30.11.05

28.11.05

Critérios

Há uns tempos tinha decidido não enveredar mais pela discussão em torno de polémicas acerca do nosso futebol. Tinha tomado esta decisão em virtude de constatar que o nível dos intervenientes (dirigentes e jornalistas) é de tal modo baixo que não mereceria qualquer perda de tempo em interpretar as suas declarações e intenções.
No entanto, a paciência tem limites!
Não é que hoje grande parte da comunicação social faz eco em afirmar que a arbitragem do jogo do Benfica “voltou” (dizem eles) a prejudicar os encarnados, levando em linha da conta os jogos contra o Braga (semana passada) e Belenenses (ontem). Vamos a factos.

No jogo Braga – Benfica, já em tempo de descontos, quando a equipa bracarense vencia por 2-1, com total justiça, o árbitro resolveu “inventar” um penalti que só ele viu a favor do Benfica. De notar que não houve nenhum jogador do Benfica a protestar o lance.
Nuno Gomes converteu o penalti que poderia ter permitido o empate aos benfiquistas, não fosse o caso de na jogada seguinte o Braga ter conseguido novo golo, com o seu jogador em posição irregular, mas estando em linha com os defesas na altura do remate, o que terá iludido o árbitro auxiliar.
No entanto, não satisfeito com o resultado alcançado, o árbitro da partida decidiu prolongar o jogo por mais 8 minutos, sem que houvesse qualquer justificação para tal e sem que se ouvisse dos comentadores de serviço qualquer comentário a esse facto.
Resultado: neste jogo o Benfica não foi prejudicado, antes pelo contrário, foi beneficiado com um penalti inexistente e premiado com 8 minutos de descontos (?!) que não soube aproveitar.

No jogo Benfica – Belenenses, a comunicação social fala em dois penaltis que não terão sido assinalados contra os azuis do Restelo .
Um deles trata-se de um lance duvidoso, à entrada da área, em que Nuno Assis deixa-se cair ao sentir o braço do defesa do Belenenses.
O outro lance é uma bola que bate no braço de um defesa do Belenenses, após ter sido rechaçada a cerca de um metro de distância pelo guarda-redes Marco Aurélio.
Estranhamente, ou talvez não, ninguém fala de um fora-de-jogo mal assinalado ao ataque belenense, quando o atacante seguia completamente isolado para a baliza, em óptima posição para fazer o golo.
Resultado: também aqui o equipa mais prejudicada não foi o Benfica, ao contrário do que afirma a sempre isenta e imparcial comunicação social portuguesa.

Apenas para completar este raciocínio, nos últimos quatro jogos, o Porto apenas não ganhou um, tendo empatado com o Setúbal a zero, nessa partida. Na altura, ainda na primeira parte, ficou um penalti por assinalar contra os sadinos.
Os poucos que falaram no assunto, referiram-no (e bem) como uma incidência normal do jogo…

25.11.05

Concurso para a Especialidade

O próximo concurso de acesso ao Internato Complementar, a realizar no próximo mês de Dezembro, conta com uma inovação: não há limite mínimo de nota no exame. Isto é, um candidato pode simplesmente ter zero e escolher uma das vagas disponíveis (que certamente já não serão muitas). Penso que a solução encontrada não prestigia de modo nenhum a Medicina.

23.11.05

A razão do TC

Terão sido estes casos (via Blasfémias) que o Tribunal Constitucional tinha em vista ao decretar a inconstitucionalidade do art. 175º do C. Penal.

P.S. Basta ver a fotografia da abusadora para termos a perfeita consciência do terror que o pobre rapaz terá enfrentado… diversas vezes…    

22.11.05

O país da construção

Uma das maiores críticas (e bem) que se fez ao crescimento económico em Portugal é que ele se baseou, quase sempre, na construção civil.
Em tempos de crise, onde é que o governo aposta para criar novos postos de trabalho?
Na construção de um megalómano aeroporto, claro!
Pergunto: querem mais qualificação para quê?

