16.11.07

Nacionalizações

"A Caixa Geral de Depósitos (CGD) detém 13,93 por cento da PTM, segundo comunicou esta tarde o banco estatal à CMVM.

A CGD tem ainda 19,5 por cento da Visabeira que, por sua vez, controla agora 2,15 por cento da operadora liderada por Rodrigo Costa."


Eu não sou especialista em economia, mas gostava de saber se na UE é normal um banco estatal deter acções das principais empresas e bancos privados.

3 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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José Augusto Lucas disse...

Horácio,

A questão que levantas é pertinente (está-se a correr o risco de favorecer determinados particulares com dinheiros públicos...).

No entanto, este tipo de situações ocorrem em Portugal e no estrangeiro "mascaradas" das mais diversas formas, mas que na prática incorrem no mesmo risco:
exemplo 1: fundos de investimendo geridos por entidades públicas (a Caixa Geral tem-nos às dezenas), que se traduzem em aplicações de capital (dos seus clientes, é certo) maioritariamente em títulos do sector privado (as decisões sobre a sua aplicação são do foro público)
exemplo 2: sociedades de capital de risco detidas na sua maioria por capitais públicos (tivemos dois exemplos destes cá em Portugal, mas creio que migraram recentemente para uma solução de "gestão de fundos de capital de risco")

Muitos mais exemplos se poderiam utilizar para espelhar esta perigosa e “quase promíscua” relação entre o Estado e o sector privado. No entanto, a título pessoal, considero esta modalidade muito mais interessante do que a atribuição de subsídios, muitos deles a fundo perdido, sobre os quais o Estado perde capacidade de gestão a partir do momento da sua atribuição/pagamento e dos quais não beneficiará de qualquer retorno!