28.2.07

Uma escola portuguesa

Quem assistiu ao Jornal da Noite, da SIC, e viu a reportagem sobre a Universidade Independente certamente que ficou deliciado com a elevação com que os responsáveis da universidade discutiam as suas posições e trocavam acusações. Expressões como "roubar, "gatunos" e "gestão fraudulenta", foram frequentes.
Quando nos meios académicos se discute assim, não há dúvida que o resto do país tinha de estar como está.

Evidências

- Grandes realizadores nunca ganharam um óscar.
- Scorsese merecia ganhar um óscar.
- Claro que já fez filmes muito melhores que The Departed.

Quando os melhores se juntam!

Irão e Sudão prometem frente unida contra o Ocidente.

Para onde irá o dinheiro

Lendo a imprensa desportiva de hoje, avizinham-se transferências proveitosas para o F.C. Porto. Quaresma e Pepe são jogadores que renderão uma boa fortuna ao clube. O Porto tem ainda mais dois jogadores valiosos, Anderson e Lucho, apesar de o passe não ser pertença total do clube. Isto, porque o interesse nos jogadores do Porto costuma ser real, apesar da imprensa desportiva vender, há anos, o capitão Simão e Luisão para os maiores clubes da Europa.
Tendo em conta que o Porto, nos últimos anos, foi protagonista de transferências verdadeiramente fabulosas, e agora parece que já está na mais absoluta penúria, é legítimo perguntar para onde vai este dinheiro?

27.2.07

Outros horizontes

"Fascismo?", por Eduardo Pitta, no Da Literatura.
"Jornalismo de Estado", por João Pedro Henriques, no Glória Fácil.

No reino dos medíocres

O Director Geral dos Impostos, Paulo Macedo, vai abandonar o cargo.
Num Estado em que a competência dificilmente é premiada, nada melhor do que nivelar por baixo para que não haja comparações incómodas.

26.2.07

A grande mentira

Só quem não anda nos tribunais e não recebe sentenças e acórdãos pelo correio é que pode atribuir um mínimo de credibilidade à encenação numérica apresentada por Alberto Costa.
Mesmo que tenha havido alguma redução no número de processos pendentes, o mais provável é que essa redução se tenha ficado a dever à isenção de custas atribuída às transacções e desistências efectuadas até 31 de Dezembro de 2006.

Óscares 2007


Finalmente fez-se justiça e Martin Scorsese ganhou o óscar. O filme The Departed foi sem dúvida um dos melhores do ano. Apenas lamento que se continue a ignorar Leonardo Di Caprio (desempenho neste filme nem sequer lhe valeu a nomeação) que volta a ter mais uma prestação brilhante. Impressão que não é apenas justificada pela óbvia simpatia que a personagem desperta.
No entanto a minha maior satisfação da noite foi o esquecimento de Babel. O filme nitidamente concebido para seduzir a crítica europeia e anti-americana acabou por não conseguir sequer atingir na plenitude o seu alvo original e seria de todo injusto que, na linha do politicamente correcto que a academia adoptou nos últimos anos, o filme A. G. Iñarritu fosse premiado.

Outros horizontes

A pergunta e a dúvida inerente de rui, no Blasfémias, é, como ele próprio diz, evidente.

23.2.07

FC Porto e as câmaras

Tiago B. Ribeiro cita no Kontratempos uma notícia do JN que refere que "a campanha vitoriosa do F. C. Porto em 2003/4, concluída com a vitória de Gelsenkirchen, rendeu 12 milhões de euros à economia tripeira". Depois aproveita para mandar umas farpas à gestão de Rui Rio pelo desprezo que vota ao futebol.
Penso no entanto, que se contabilizarmos todo o dinheiro atribuído pelas autarquias ao futebol desde cedência de terrenos, endividamento para construir estádios, etc., duvido que alguma câmara fique realmente a ganhar.
Aliás, como bem Rio referiu, ainda bem que o Porto (clube do qual sou sócio) não precisa da câmara para ganhar.

Outros horizontes

"Um pedido", por André Abrantes Amaral, n'O Insurgente.

Parabéns ao Braga

Magnífica estreia do grande capitão. E, certamente, que já se apercebeu que aquele central paraguaio, Rodriguez, vale ouro.