A OTA, Claro!

Há algo que eu não consigo perceber e que se repete inumeras vezes na governação do nosso país: porque é que a opinião geral estará sempre errada - ou pelo menos assim o entendem os responsáveis que decidem contra ela?
Há coisas que, por tão óbvias serem, correm o risco de se verem contrariadas por essa mesma facilidade de interpretação. É como aquela sensação tantas vezes vivida em exame, quando a solução nos parece tão imediata, que até duvidamos da veracidade dela. Só que, também nesses casos, vale a pena arriscar a resposta e acertar na posição tomada.
Toda a gente com dois dedos de testa duvidava da viabilidade e, diria mesmo, honestidade, de uma proposta com dez novos (ou praticamente novos) estádios para o EURO 2004. O que parecia demasiado óbvio não demorou sequer um ano a ser confirmado.
Agora, apesar de não ser apanágio da minha parte contestar por contestar (e escrevo isto porque nao tive a possibilidade de me debruçar sobre nenhum dos estudos hoje largamente propagandeados) muito menos quem tem que decidir e optar, é mais uma vez óbvio (pelo menos a quase todos o parece ser) que a opção OTA é altamente duvidosa, e diria mesmo, desonesta. Quanto mais não seja pela afronta que este esbanjar de dinheiro pode representar para quem é confrontado todos os dias com a obrigatoriedade de apertar o cinto nas despesas, e que vê recusado qualquer tipo de projecto de apoio ao investimento face à "conjunctura actual".
Mas, como pelos vistos continuamos a ser um País rico, a "conjunctura actual", não afecta o estado. É óbvio que não pode afectar...

A ler, sem dúvida

Este post de jcd, no Blasfémias, sobre o projecto da Ota. É extenso, mas muito interessante.

21.11.05

Conclusão do dia

Depois destas declarações proferidas hoje, torna-se óbvio que Laurentino Dias não lê o Público.

Escutas telefónicas

Em qualquer país civilizado, depois das notícias de hoje no Público, o secretário de Estado do Desporto demitir-se-ia. Em qualquer país civilizado...

Bloguitica

Sobre as eleições presidenciais, ler diariamente o Bloguitica.

Entretanto, na Alemanha

O novo governo alemão pretende reduzir para metade o valor do 13º mês dos funcionários públicos.
São estes os novos caminhos da Europa, que vê cada vez mais em causa o modelo de crescimento e de coesão social das últimas décadas. Até aqui nada de muito surpreendente, apesar de todos nós podermos imaginar a contestação que uma medida do género causaria em Portugal.
O que mais me surpreendeu na notícia foi saber que, actualmente, o subsídio de Natal dos funcionários públicos alemães corresponde a 65% do vencimento mensal. Pois é, mas como nós somos ricos…

À esquerda, volver!

A campanha de Mário Soares não pára de surpreender pela negativa. A radicalização não tem limites e o candidato assemelha-se cada vez mais a Jerónimo de Sousa e Louçã, proferindo palavras que estes não desdenhariam ter nos seus discursos.
Após ter feito o ataque ao “grande capital”, que pelos vistos deixou de o apoiar, mas cujo apoio Soares não desdenhou nas presidenciais que venceu, o candidato do PS veio agora com a demagógica proposta de rever a participação de forças militares portuguesas nas missões de paz da ONU.
Soares parece esquecer que quem lhe deu o estatuto de que goza(va) na democracia portuguesa não foi a esquerda radical de quem está cada vez mais próximo. Bem pelo contrário, foi precisamente em nome do combate a essa esquerda que os portugueses lhe deram a sua confiança.    

20.11.05

Nem assim

Ontem, em Braga, o espírito de Calabote voltou aos relvados portugueses...

