30.9.07

Outros horizontes

Escreve Pacheco Pereira no Abrupto:

«(...) Mas há diferenças essenciais, e algumas são para pior. Santana Lopes era um solitário, o seu grupo de fidelidades muito pequeno; Menezes tem uma entourage considerável e, para usar de um eufemismo, muito pouco recomendável. Eduardo Dâmaso descreve-a no
Correio da Manhã como "uma verdadeira galeria de horrores, figuras cuja credibilidade já não é recuperável, mas é com eles que o PSD histórico e profundo vai ter de lidar". (...)»

29.9.07

PSD

A vitória de Luís Filipe Menezes constituiu para mim uma enorme surpresa. Devo dizer que não segui de perto o processo eleitoral e não sei quais eram, portanto, as expectativas antes das eleições. Pelo que me parece, qualquer que fosse o resultado, o partido dificilmente se conseguiria credibilizar junto do eleitorado pois, manifestamente, estas eleições eram para o 2º e 3º lugares sendo que o lugar de líder do partido não ia a votos por falta de candidato. No entanto, este resultado mostra um PSD fragmentado e disperso que, sem ter uma ideologia própria ou sequer uma identidade nacional, elege para líder um dos representantes do que o partido verdadeiramente é: uma federação de pequenos partidos locais que se organizam em torno de autarcas. Com a eleição de Menezes, o partido desmascarou-se e revelou o material de que é feito.

Directas no PSD

Luís Filipe Menezes é o novo líder do PSD.
Independentemente do pouco entusiasmo que Mendes me possa suscitar penso que o PSD caminha alegremente para o abismo. Será que não aprenderam nada com o menino-guerreiro?

28.9.07

O PSD

É o lugar-comum da semana. É triste ver o espectáculo que o maior partido da oposição tem dado com as suas eleições directas. Com a qualidade dos protagonistas, pouco se poderia esperar, é verdade. Penso no entanto que Mendes, apesar de todos os defeitos, tem a qualidade de não ser um sucedâneo de Santana Lopes, que é o que Menezes é. E se o PSD se tem aproximado da credibilidade zero, só falta mesmo o autarca de Gaia vir dar a estocada final.
É dificil ser oposição num país como Portugal, onde grande parte dos interesses gravitam em torno do estado. O PSD está longe do poder e o seu líder será sempre um homem só, enquanto os ventos não soprarem de feição. Se ganhar as eleições em 2009 não passasse de uma miragem, certamente que Menezes e Mendes não estariam a disputar a liderança. E isso nada tem de abonatório para o PSD.

O deserto...

A Câmara Municipal de Braga prepara-se para retirar o espaço para o estacionamento automóvel na Rua D. Afonso Henriques, alargando desmesuradamente os passeios.
Quem, como eu, passa nesta rua todos os dias, dificilmente perceberá a decisão. É uma rua com poucas lojas, sendo composta, maioritariamente por escritórios e residências. Apesar de por lá andarem alguns peões, estes estavam longe de se acotovelar para poderem passar ou cruzar-se, já que os passeios que havia anteriormente cumpriam perfeitamente a sua função.
Com isto agrava-se a desertificação do centro histórico. À noite, é um deserto, onde cresce a pequena criminalidade e de onde as famílias desapareceram, abundando os indigentes, os toxicodependentes e os pequenos bandos.
Entretanto, o dono dos parques de estacionamento subterrâneos da cidade vai esfregando as mãos...

27.9.07

A redenção de Santana Lopes

A mão de Deus...

Para não variar, A Bola, paladino da verdade desportiva, faz referência, na capa, ao milagre de Fátima, mas nada diz quanto ao roubo da Amadora...

Prioridades

Por uma vez, estou de acordo com Pedro Santana Lopes.
Interromper a sua entrevista, em directo, como lhe fizeram ontem na SIC-N, para passar as imagens da chegada de José Mourinho ao aeroporto de Lisboa, que já se sabia que pouco ou nada ia dizer, além de jornalisticamente incompreensível, é um sinal de total desrespeito e desconsideração, mais a mais, se estivermos a falar do anterior primeiro ministro de Portugal.
A sua atitude, irreflectida ou calculada, demonstrou um desprendimento e uma audácia saudáveis, que deveriam começar a ser regra nos bastidores da política, excessivamente refém dos tempos televisivos.
Claro que Santana Lopes também deve pensar se tal aconteceria com qualquer outro ex-primeiro ministro...

