. De resto, sobra asfalto, veículos em movimento frenético e uma espécie de rotunda mal amanhada.
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