18.11.05

Assim é fácil

João Miranda, no Blasfémias, toca no ponto certo, ou muito me engano, ou a tão defendida rentabilidade da Ota é assegurada, certamente, à custa do desaparecimento da Portela.

Sáude?

Todos os anos o Ministério da Saúde abre vagas para o ingresso no internato complementar. Qualquer jovem médico tem bem presente o árduo esforço de um ano a estudar. No entanto as histórias sucedem-se. Pessoas que entram em Faro e passado um meses já se transferiram para o Porto (em muitas especialidades isto representa um salto na nota final de mais de 30%), isto só para dar um exemplo. Como é possível que para um exame tão exigente, em que as vagas também são abertas em função das necessidades do país, estas transferências obscuras continuem a suceder-se?

17.11.05

Medicamentos livres

É de aplaudir a ideia que parece ganhar forma de se liberalizar as farmácias.
De facto, é um monopólio que não se compreende e que não se justifica. Todas as actividades tendem a ganhar com a concorrência, desde que haja regras e parâmetros de qualidade.
Essa ideia ganha ainda mais força quando pensamos que, por vezes, temos de andar quilómetros à procura de uma farmácia que esteja aberta.
A juntar a isto, temos os lucros verdadeiramente impressionantes que o actual regime proteccionista permite àqueles que têm a felicidade de poder vender medicamentos.
Aguardemos, para ver se há coragem para ir avante.

15.11.05

A primeira entrevista

Penso que Cavaco Silva teve uma prestação positiva, ontem, na TVI. Cavaco nunca foi um político com grandes dotes de oratória e com grandes floreados no discurso. Aquilo que sempre se admirou no professor sempre foi a sua capacidade de decisão e a sua disponibilidade para lançar mãos à obra. E sempre foi isso que o diferenciou dos seus adversários. Cavaco sempre entusiasmou mais pelo que fez do que pelo que disse que ia fazer.
Ontem, não foi particularmente arrebatador, no entanto, conseguiu demonstrar aquilo que verdadeiramente o marca e constitui a diferença para os seus adversários: deu uma imagem de seriedade e responsabilidade e preocupou-se sempre em falar para o país e para os portugueses, não se perdendo em críticas aos seus adversários. Além disso, evidenciou porque é que, pelo menos numa primeira fase, a sua formação económica poderá ajudar a traçar um rumo para o país.

Culturas diferentes

Não podemos reduzir os preocupantes acontecimentos em França a simples questões sociais de pobreza e exclusão. Certamente essas questões existem e são graves mas, quanto a mim, constituiram apenas um factor catalisador e facilitador deste fenómeno que é muito mais complexo. A verdadeira questão que temos diante dos nossos olhos é o desfasamento entre culturas muito diferentes que, quando postas em contacto, provocam atritos graves e tensões que se vão acumulando ao longo dos anos e que em tempos de dificuldades económicas se manifestam. À luz do olhar ocidental, a cultura islâmica vive em padrões de comportamento e normas sociais que constituem objectivamente um retrocesso cultural, apesar do discurso politicamente correcto que apela à tolerância e à aceitação dessa cultura diferente. Por outro lado, do ponto de vista islâmico, a cultura ocidental tem, de igual modo, regras e normas inaceitáveis que têm que ser combatidas a todo o custo, se necessário provocando vítimas inocentes. Ora, perante este cenário de difícil conciliação, é natural que os jovens nascidos em França mas de origem islâmica se sintam perdidos neste convívio paradoxal entre as duas culturas.

11.11.05

Homens de negócios

Esta reportagem do site Maisfutebol ilustra bem a política de contratações do FC Porto, desde que Mourinho forrou a ouro os cofres do clube. Estes casos eram mais do que previsíveis e só podem espantar os mais desatentos.
Entretanto, os mesmos dirigentes que promoveram estes negócios ruinosos, decidem distribuir prémios a eles próprios...

9.11.05

Pulo do Lobo

Um blogue de apoio a Cavaco Silva, que “não é oficial nem oficioso”, apenas de apoio e, por isso, merecerá o meu link.

