22.2.07

Jardinagem

Não gosto de Alberto João Jardim. Não conheço in loco a sua obra, mas repudio o estilo, o caciquismo, o populismo e a chantagem constante que faz do continente o financiador das suas excentricidades, quer sejam no Carnaval, no futebol, nos túneis ou na comunicação social.
Inicialmente, a minha reacção à sua demissão foi a habitual. Aquela que acompanha quase todas as suas acções.
No entanto tenho de reconhecer que Jardim tem alguma razão. Independentemente da bondade da nova lei das finanças regionais, a verdade é que lhe alteraram a meio as regras do jogo. Mal ou bem, tinha planos feitos e projectos concebidos que, agora, ninguém lhe garante que os possa concretizar. E numa altura em que os apoios fora da ilha são merecidamente escassos, a única maneira de ser ouvido era esta, à bomba.
Com esta decisão consegue chatear tudo e todos. Vão-lhe dar um palco para malhar em Sócrates, aproveita para beliscar Cavaco Silva e passa por cima de Marques Mendes.
É óbvio que só o faz porque sabe que é imbatível.

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