26.9.07

E lá foi o primeiro troféu

Jesualdo, que não aprende com os erros do passado, resolve subestimar um clube da II Liga e põe em campo um equipa sem o mínimo de entrosamento. Claro que deve dar oportunidades a quem não joga mas não precisa exagerar. No final, queixa-se que esta equipa "tinha falta de ritmo". Pois...

Tristes dias

O PSD vive hoje um drama trágico: a sua própria existência.
Como se já não bastassem as dificuldades típicas de um partido de oposição num país pequeno e tacanho como o nosso e a imagem de um partido à deriva, que não consegue apresentar uma política alternativa ao governo de Sócrates, o espectáculo da eleição do líder tem sido vergonhoso, indecoroso e infame.
Está lá tudo, o caciquismo, órgãos jurisdicionais que parecem decidir ao sabor de quem manda, insultos, enfim, uma espiral de tumultos e casos que seguirá até não restar ponta de credibilidade a quem sair vitorioso.

25.9.07

Ainda o caso Sócrates

No Público de hoje, o testemunho de colegas de José Sócrates na famigerada Universidade Independente:

"(...) dois alunos lembram um episódio em que o professor António José Morais ordenou que um deles saísse das últimas mesas da sala, para que José Sócrates pudesse estar isolado. Também é recordado o facto de o governante chegar tarde e sair cedo dos exames."

Fair-play...

A UEFA, pelos vistos, está atenta ao recente fenómeno, disfarçado de fair-play, em que os jogadores, seja para parar o ritmo de jogo seja para ganhar alguns segundos, atiram-se para o chão, contorcendo-se e simulando lesões, à espera que os adversários joguem a bola para fora do campo.
Assim, recomenda que os jogadores continuem o jogo, deixando que sejam os árbitros a pará-lo sempre que achem necessário. É de louvar, já que em Portugal esta prática há muito ultrapassou os limites do ridículo.

Noticia do jornal espanhol As

24.9.07

Seringas nas prisões

Compreendo que o programa de troca se seringas nas prisões deva ser visto à luz de experiências realizadas e, em última análise, tendo em conta que pode salvar vidas. Aliás, o problema do consumo e, consequente, tráfico de drogas tem demonstrado que não há soluções radicais e verdades adquiridas.
No entanto, não deixa de ser uma enorme derrota para o Estado admitir que nem no local onde se deveria sentir a sua autoridade e segurança máximas consegue fazer cumprir as suas regras.
No fundo, aceita-se e cala-se tudo. Os guardas prisionais corruptos, a ineficácia das políticas anti-consumo e por aí fora...

20.9.07

Até voltar ao activo...

A saída de Mourinho do Chelsea pode fazer regressar à televisão e à Sport tv o melhor comentador que por lá passou...

19.9.07

A propósito das vagas de Medicina

É com bastante apreensão que verifico, ano após ano, o aumento das vagas nos cursos de Medicina nas Universidades portuguesas. Quem conhecer o meio reconhecerá facilmente que esta medida, embora acolha elogios generalizados da população, não é mais do que a materialização de uma política mais abrangente. Com efeito, a classe médica está neste momento a ser alvo, depois dos professores e dos advogados, da estratégia de aumentar em excesso a oferta de profissionais. Isso permite ao Governo introduzir medidas no sistema de saúde que não seriam possíveis sem um enfraquecimento premeditado da classe médica. Além disso, a médio e longo prazo, poderá vir até a reduzir os custos com remunerações. A grande questão que me preocupa não é, de modo nenhum a introdução de medidas impopulares para os médicos na reforma da saúde. Antes pelo contrário, penso que elas são importantes e devem ser implementadas para por fim a abusos que todos conhecemos (e que são transversais à função pública). A minha preocupação situa-se nos efeitos graves que o enfraquecimento do poder da classe médica poderá vir a ter na relação médico-doente. Qualquer acto médico tem que ser centrado numa relação de confiança entre o doente e o médico, relegando a instituição hospitalar para um papel de suporte e de integração dos cuidados de saúde. No entanto, o que se tem vindo a assistir é uma transformação progressiva do médico num técnico que presta unicamente um serviço numa empresa (hospital) a um cliente que a ela recorre (doente). A relação médico-doente está assim a ser substituída pela relação hospital-cliente. Receio que esta alteração, embora possa ser atraente para alguns decisores políticos, não beneficie médicos ou doentes.

Mulheres de barba rija...

