3.9.07

Cursos superiores

«O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu hoje que os cursos de engenharia em Portugal deveriam ser reduzidos em cerca de 80 por cento, uma vez que muitos dos nomes "são marketing puro".»

Isto não é novidade para ninguém. Mas se o estado tem toda a culpa em caucionar cursos de qualidade mais do que duvidosa (serviu para o nosso primeiro-ministro se licenciar) não se pode simplesmente pensar que muitos alunos vão ao engano. A verdade é que para muitos estudantes a escolha de um curso superior é completamente irreflectida, para não dizer leviana. O que muitos querem é dizer que andam na universidade, poder ir a umas festas, depois no fim logo se vê se aquilo dá para alguma coisa. Não me venham dizer que quem escolhe a via de ensino, por exemplo, não sabe que o mais certo é acabar no desemprego.
O estado também permitiu a destruição de muitos cursos prestigiados (direito, arquitectura,...), permitindo que universidades privadas os ministrassem sem quaisquer exigências. Conheço colegas meus, que com muita dificuldade terminaram o liceu (para ser simpático), mas que se licenciaram facilmente numa privada...

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