26.11.07

Segurança nos Hospitais

O caso da morte ocorrida após uma agressão em plena sala de espera no Serviço de Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra é um episódio chocante que deve merecer uma profunda reflexão. Independentemente das conclusões da autópsia e do estabelecimento de um nexo de causalidade entre a agressão e a morte da agredida, não é admissível que episódios de violência ocorram perante a passividade de elementos da segurança do hospital. Se é certo que casos com tal gravidade são raros e excepcionais, como diz o Director do Hospital, Prof. Fernando Regateiro, quem trabalha no SU dos HUC ou de qualquer outro hospital sabe bem que a violência para com profissionais e outros utentes é um fenómeno diário. Para além da elevada tensão emocional dos utentes e do stress dos profissionais, que por si só já são favorecedores de alguma conflitualidade, acresce que um SU é um local frequentado por doentes com perturbações mentais, sobretudo toxicodependentes em crises de abstinência que facilmente se tornam agressivos. É portanto um local em que se conjugam factores que exigem atenção especial em relação à prevenção dos fenómenos de violência. Os agentes de segurança colocados no SU devem estar devidamente preparados para actuar quando necessário nestas situações. Infelizmente, receio que muitos destes profissionais não sejam mais do que porteiros que usam toda a sua autoridade para barrar a entrada aos acompanhantes dos doentes...

Sem comentários: