Clubes de futebol
Em Portugal, por imitação do que se vê em Inglaterra, tem-se imposto a figura do director desportivo que gere o futebol, libertando o presidente do clube ou da SAD para outros afazeres superiores. O presidente adquire um estatuto senatorial, assistindo no camarote ao que se passa lá em baixo, mas sem que aquilo lhe diga muito.
Não consigo perceber a bondade da solução. Se estamos a falar de um clube ou de uma SAD de futebol (!?), é crucial que o seu presidente saiba e perceba de futebol. É necessário que conheça os seus meandros, conheça os jogadores, tenha ideia de quem são os melhores treinadores, vibre com os jogos e esteja atento às competições.
Em Inglaterra a questão será sempre diferente, porque os clubes têm proprietários legítimos que podem escolher quem dirige o dinheiro por eles investido.
Em Portugal, os clubes ainda são maioritariamente dos seus sócios, pelo que, se alguém se candidata ao cargo de presidente, tem de saber obrigatoriamente de futebol. Depois, caso não saiba os aspectos mais técnicos da gestão de uma empresa, é que deve pensar num adjunto para essa área.
Pensem nos grandes presidentes da história do futebol e digam-me que eles não percebiam do que lá estavam a tratar...
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