1.9.06

Dá que pensar!!!

De acordo com as estatísticas, nas quais eu me incluo, uma boa parte da população portuguesa sofre de excesso de colesterol na corrente sanguínea. Como grande parte dos leitores assíduos deste blogs pertencem à classe médica, corro o risco de escrever alguma incorrecção científica, no entanto, arrisco aqui uma reflexão mais económica do que médica.
Quando deparamos com os custos dos medicamentos em geral, e em particular os que são para controlo do colesterol, vemos que estes têm um valor bastante significativo para o orçamento mensal. Estes medicamentos, segundo informações obtidas, não curam a doença, mas sim, controlam os níveis desta, não deixando que evolua para situações mais graves. Por isto, teremos que ingerir este medicamento durante toda a nossa vida, engordando assim a indústria farmacêutica e o seu poderosíssimo lobby. Esta situação levou-me a conjecturar o porquê de as industrias farmacêutica não investigarem um medicamento que cure de uma vez por todas esta maleita. Se calhar, não interessa…, ou se calhar já encontraram uma solução, mas isso, obrigaria à hipoteca do valor que milhares de milhões de pacientes dariam ao longo dos 30 a 40 anos da sua vida para essa indústria. Quantos medicamentos encontramos nestas situações? Quantos custos poderíamos reduzir se, neste mundo extremamente injusto, as industrias farmacêuticas fossem mais cooperantes e menos economicistas. Dá que pensar!!!

7 comentários:

Pedro C. Azevedo disse...

Elaborar uma teoria conspirativa deste género sem uma única base científica é, no mínimo, arriscado...

Joaquim Cerejeira disse...

Receio bem que a "doença" da hipercolesterolémia não tenha propriamente cura. O colesterol é uma substância natural do organismo e indispensável à vida. Ao longo dos anos, em todas as pessoas, as placas de colesterol vão crescendo e "entupindo" os vasos mais pequenos (coronárias, artérias cerebrais e dos membros inferiores). Devido a factores ambientais (ex.: alimentação) e genéticos (tipo de moléculas que transportam o colesterol), os níveis de colesterol podem subir, acelerando este processo de envelhecimento. O que os fármacos podem fazer é simplesmente reduzir parcialmente os níveis de colesterol o que pode retardar, mas não evitar, a acumulação de colesterol nos vasos.

Joaquim Cerejeira disse...

A decisão de tomar ou não um fármaco é sempre do próprio doente. Não são certamente as indústrias farmacêuticas que exigem que as pessoas comprem os seus fármacos. Apenas os colocam à disposição no mercado. Cada pessoa é que deve avaliar, sob conselho médico, se vale ou não a pena passar o resto da vida a tomar o medicamento, "engordando assim a indústria farmacêutica e o seu poderosíssimo lobby" ou continuar a viver sem ele, abdicando dos seus potenciais benefícios.

osso disse...

É uma teoria conspirativa realmente possivel e que provavelmente não andará longe da realidade (basta olhar para o exemplo da malária e não da hipercolesterolémia, em que não se investiga porque é uma doença que atinge, principalmente, pessoas sem grande poder económico).
Contudo este lobby pode ser combatido tendo uma alimentação equilibrada e realizando algum exercício diário. Deste modo pode ser evitada a acumulação de colesterol e a consequente toma do comprimido.

http://culpadomedico.blogspot.com/

João Cruz Vilaça disse...

Isto não é uma teória conspiratório, pois vejamos, que a simples cura de alguma doença, inibe a utilização de muitos fármacos durante longos tempos. Não acredito que, com o avanço científico que existe, não haja uma solução que evite essa acumulação das placas de colesterol.

Horácio L. Azevedo disse...

Apesar de não ser a minha especialidade,
parece-me que as doenças que estejam relacionadas com o metabolismo não sejam
propriamente curáveis. Atente-se num caso muito mais grave, a diabetes. Talvez futuramente com terapias genéticas...

Anónimo disse...

A juntar à "teoria da conspiração" é interessante verificarmos que nos últimos anos os limites normais máximos passaram de 236 para 190 o que adicionou mais uns milhares de "doentes", podemos juntar aínda a histeria da gripe das aves (matou muito menos gente em todo o mundo, do que as estradas portuguesas)mas é considerado prioritário pelos governos...