A capital de todo o país

Tudo o que tem acontecido na Câmara Municipal de Lisboa e nas suas empresas municipais é uma imagem ampliada de Portugal, apenas com a agravante de se tratar da capital de um país centralizado e, por isso, alvo de toda a atenção por parte da comunicação social.
Basta fazer uma pequena visita aos bairros mais recentes das nossas cidades, para nos apercebermos que tanto desordenamento, tanta fealdade, tanto amontoado de betão, apenas pode ser justificado por essa galinha dos ovos de ouro que são a especulação imobiliária e as empreitadas públicas.
Se se fizesse uma auditoria independente a todas as câmaras deste país e respectivas empresas municipais duvido que algum município escapasse ileso.

22.2.07

Jardinagem

Não gosto de Alberto João Jardim. Não conheço in loco a sua obra, mas repudio o estilo, o caciquismo, o populismo e a chantagem constante que faz do continente o financiador das suas excentricidades, quer sejam no Carnaval, no futebol, nos túneis ou na comunicação social.
Inicialmente, a minha reacção à sua demissão foi a habitual. Aquela que acompanha quase todas as suas acções.
No entanto tenho de reconhecer que Jardim tem alguma razão. Independentemente da bondade da nova lei das finanças regionais, a verdade é que lhe alteraram a meio as regras do jogo. Mal ou bem, tinha planos feitos e projectos concebidos que, agora, ninguém lhe garante que os possa concretizar. E numa altura em que os apoios fora da ilha são merecidamente escassos, a única maneira de ser ouvido era esta, à bomba.
Com esta decisão consegue chatear tudo e todos. Vão-lhe dar um palco para malhar em Sócrates, aproveita para beliscar Cavaco Silva e passa por cima de Marques Mendes.
É óbvio que só o faz porque sabe que é imbatível.

21.2.07

Chegar ao destino

É curioso observar as pessoas que saem pela porta das chegadas, nos aeroportos.
O porte altivo, o olhar elevado, o passo firme e decidido, empurrando o carrinho ou puxando desinteressadamente a reduzida bagagem, acabadinhas de descer dos céus, tudo demonstra que ali se sentem mais próximas da imortalidade.
A pessoa amada que anseia, os familiares que aguardam, o cliente que espera, o guia que se faz notar e toda a massa anónima que se acotovela junto às barreiras separadoras, fazem o local assemelhar-se a um passeio da fama, onde apenas falta o tapete vermelho.
E a verdade é que muitos encontram ali a máxima atenção que algum dia despertarão...

20.2.07

Outros horizontes

"A medicina cubana é uma das melhores do mundo", por João Miranda, no Blasfémias.

19.2.07

Aconselhamento obrigatório vs voluntário

Em relação à discussão sobre se um aconselhamento obrigatório contraria o sentido da pergunta aprovada em referendo, ler este artigo do dn.

Aconselhamento III

Concordo que a questão do aconselhamento antes do aborto tem de ser tratada com muito cuidado.
Em meu entender, o aconselhamento obrigatório deve ser apenas médico e deve envolver apenas a explicação e as consequências do acto em si.
Ir além disso, apenas nos casos em que a mulher o desejar. Se assim não fosse estaríamos a alterar o resultado do referendo. Quer se goste quer não, a pergunta era clara e colocou na vontade da mulher a responsabilidade de interromper ou não a gravidez.
Quanto a haver um período de reflexão, que, até pelos prazos legais da interrupção, terá de ser obrigatoriamente curto, não me parece que possa haver algum tipo de objecção, já que se trata de um acto individual, não havendo aí qualquer risco de condicionamento da decisão.

Adenda - O grande problema do aconselhamento obrigatório é que parte do princípio que a mulher deve revelar por que razão vai interromper a gravidez, para, a partir daí, ser devidamente aconselhada. No entanto, e mais uma vez partindo do que foi perguntado, nada nem ninguém poderá obrigar a mulher a revelar as suas razões.

18.2.07

Primeiras impressões

O colombiano Rentería mostrou ontem que tem todas as condições para brilhar, no próximo ano, num clube da nossa Liga de Honra.

Aconselhamento II

Neste blogue coexistem opiniões divergentes relativamente ao aborto e que reflectem a nossa sociedade.
Eu concordo com o aconselhamento, eventualmente com um curto período de reflexão. No entanto, penso que isso não deve ser uma tentativa encapotada de transferir a decisão final, que deve sempre ser da mulher. Isso seria subverter o que foi referendado.