Se o futebol masculino anda sempre rodeado de polémica, mais que não seja por causa das arbitragens, o futebol feminino não quer fugir à regra. Assim, há quem ponha em causa, imagine-se, o sexo das ou dos (?!) participantes, no Mundial que se está a disputar na China.

As suspeitas foram levadas a sério e levaram o árbitro do encontro a deslocar-se ao balneário da África do Sul para tirar as dúvidas sobre Alice, antes do pontapé de saída. «O árbitro veio ao balneário com a Alice a a capitão do Gana. Depois de toda a gente perceber que era de facto uma mulher, ela foi autorizada a alinhar na partida», explicou o técnico da África do Sul, Augustine Makalakalane.

Makalakalane ficou irritado com as suspeitas levantadas por um oficial da selecção do Gana e deixou um aviso para o novo reencontro entre as duas equipas: «Ele que fiquem a saber que levaremos não só a Alice, mas outras jogadores com feições masculinas para o encontro, e não será batota».

18.9.07

Derrotas II

Não posso estar mais em desacordo com a abordagem do meu amigo e colega bloguistico Horácio.
Como todos vamos escutando incessantemente, a selecção nacional é a única amadora nesta competição (Rugby World Cup):

  • os nossos jogadores treinam 2 ou 3 vezes por semana nos seus clubes, num total de cerca de 6 horas por semana
  • os jogadores profissionais treinam cerca de 35 a 40 horas por semana
  • utilizando uma comparação muito "futebolística", estamos a falar de orçamentos totalmente opostos: de um lado, uma Nova Zelândia com vencimentos semelhantes ao que de melhor se pode assistir no futebol. Do lado dos jogadores da nossa selecção, o râguebi nada contribui para uma vida financeiramente mais saudável.

O râguebi é uma modalidade em que uma pequena diferença de performance nas equipas se reflecte inequivocamente no resultado. Ao contrário do futebol, onde uma vitória de uma equipa bastante mais fraca é, ainda assim, possível, no râguebi quem está mais bem preparado ganha. Apenas equipas de nível bastante próximo podem discutir um resultado: nem que Portugal jogasse 100 vezes seguidas contra a Nova Zelandia conseguiria (com a preparação actual) vencer um jogo.
Gostaria ainda de assinalar a emoção deste último jogo (PT-NZL) e a proeza do resultado com o placard final entre Nova Zelândia e Itália: 76-14. Relembro que a Itália faz parte, já há alguns anos, do mítico Torneio das 6 Nações...

17.9.07

Corrida de obstáculos

Nas cidades portuguesas é rara uma rua alcatroada cujo tapete esteja em boas condições para o trânsito de veículos. Os buracos e os desníveis provocados pelo aluimento ou pelas tampas de saneamento teimam em conferir um ar mais exótico às nossas ruas.
No entanto, nas poucas que ainda conseguem resistir às chuvas, à má construção ou ao abandono, ninguém resiste à tentação de colocar barreiras e lombas, fazendo com que mesmo os menos adeptos de jipes (como eu) acabem sempre por pensar na sua utilidade.

Escolas de Direito

O aparecimento desregrado de cursos de Direito nas universidades privadas levou a que a média de acesso nas universidades públicas tenha vindo a baixar nos últimos anos, com reflexos evidentes no nível de alguns profissionais ligados ao mundo jurídico.
No entanto, e contrariando esta tendência, a Escola de Direito da Universidade do Minho obteve este ano uma subida de cerca 1,5 valores na nota mínima de candidatura mais elevada, com 152,6, a mais alta de todas as faculdades públicas do país.

16.9.07

Derrotas

Não sou um entendido em rugby mas estou a gostar de ver os jogos do campeonato do mundo. Mas por amor de Deus, não tentem vender as derrotas inequívocas da nossa selecção como proezas. É patético ver a nossa imprensa encontrar mérito em qualquer desempenho de Portugal.

P.S. - Fica o conselho para os jogadores de futebol, da próxima vez que cantarem o hino, têm que berrar e franzir a cara de sofrimento, é um dos novos índices de patriotismo e parece que cai bem...

A verdadeira vocação

O Público de sexta-feira noticiava que a câmara de Braga aprovou a constituição de uma sociedade anónima para a realização de obras em instalações desportivas com a ajuda de um parceiro privado, sendo a autarquia detentora de 49% do capital. Isto é uma metáfora dos reais objectivos câmara de Braga, realmente vocacionada para a construção civil, que sempre pareceu o desígnio último da autarquia.

