10.4.06

Fumo negro

À imagem do que aconteceu noutros países europeus, começam a aparecer algumas reacções ao anúncio de medidas mais restritivas ao consumo de tabaco em locais públicos.
Um dos argumentos é a de que o estado, na sua fúria reguladora, não pode querer criar uma sociedade esterilizada, forçando cada um a ser saudável, mesmo contra a própria vontade.
Concordo, mas desde que esse entendimento diga apenas respeito a actos que nós possamos tomar contra nós próprios e que nos atinjam apenas a nós.
No caso do tabaco, é diferente. As pessoas que fumam em locais públicos impõem a sua vontade e o seu comportamento aos demais, obrigando-os a conviver com um ambiente que causa verdadeiro desconforto e problemas de saúde àqueles que não fumam.
Acredito que para quem fuma puxar de um cigarro após uma boa refeição é um prazer indispensável. Mas podem ter a certeza de que para quem não fuma, saborear essa mesma refeição com um sujeito a fumar, despreocupadamente, a poucos metros, é, pura e simplesmente, impossível.

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