Cartas de Iwo Jima


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Mín. * Máx. *****

Aconselhamento

A discussão em torno da necessidade ou perversidade do aconselhamento prévio a uma interrupção da gravidez está, finalmente, a desmascarar alguns argumentos falaciosos que foram veiculados por alguns defensores do SIM. Durante o debate que antecedeu o referendo ficou aparentemente claro que haveria um consenso generalizado sobre algumas questões:
- que o aborto não é um acto inócuo;
- que o aborto deve ser combatido, não apenas o ilegal, mas todos os abortos motivados nomeadamente por carências económicas e sociais;
- que o aborto é realizado, habitualmente, em contexto de elevada tensão ou perturbação emocional, por vezes sob pressão de familiares ou do próprio pai da criança, não se justificando a penalização de uma mulher já de si penalizada com uma vivência traumatizante;
Assim, durante a discussão pública, muitos dos defensores do SIM argumentaram que, não estando em causa a liberalização, isto é, a prática de aborto sem condicionalismos, o que se pretendia era apenas a despenalização da mulher caso não fosse possível evitar a IVG. Agora, ao abdicar-se do "aconselhamento", isto é, de um esclarecimento sério e de apoio económico, social e psicológico, torna-se claro que, afinal, todos esses argumentos foram usados em vão.

17.2.07

Outros horizontes

Sobre a vertigem da mediatização de que muitos juízes começam a padecer, ler "Coisas da Sábado - Autofagia: Juízes a falar demais", por Pacheco Pereira, no Abrupto.

Braga...

Segundo o JN, o reboque da polícia municipal de Braga foi utilizado para um serviço particular. (Via Avenida Central)

16.2.07

Insustentável

É obvio que ao PSD, pelas posições que assumiu no passado (e bem), não resta outra opção que não seja retirar (e bem) a confiança política a Fontão de Carvalho.

O que passa na câmara de Lisboa não deve diferir em muito de situações vividas noutras câmaras espalhadas pelo nosso país. É por isso que muitos autarcas preferem estar longe da ribalta, de preferência, não ser objecto dos media nacionais.

Outros horizontes

Uma peculiar maneira de contar votos que encheria de orgulho Salazar, em "Salazar Reloaded", por Mário Almeida, n´A Fonte, a propósito do concurso O Pior Português de sempre, da SIC/Inimigo Público.

A imagem de Portugal

Declarações de Carmona Rodrigues, Presidente da Câmara de Lisboa:

"Se todos os autarcas deste país, que fossem arguidos, renunciassem ao seu mandato, o país estava parado."

15.2.07

Dar com uma mão e tirar com a outra

Em nome do combate ao défice público e de um Estado pesado e imobilizado, há muito que os sucessivos governos se esqueceram do princípio da equidade e da competitividade fiscal em troca da maximização das receitas tributários.
Quer isto dizer que toda e qualquer reforma fiscal que se faça, nunca tem em vista uma maior justiça ou desagravamento para os contribuintes, mas apenas a arrecadação de maiores receitas para os cofres do Estado. Quando se lê o texto de uma nova lei vemos que, acima de tudo, existe a preocupação de ganhar mais.
Assim, qual não foi a minha surpresa ao ler esta notícia no Público, sobre o novo Imposto sobre Veículos que irá substituir esse verdadeiro sorvedouro que é o Imposto Automóvel:

"As contas são da responsabilidade do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, que afirmou hoje, em conferência de imprensa, que o efeito da introdução, em Julho, da componente ambiental de 30 por cento no cálculo do novo imposto irá gerar "um desagravamento médio de dez por cento para os veículos menos poluentes". Essa redução terá efeitos também ao nível da receita fiscal, que deverá baixar 45 milhões de euros."

No entanto fiquei mais descansado, quando cheguei ao final:

"No entanto, de acordo com o membro do Governo, no prazo de cinco anos, verificar-se-á uma "recuperação" destas receitas perdidas pelo Estado, na sequência do progressivo aumento das cobranças com o IUC (Imposto Único de Circulação)."

14.2.07

Outros horizontes

"Europeus subsidiam Windows Vista aos americanos", por Paulo Querido, no Mas certamente que sim!.

Seven Nation Army vs Santander

Foi a leitura de um blogue que me chamou a atenção, não me recordo qual. Comparem o novo anúncio do Santander, totalmente copiado de um genial videoclip realizado por Michel Gondry para os White Stripes.

13.2.07

Em busca da Esmeralda perdida

Pergunta Eduardo Pitta, no Da Literatura: "Já agora: as polícias desistiram de procurar a Esmeralda? O assunto ficou arrumado com a prisão do sargento?"
Porque é que se fica com a sensação, que a polícia não está propriamente preocupada em encontrar a criança e cumprir a ordem do tribunal?

Já que falou nisso...