Vai ser curioso, dentro de alguns anos, verificar a quantidade de guetos, zonas urbanas degradadas que esta política autárquica ajudou a criar. Abortos urbanísticos como o Fujacal, Lamaçães, etc. já não fogem ao destino!

15.9.07

Vítor Serpa

Vítor Serpa, director do jornal A Bola, é autor dos editoriais mais vazios do jornalismo desportivo português. Tal como o seu pai, Homero Serpa, autor de inenarráveis e pretensiosas crónicas no mesmo jornal, deve ser daqueles sócios do Belenenses que só pensa no Benfica. Dá sempre jeito, o Belenenses é um clube simpático, muitos árbitros usam a mesma estratégia. Geralmente, liberta-se do vácuo dos seus editoriais para incensar o Benfica, é autor de uma hagiografia de Luís F. Vieira publicada no seu jornal. Agora defende Scolari contra os intelectuais da bola. A Bola (o Record já faz parte do anedotário) é sempre cáustica a diagnosticar os males do futebol português (o F.C. Porto é a grande causa) mas um seleccionador de futebol agredir um jogador é quase um fait-divers. Principalmente quando o currículo da nossa selecção, em matéria disciplinar, é a vergonha que se sabe.

(post editado às 11:00 de 16/9/2007)

14.9.07

Graduation, Kanye West

Ainda Scolari

A Scolari apenas reconheço o mérito de ser um líder, mesmo que à custa de estilo boçal que parece agradar a uma boa parte da nossa imprensa. Mas ser treinador de futebol é muito mais que isso... Teve a sorte de dispor de grandes jogadores, a profissão de seleccionador de futebol é das mais circunstanciais. Mesmo assim, ainda tentou contrariar a sorte que os deuses lhe ofereciam, basta lembrar o onze obsceno do primeiro jogo do Euro 2004. Depois soube capitalizar o anti-portismo primário da nossa imprensa. Veja-se como o jornal A Bola, sempre implacável com os pretensos escândalos portistas, tem lidado com este caso.
Em relação ao elogiado pedido de desculpa (que tem sempre a originalidade de não ser dirigido ao agredido) é bom lembrar os incentivos, como escreve Bruno Prata no Público de hoje: "(...) também se sabe em causa poderão estar muitos milhões de euros, designadamente aqueles que resultam dos múltiplos interesses comerciais que cada vez mais envolvem a sua imagem." E se há outro mérito de Scolari, é que ele sabe ganhar dinheiro em Portugal.
De Madaíl, já nada se espera. Mas isto é só futebol. E se calhar a culpa é de Pinto da Costa!

Outros horizontes

Sobre Scolari, escreve exemplarmente Jorge Maia, n´O Jogo:

"Acordei ontem de manhã ao som dos gritinhos histéricos de uma multidão de virgenzinhas chocadas com a agressão de Scolari a Dragutinovic e ultrajadas pela falta de explicações do seleccionador nacional no final do jogo. Como se Scolari não tivesse passado os últimos anos a agredir meio-mundo sem dar satisfações a ninguém. Como se não tivesse agredido verbalmente inúmeros jornalistas sem consequências ou como se não tivesse insultado a inteligência colectiva dos portugueses com a ausência de explicações sobre as suas inexplicáveis escolhas para a Selecção Nacional."

A atitude de Scolari só pode surpreender quem chegou agora a Portugal...

Sobre o mesmo assunto, ler as deliciosas versões de "O cantinho do hooligan. Toca-e-foge.", por Francisco José Viegas, n´A Origem das Espécies.

13.9.07

Parece que choveu...

Dizia hoje o locutor da Antena 3:

"Depois da chuva que ontem varreu o país..."

Em Braga não caiu uma única gota e consta que no Porto, em Guimarães e arredores também não...

12.9.07

Portugal português

Não sou praticante nem admirador do basquetebol. Por esse motivo, não acompanhei a prestação da selecção portuguesa no europeu.
Rezam as crónicas que os nossos compatriotas até se portaram bem e foram uma das sensações da prova. Uma equipa que praticamente não tinha ambições antes do campeonato começar e que acabou no lote das doze melhores equipas da Europa.
No entanto, tal facto não impediu que tudo terminasse com o fado e choradinho do costume:

Eurobasket: Portugal protesta contra «influência grega» sobre os árbitros

O verdadeiro Artista


O pior de tudo é sabermos que há gente que lá vai, durante três dias!!!!