8.11.05

Sociedade em chamas

Os acontecimentos que se estão a verificar em Paris são verdadeiramente preocupantes, merecendo da parte de todos os poderes e organizações respostas prontas e responsáveis. É hora de reagir de forma determinada, sem recuos. O perigo de o fenómeno alastrar por toda a Europa é real, e não povoa apenas os melhores sonhos dos senhores do BE e de toda a extrema-esquerda.
É verdade que a revolta daqueles grupos tem causas complexas, que devem ser estudadas e analisadas, mas, neste momento, não devemos ter medo de chamar as coisas pelos nomes e tratá-las de acordo com a sua gravidade. Indivíduos que decidem semear o terror, destruindo tudo por onde passam, desde carros, passando por ginásios e lojas, e acabando em escolas que foram construídas para os servir, são marginais, criminosos, fora-da-lei, que devem ser reprimidos e castigados de forma exemplar, pela mesma sociedade que os tentou acolher e que agora tentam destruir.
O tom condescendente, desculpante e, de certo modo, legitimador de alguns políticos (como o irresponsável João Teixeira Lopes) e de certos jornalistas (Paulo Dentinho surge logo à cabeça com os inacreditáveis comentários às reportagens da RTP 1) apenas atiça o fogo que ameaça fazer ruir parte dos alicerces de uma sociedade que se gaba de ser o berço da República e onde ainda se sonha com o lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O que todos os dias vemos nos jornais e na televisão não está acontecer no santuário do liberalismo, na terra de todos os males, no aterrador império norte-americano. Tudo aquilo se passa em França, onde o Estado Social e o seu modelo económico adquiriram maior expressão e onde ele é mais querido e acarinhado.
Os países europeus devem começar seriamente a pensar em políticas de imigração e em verdadeira integração, tratando aqueles que acolhem como verdadeiros seres humanos, com direitos e deveres e não como eternos seres menores, sempre necessitados de desmesurada protecção e merecedores de toda a condescendência. Se assim não acontecer corre-se o risco de aqueles, que agora se refugiam nas suas casas, assistindo impotentes à destruição de tudo aquilo por que lutaram, também se revoltarem, acabando de vez com o que resta da tão sonhada tolerância.

4.11.05

Imbecilidade

É a única palavra que serve para caracterizar as declarações de Alberto Costa sobre o apoio judiciário e os advogados.
A verdade é que, ao contrário do que o sr. ministro quer fazer passar, a decisão de reduzir as verbas do apoio judiciário não afectará em nada os advogados, mas sim as pessoas de poucos recursos que necessitem de recorrer aos tribunais.
A classe dos advogados pode ser a mais odiosa de todas e a que mais defeitos tem, mas numa coisa ninguém nos pode atacar: não dependemos em nada do Estado!
Quem conhece a realidade sabe que não é por causa do dinheiro que se asseguram os patrocínios oficiosos, porque esse dinheiro, além de ínfimo, chega tardíssimo, anos após a conclusão dos processos.
Ao proferir a tirada demagógica que proferiu, o ministro quis distrair as atenções do que realmente interessa. Actualmente o apoio judiciário apenas é conferido aos indigentes, mas, com esta medida, vão ser ainda menos as pessoas com direito a esse apoio e, por isso, vão ser mais aqueles que se verão obrigados a pagar as custas do tribunal e os honorários aos seus advogados.
No entanto, as declarações de Alberto Costa são graves, pois num acto de mera propaganda política e de pura demagogia lança um ataque reles e baixo a muitos advogados que asseguram um dos deveres fulcrais do Estado – o acesso ao Direito –, em troca de nada ou muito pouco. Haja decência, sr. ministro!

3.11.05

Quando os senhores visitam a aldeia...