Como era de esperar, a teoria do conselheiro Fisher Sá Nogueira, apresentada ontem à noite, durante o programa “Prós e Contras”, em que defendia que cada um dos dez mil signatários do pedido de “habeas corpus” de Luís Gomes teria de pagar 480 euros de custas judiciais, foi rejeitada liminarmente pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Se é que alguma vez deixaram de o fazer, podem todos voltar a dormir descansados.
No entanto, ou muito me engano, ou o ministro Alberto Costa deve estar com os olhos a brilhar.

A segunda-feira chegou atrasada


Hoje é daqueles dias em que nem me atrevo a pedir que algo corra bem. Apenas desejo que passe...

12.2.07

O novo Público


Aqui ficam as primeiras impressões. Gosto do novo grafismo, torna o jornal mais apelativo e bonito, talvez perca alguma seriedade. O novo caderno, P2, parece-me bem conseguido. Decepção, talvez em relação aos colunistas, acho que precisava de algumas contratações sonantes. Mesmo tendo em conta a previsibilidade de alguns que saíram não penso que o actual quadro de colunistas fique a ganhar. Luís Campos Cunha é uma excelente aquisição. José Diogo Quintela, duvido que tenha interesse. Esperemos tambem pelo novo ípsilon.

É preciso ter lata

"Se se mantiverem estes resultados, 75 por cento dos portugueses não disseram sim à alteração da actual lei.", Isilda Pegado, citada pelo Público.

Ler ainda Luís Delgado (já tinha saudades) e as afirmações de Luís Filipe Menezes. (Via Causa Nossa).

Post editado às 20:30

11.2.07

Referendo

Penso que a questão do aborto não deveria ser compatível com manifestações de regozijo.
Apesar do resultado, a histeria dos movimentos do sim chega a ser repugnante.

A próxima estrela do Gato Fedorento



Não custa nada dar um saltinho à Póvoa de Varzim...

9.2.07

Publicidade Institucional

Uma agradável surpresa para os mais cépticos, como eu! Cerveja com sabor a pêssego!

O desentupidor

O ministro da Justiça apresentou orgulhoso mais uma reforma que promete vir a desanuviar os tribunais, sem que com isso quem a eles tem de recorrer note alguma melhoria. Bem pelo contrário, o seu acesso torna-se cada vez mais íngreme e difícil.
A tónica mantém-se. Se os tribunais funcionam mal, impede-se as pessoas de a eles recorrerem, ao invés de tentar melhorar o seu funcionamento.
De todo o leque de medidas, existe uma de que até duvido da constitucionalidade. Obrigar os litigantes em massa (mais de 200 processos por ano) a pagar o dobro da taxa de Justiça, não me parece que respeite o princípio de acesso ao direito e aos tribunais.
Será que não ocorreu a ninguém que, por vezes, tem que se recorrer a tribunal, não para chatear o senhor ministro da Justiça, mas porque, efectivamente, a outra parte não cumpriu com o acordado ou violou algum direito?

Outros horizontes

Como, independentemente da posição, também há vida para além do aborto, a análise de Pacheco Pereira à "Cultura de Blogue", em várias notas, no Abrupto.

A meu ver, a grande questão é que os blogues e a internet ajudaram à aquisição do conhecimento, mas acabam por, ao mesmo tempo, constituir um entrave ao seu aprofundamento.

8.2.07

Outros horizontes

"As coisas que se fazem em nome do ambiente", por jcd, no Blasfémias.

Diamante de Sangue


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Mín. * Máx. *****

7.2.07

Juízos públicos

Concordo plenamente que os juízes não possam produzir qualquer tipo de declaração pública sobre processos que ainda estejam em discussão e cuja decisão ainda não tenha transitado em julgado.
Aliás, se assim não fosse, daqui a pouco estaremos a inaugurar um novo tipo de pareceres para juntar aos processos: o do colega juiz.
A justiça só pode ter uma voz final e decisória, seja ela qual for. Caso contrário, apenas será ouvida a que falar mais alto.
E nem concebo como é que pode haver magistrados a defender o oposto.
Outra questão, será a punição a todos por igual, o que me parece que não tem acontecido.

A Bola vermelha

António Tavares-Teles n'O Jogo:

"Antetítulo de toda a página 21 d’“A Bola” de ontem: “Cartão de sócio do Benfica já tem 1017 parceiros”.
Título (a toda a largura da página): “Vantagens mil”.
E em seguida, destacado: “Há parceiros para todos os gostos e bolsas. O cartão de sócio do Benfica conseguiu ultrapassar o cartão ACP (Automóvel Clube de Portugal) na rede de vantagens”.
Mas ainda: “Parcerias vão aumentar”.
Foi pena terem-se esquecido de colocar a menção “Pub” no fundo da página...".