(Via Blasfémias)

11.9.07

Madeleine McCann

O caso de Madeleine McCann trouxe ao de cima o que de pior tem o sensacionalismo mediático e a manipulação das massas.
Já todos foram culpados, a polícia, as redes de pedofilia, um desconhecido inglês que vive no Algarve e agora aos pais da criança.
É este o maior problema com o qual a investigação criminal e a justiça têm de conviver. A nossa sociedade e o acesso fácil à informação vive do imediatismo e do que está na ordem do dia, procurando respostas prontas e céleres, sejam elas quais forem. Primeiro lança-se o anátema e só depois se vai descobrir se há ou não fundamento.
Tal tipo de reacção nunca será possível numa máquina judicial, por melhor que ela funcione. Os seus tempos, os direitos e as garantias dos seus agentes e intervenientes, voluntários ou forçados, exigirão sempre muita ponderação e cuidado.

10.9.07

De outro planeta


Isto Novak Djokovic ainda não consegue imitar...

Heresias do nosso futebol

Escreve Jorge Maia n'O Jogo: "(...) De repente, a titularidade de Ricardo na baliza da selecção, um dos dogmas do futebol português durante os últimos anos, deixou de ser unânime para ser discutível. (...) Afinal, porque há-de Ricardo ser o incontestável titular da Selecção quando há, por exemplo, Quim, por coincidência guarda-redes do Benfica, em excelente forma? (...) Ricardo foi o incontestável guarda-redes da Selecção enquanto Vítor Baía era bicampeão nacional, campeão europeu e até consagrado como o melhor na sua posição pela UEFA. Mas as coisas mudaram. Mudaram tanto que um dia destes, numa daquelas ironias cósmicas, Ricardo ainda vai ter saudades do tempo em que Baía defendia tão bem e ganhava tantas coisas que só mesmo um guarda-redes incontestável podia afastá-lo do seu lugar na Selecção."

9.9.07

Cividade e civismo

Segundo o Correio do Minho, o presidente da junta de freguesia da Cividade refere que o trânsito é um caos e até pretende abrir ao trânsito o largo de Santiago em determinadas situações (via Avenida Central). É obviamente uma ideia estúpida (para ser simpático), e as multas são poucas para o estacionamento selvagem que se permite naquela freguesia, onde vivi durante 11 anos.
Em relação ao civismo dos portugueses a estacionar, já sabemos o que se pode esperar, se puderem até nos passeios. Veja-se o caso da Rua Damião de Góis, numa parte da rua nem se consegue circular sem parar constantemente. O que o presidente da junta devia ter como objectivo é afastar o estacionamento daquela zona de Braga e não chamar ainda mais carros. A boçalidade é contagiante na autarquia de Braga...

6.9.07

Menezes, o avião e os interesses em Gaia

Luís Filipe Menezes tinha afirmado que quem lhe tinha cedido o avião não tinha quaisquer interesses em V.N. Gaia, afinal parece que a história não era bem assim:

"A viagem eleitoral de Luís Filipe Menezes a cinco ilhas açorianas, feita num jacto privado, foi paga por um empresário do sector hoteleiro com interesses em Vila Nova de Gaia."

Diário de Tombstone

ÚLTIMA HORA, LOCAL, 06.09.2007 13:16
Assalto a duas ourivesarias em Viana do Castelo faz quatro feridos
Quatro a seis indivíduos armados com pistolas e caçadeiras e disfarçados com cabeleiras assaltaram esta manhã, perto das 10h30, um museu do ouro, inaugurado há menos de um mês, e uma ourivesaria contígua, em Viana do Castelo.

ÚLTIMA HORA, LOCAL, 05.09.2007 15:52
Quatro homens assaltam bomba de gasolina em Vila do Conde
Quatro homens encapuzados e armados assaltaram esta madrugada um posto de abastecimento de combustíveis em Vila do Conde. A Polícia Judiciária já está a investigar o roubo.

ÚLTIMA HORA, SOCIEDADE, 05.09.2007 09:25
Um banco assaltado em Portugal em cada 60 horas
Dos assaltos a bancos, diz a polícia que é um crime que já não compensa, que rende pouco em relação ao risco.

ÚLTIMA HORA, LOCAL, 04.09.2007 20:00
PSP: assaltantes estiveram 15 minutos dentro das instalações do BPI em Viseu
Os assaltantes da dependência bancária do BPI em Viseu estiveram 15 minutos dentro destas instalações, com duas armas de fogo, mas nenhum cliente se terá apercebido do assalto, revela hoje a PSP em comunicado.