A chegada de figuras mediáticas do mundo da música a Lisboa, para os prémios da MTV, vem mostrar, mais uma vez, a pequenez e o provincianismo deste País. As televisões têm passado reportagens intermináveis sobre o evento e os directos multiplicam-se sem razão. Os verdadeiros protagonistas nem sequer aparecem excessivamente, o que ainda é mais ridículo, pois são os repórteres que assumem o papel principal, entrevistando pessoas anónimas ou figuras públicas nacionais. Compreendo que, para os profissionais das televisões, seja muito emocionante estar perto de estrelas mundiais e poder falar com elas. E isso é, de facto, o que mais transparece das suas intervenções, em que abdicam de todo o profissionalismo para se transformarem em fãs de microfone em punho.
Outro aspecto que me entristece é ver que os entrevistados são constantemente coagidos a dizerem bem de Portugal e dos portugueses, o que os leva normalmente a fazer rasgados elogios à hospitalidade, à gastronomia e à beleza natural do país. É uma forma de aumentar a auto-estima nacional que mostra o verdadeiro estado de espírito dos portugueses. Alguém imagina que em Nova Iorque, Londres ou Paris se pergunta aos convidados, ao mesmo tempo que se tenta induzir a resposta, se gostaram da comida?

2.11.05

Uma dúvida simples

Porque é que um impoluto e incorruptível ex-ministro das Obras Públicas recebe presentes de um construtor civil?

Apodrecimento

O que eu considero chocante em casos como o de Fátima Felgueiras não é propriamente o facto de, apesar de ter fugido à Justiça e de estar envolvida num processo judicial por alegadas práticas ilícitas, ter sido aclamada pelo povo de Felgueiras e ter sido reeleita. Isso, por si só, já é um sinal bastante grave que revela muito sobre o carácter do povo português. As causas para essa triste realidade são profundas e estão associadas a factores sociais e históricos concensuais. Enfim, é a realidade que se vive no Portugal profundo e que nem sempre é percebida por quem vive nos meios urbanos.
No entanto, o que para mim constitui motivo de forte apreensão é verificar que neste País nem mesmo as elites sociais, culturais e políticas estão a salvo de uma degradação cada vez mais evidente. A Justiça é o exemplo mais grave, pois o seu mau funcionamento é estrangulador de toda a Sociedade uma vez que favorece a impunidade e estimula o não cumprimento da lei. A Justiça não é uma entidade meramente abstrata a que se possa atribuir, de uma forma quase fatalista, a responsabilidade desta situação. Perante a sucessão de casos vergonhosos de prescrições, erros processuais, violações do segredo de Justiça, que se somam a uma percepção geral de lentidão extrema e de custos elevados para o cidadão comum, é incompreensível como os responsáveis pela Justiça não tomam atitudes firmes e, se necessário, radicais para alterar a situação. É que, se as coisas continuam assim, e se os Tribunais continuarem a encarar os casos judiciais como meros algoritmos processuais, perdendo completamente o sentido de Justiça, estarão criadas as condições para a completa ingovernabilidade do País.

Não é assim...

Independentemente de todas as razões de queixa que Rui Rio possa ter da comunicação social (e tem-nas, começando na secção Local do Porto, do Público, e acabando na RTP-N), as novas regras de relacionamento entre a Câmara Municipal do Porto e os meios de comunicação social são um enorme tiro no pé.
É esta falta de habilidade de lidar com certos assuntos, mesmo quando está em alta, que tornam Rio num alvo, por vezes, fácil de muitos dos poderes instalados na cidade e que perderam a sua influência nos últimos anos.
Os jornalistas, principalmente os do Porto, têm atacado Rio de uma forma deplorável, mostrando inquietações e um sentido de vigilância apuradíssimo que ninguém lhes vislumbrava nos anteriores mandatos de Fernando Gomes e Nuno Cardoso, mas Rui Rio nada tem a ganhar entrando numa guerra cega e dando aos jornalistas o argumento de que não os deixam trabalhar.