6.2.07

Outros horizontes

O protagonismo mediático excessivo do Ministério Público, em "Lendo, Vendo, Ouvindo, Átomos e Bits, de 6 de Fevereiro de 2007", por Pacheco Pereira, no Abrupto.

As diárias aparições e declarações de Maria José Morgado e Pinto Monteiro nos jornais e televisões não se compadecem com o recato e discrição que a Justiça (principalmente no âmbito da investigação criminal) deve ter e não auguram nada de bom para os tempos mais próximos.
Em primeiro lugar, e como já todos estamos fartos de saber, o imediatismo exigido pela comunicação social não tem qualquer correspondência na nossa pesada máquina judicial.
Em segundo lugar, ainda que num plano meramente teórico, qualquer processo pode acabar em arquivamento. Ora, num país fustigado pela corrupção e pelo sentimento de impunidade, tal desfecho, ainda que justo, equivalerá sempre à ausência de resultados.

5.2.07

Descer à terra

De quando em vez, o nosso primeiro-ministro abandona a solidão do púlpito e das apresentações em monólogo e deixa-se envolver pelas pessoas, que aparecem ávidas de o ouvir, no interior daquele círculo de sabedoria.
Nas televisões, a demonstração de eloquência de José Sócrates surge entremeada por planos da assistência, sempre atenta a escutá-lo e concentrada em cada gesto das suas mãos.
A título de curiosidade, refira-se que o primeiro-ministro só se deixa rodear pelos seus...

Outros horizontes

A entrevista do ex-ministro Campos e Cunha, ao Público (edição de hoje) e à Rádio Renascença, é exemplar na revelação dos métodos de trabalho do governo e será, provavelmente, juntamente com o inexcedível Manuel Pinho, um dos momentos mais embaraçantes para José Sócrates.
Está lá tudo. A utilização de siglas que nunca mais se ouvem falar (PIIP - Plano de Investimento e Infra-estruturas Prioritárias), o lançamento de bandeiras com meros intuitos propagandísticos, mas sem real substância, a arbitrariedade da decisão sobre a construção do aeroporto da OTA, as nomeações políticas e as difíceis relações de um independente com o aparelho partidário...

4.2.07

Praças de Braga

Escreve Fernando Madrinha no Expresso : "(...) A já célebre Bragaparques é a legítima proprietária de duas das praças mais emblemáticas da cidade de Braga, (...) que a câmara alienou por troca com 16% dos lugares de estacionamento subterrâneo que e a empresa lá construiu. (...) Retenham, porém, a vossa indignação munícipes ou visitantes de Braga, e agradeçam a Mesquita Machado: a Câmara, magnânima, salvaguardou o direito de passear nas praças. (...)"

3.2.07

Jornalismo de causas

O grande problema do jornalismo de causas é que, a dada altura, não se pode limitar a dar notícia e tem de começar a combatê-la...

2.2.07

Outros horizontes


"As minhas primeiras do novo Rádio Clube", por João Paulo Meneses, no Blogouve-se.

A TSF tem agora um novo concorrente nas manhãs, o novo Rádio Clube. Concordo com João Paulo Meneses quando diz que João Adelino Faria "está à procura do seu ritmo, está a corrigir erros diariamente (a informação horária do primeiro dia, por exemplo), mas é, do meu ponto de vista, muito opinativo. É perigoso e cansa.". Também acho que há excesso de opinião na maneira como JAF transmite as notícias.
Como também refere no seu post, uma das qualidades (talvez temporária) é a inexistência da massiva publicidade, que muitas vezes faz com eu tenha que tirar a TSF.

Palavras que escondem intenções

Creio que a afirmação de Ricardo Espírito Santo Salgado veio trazer um potencial sucesso à OPA sobre a PT: ao indicar que venderá de imediato a participação do BES na PT caso a maioria do capital se transfira para a Sonaecom, por não acreditar na estratégia definida, está a dar uma razoabilidade ao preço oferecido contrária à que sempre defendeu (ainda que a venda seja efectuada à expectativa de valor da nova estratégia).

Ao tratar-se de um dos maiores accionistas da PT, tal acção poderá levar à mudança de opinião de muitos pequenos e médios investidores, o que me leva a questionar a verdadeira intenção de Ricardo Espírito Santo...

1.2.07

Argumentos

Volto a repetir, a maioria dos argumentos dos defensores do não no referendo à lei do aborto inviabilizariam a actual lei, isto é, não seria possível abortar em situação alguma. Será que era isso que desejariam? É que se acham a vida inviolável às 10 semanas, também têm que achar em caso de violação da mulher, em caso de malformação grave...