O tempo
Na semana passada, tudo prometia.
O governo era competente e reformista, com os seus ministros trabalhadores, dirigidos por um primeiro-ministro obstinado em fazer cumprir o seu projecto. Já tinha anunciado uma série de medidas importantes e os indicadores económicos apresentados mostravam um país confiante, que, finalmente, tinha encontrado a cura.
O sol parecia querer aparecer de vez, fazendo justiça à Primavera. Os portugueses adivinhavam os dias de Páscoa brilhantes, solarengos e desocupados. Era a Primavera que tinha chegado, mas era o cheiro do Verão que ansiavam antecipar.
Esta semana, tudo foi diferente.
A Primavera voltou a dar lugar ao Inverno. O cinzento sobrepôs-se ao azul, o brilho tornou-se no reflexo da água das ruas e calçadas e o sol desapareceu.
Depois, vieram os relatórios. Um atrás do outro...
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