18.1.07

O Brasil que conheci (II)

Quanto a Florianópolis, o que posso dizer é que o que vi e experimentei me deixou encantado. Quem se limita a conhecer o nordeste brasileiro e apenas se atreve a descer até ao Rio de Janeiro, ou, no máximo, até S. Paulo, acaba por desconhecer parte do que de melhor o Brasil tem para oferecer.
O sul consegue, ainda que não totalmente, fugir à miséria que mina e atenua a imensa beleza natural do país. Lá encontra-se uma classe média relativamente sustentada e estabilizada na sociedade, com óbvios benefícios para a segurança nas cidades e para a nomalização do quotidiano, que foge às tradicionais notícias de incêndios nos ônibus, arrastões e revoltas nos presídios.
Pese embora algum (nada estranho para um português) desarranjo urbanístico, existe ali real convivência entre o homem e a natureza. A juntar a isto, mantém-se a espantosa generosidade com que o Brasil foi presenteado, desde a costa até ao interior.
Na ilha de Florianópolis, as praias são irresístiveis, muitas de areia fina e branca e água quente, na maior parte das vezes abrigadas por morros cobertos de densa e exuberante vegetação. A praia Mole, a praia da Joaquina (com dunas ideais para a prática do sandboard), a praia Brava e a praia de Jurerê Internacional são destinos obrigatórios, mas muitas outras ficaram por conhecer. No interior da ilha e por detrás das praias, surge a bela lagoa da Conceição, que confere ao local uma geografia e uma paisagem verdadeiramente única.
As pessoas são muito simpáticas e de uma beleza igualmente exótica, fruto da mistura dos ares tropicais com as raízes portuguesas, alemãs e italianas, características do estado de Santa Catarina.
Florianópolis é um destino a voltar, numa parte do Brasil que necessita de ser redescoberta pelos portugueses.

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