ÚLTIMA HORA, LOCAL, 04.09.2007 16:21
Trio assalta balcão do Banif em Valongo
Três homens armados e de cara destapada assaltaram, ao início da tarde de hoje, uma dependência bancária em Alfena, Valongo, e fugiram a pé, disse fonte da GNR.

(Fonte: Público on-line)

Fuso-horário

Até agora, o maior inconveniente do fim das férias é a impossibilidade de assistir a um único jogo em directo de Roger Federer no Open dos E.U.A.
Vá lá que o suiço não necessita do meu apoio para se ir passeando por Flushing Meadows...

5.9.07

Rezem, mas não incomodem...

O Hamas, eterno e acérrimo defensor da religião islamita, proibiu as orações nas mesquitas, na Faixa de Gaza, obrigando os fiéis a rezar no interior das suas casas. Segundo os seus líderes, as orações apenas serviriam para os membros da Fatah organizarem reacções e ataques contra o poder agora instituído.
Seria curioso observar as reacções de certos quadrantes políticos europeus, sempre tão compreensivos com a luta do Hamas, se idêntica medida fosse adoptada nos países ocidentais, onde, certamente, muitas reuniões de terroristas são encapotadas por acontecimentos religiosos...

4.9.07

Portugal chamuscado

"A área ardida este ano é muito inferior à média dos cinco anos anteriores até Agosto, revelam dados divulgados hoje pela Direcção-Geral de Recursos Florestais."

Sem pretender desvalorizar os esforços feitos por este governo, a verdade é que estes dados devem-se muito mais à própria natureza e à violência dos fogos dos anos anteriores, do que propriamente a alguma acção ou medida milagrosa.
Qualquer pessoa, mesmo as menos atentas, reconhecerá que este Verão foi muito insípido, raramente se sentiu o calor e a chuva esteve demasiado presente. Para quem gosta de frequentar as praias (principalmente as do Norte) chegou mesmo a ser frustrante.
A juntar a isto, constata-se que, com os verdadeiros flagelos de que as nossas florestas foram vítimas nos últimos anos, cada vez existe menos área para arder, pelo que a tendência deverá ser sempre de descida.
De todo o modo, antes assim...

3.9.07

Cursos superiores

«O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu hoje que os cursos de engenharia em Portugal deveriam ser reduzidos em cerca de 80 por cento, uma vez que muitos dos nomes "são marketing puro".»

Isto não é novidade para ninguém. Mas se o estado tem toda a culpa em caucionar cursos de qualidade mais do que duvidosa (serviu para o nosso primeiro-ministro se licenciar) não se pode simplesmente pensar que muitos alunos vão ao engano. A verdade é que para muitos estudantes a escolha de um curso superior é completamente irreflectida, para não dizer leviana. O que muitos querem é dizer que andam na universidade, poder ir a umas festas, depois no fim logo se vê se aquilo dá para alguma coisa. Não me venham dizer que quem escolhe a via de ensino, por exemplo, não sabe que o mais certo é acabar no desemprego.
O estado também permitiu a destruição de muitos cursos prestigiados (direito, arquitectura,...), permitindo que universidades privadas os ministrassem sem quaisquer exigências. Conheço colegas meus, que com muita dificuldade terminaram o liceu (para ser simpático), mas que se licenciaram facilmente numa privada...

De volta

Acabaram as férias...
É tempo de retomar, de ganhar ritmo, de voltar a velhos hábitos e a saborosos rituais, de reencontrar pessoas, algumas com prazer outras nem tanto...
Acabaram as férias... aquilo a que Pacheco Pereira gosta tanto de desdenhosamente denominar silly season oficial...

Outros horizontes

"Não nos conhecemos" por João Miranda, no Blasfémias.

2.9.07

Nuno e Camacho

Hoje o Porto volta a apresentar Nuno num jogo oficial, jogador a quem o incensado Camacho deve o seu único título como treinador!

1.9.07

Professores

Todos os anos, todos os concursos, o cenário repete-se, milhares de professores ficam no desemprego, a maioria recém-licenciados. Entenda-se, o estado não é, nem deve ser, uma agência de emprego para professores. Há claramente um exagero na oferta. Continuam apesar de tudo a concorrer para estes cursos na universidade. Se vêem televisão, lêem jornais ou ouvem rádios, sabem o que os espera...