31.7.07

Até Setembro


Como já é tradição, a minha contribuição durante o mês de Agosto no Linha do Horizonte ficará em suspenso.
Umas boas férias e, aos que por cá ficarem, bom trabalho (a imagem é para vos dar maior motivação)!

30.7.07

As aventuras de Marques Mendes na Ilha da Madeira

No Público de hoje:

«"Onde está esse sacana?" "É tão pequenino que ninguém o vê." "Vem ali atrás...", respondem a Jardim, com Mendes perdido entre militantes.»

«"Uma falha no meu currículo político, na minha vida, uma festa extraordinária", como reconheceu Marques Mendes.

"Isto é mesmo fantástico. É muito melhor do que imaginava", comentava Mendes para os seus colaboradores a quem passava os copos, sem ingerir qualquer bebida.»

Helena Lopes da Costa

Comecei a ouvir falar desta senhora por associação a Pedro Santana Lopes, penso que foi sua vereadora na Figueira da Foz. Acabou convidada pela SIC-N para debates semanais onde fazia par com Vicente Jorge Silva. Dela retive a vacuidade do pensamento, a ignorância confrangedora e sempre me questionei como tal personagem foi lá parar (à SIC-N é claro)!

Justiça célere

Foi hoje marcada a data de um julgamento que aguardava agendamento há cerca de 10 anos...

28.7.07

Jornais de fim-de-semana

"Não aparecem candidaturas vindas "de cima" porque não se prevê uma chegada do PSD ao poder a curto prazo." José Pacheco Pereira no Público.

"Uma carreira partidária é hoje uma pura carreira profissional, em que a ideologia e as convicções não contam ou quase nada contam. O objectivo de tomar (eleitoralmente) o estado, de o ocupar e do conservar não permite um debate substantivo ou qualquer ameaça, mesmo ténue, de uma divisão pública."
Vasco Pulido Valente no Público.

"Vital [Moreira] elogia hoje toda e qualquer pequena ou grande medida deste governo, qual burocrata propagandista sempre atento e venerador (...) qual controleiro teórico da ortodoxia governativa."
José António Lima no Sol.

27.7.07

Seinfeld


Só para lembrar que esta é mesmo a melhor série de sempre.

Outros horizontes II

"Diário da crise no PSD escrito em rongorongo (21)" por José Pacheco Pereira no Abrupto, comentando o artigo no Público do contorcionista José Miguel Júdice.

Copinhos de leite

O politicamente correcto e a formatação da sociedade pelos seus cânones continuam em progressão avançada. Só descansarão quando a sociedade for anódina, amorfa, totalmente previsível, indiferente e irremediavelmente enfadonha, como as suas vidas.
Pelos vistos, a campanha que fala dos benefícios do leite contém a frase que o leite até "tem força que chegue para o grandalhão do 6º B". Como seria de prever, saíram logo a terreiro vozes discordantes, acusando a iniciativa de promover a violência.
Penso que não há nenhum imaginário infantil que não seja povoado pela habitual história inspirada em David e Golias, onde o fraco e oprimido um dia ganha coragem e vence aqueles que o aterrorizavam e maltratavam. Quando era miúdo, li, vi e delirei com incontáveis histórias em que um dia toda a escola se revoltava e decidia dar uma lição ao delinquente que ocupava todo o seu tempo a molestar aqueles que lhe pareciam mais frágeis e inofensivos.
Apesar disso, não me transformei num maníaco sanguinário, psicopata, que resolve todos os problemas à pancada...

Outros horizontes

A espuma dos processos judiciais, em "Justiça, apesar de tudo", por Francisco José Viegas, n´A Origem das Espécies.

26.7.07

Jornalismo

Ler no Correio da Manhã, um excerto das escutas telefónicas entre António Tavares Teles e Pinto da Costa, a combinar uma notícia falsa.

Ler "Um furo jornalístico" por Pedro Marques Lopes, no 31 da Armada. Uma reportagem surreal da revista Sábado sobre a filha mais velha do Presidente de Angola.

25.7.07

Outros horizontes

A telegráfica e acutilante análise de Eduardo Pitta ao artigo de Manuel Alegre publicado no Público de hoje, em "Close Reading", no Da Literatura.

Desculpe!?!....

A directora da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), Margarida Moreira, considerou hoje que a decisão da ministra da tutela de arquivar o processo disciplinar instaurado pela sua direcção ao professor Fernando Charrua "foi bem tomada".

Pelos vistos, o processo disciplinar nasceu sozinho...

24.7.07

Arquivado

A ministra da Educação determinou o arquivamento do processo disciplinar ao professor Fernando Charrua, fundamentando:

(...) "a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável numa sociedade democrática, uma vez que as declarações de Charrua não visavam um superior hierárquico directo" mas sim o primeiro-ministro, José Sócrates." (...)

Apenas pergunto e interpretando a contrario:

O que irá fazer José Sócrates com a sua Directora da Regional da Educação do Norte que limita o direito de opinião e de crítica política, de forma naturalmente inaceitável numa sociedade democrática?

P.S. - Obviamente, já nem sequer questiono qual a atitude mais digna que Margarida Moreira poderia tomar.

Sobre este assunto ler as dúvidas de Francisco Joé Viegas, n´A Origem das Espécies.

Simplex vs. Notários

Não me parece que se possa exigir ao Estado que providencie emprego para uma determinada classe de profissionais. As profissões devem afirmar a sua utilidade por si, caso contrário deixam de existir. O seu aparecimento deveu-se a necessidades sociais, pelo que, quando estas cessam, nada mais natural que a profissão também desapareça.
Quer isto dizer que me causa sempre grande espanto quando uma certa classe profissional vem protestar, reclamando que o Estado através de uma qualquer medida legislativa lhes está retirar trabalho, mesmo que isso se traduza num benefício para o resto dos cidadãos.
No entanto o que está acontecer com os notários é imoral. Primeiramente, avançou-se com a sua privatização, incitando os notários a investir nos seus próprios cartórios e a contratar o seu próprio pessoal, muitas vezes aliviando os próprios quadros da função pública. Posto isto, começa-se a afastar os notários de quase todos os procedimentos e processos que lhes traziam os potenciais rendimentos que justificaram os seus investimentos. Se houvesse um medidor de boa-fé...
Para piorar a situação, tenho dúvidas que muitas das medidas do Simplex tragam as vantagens e a eficiência que se apregoa. As empresas na hora facilitam a burla e a fraude, desprotegendo os credores e os trabalhadores das empresas. A casa pronta volta a aliviar o controlo sobre a construção civil, uma das actividades que mais foge ao fisco em Portugal, e a adensa ainda mais as nuvens sobre a actividade de mediação imobiliária.

Outros horizontes

"O PSD enquanto sala de espera", por Francisco José Viegas, no Jornal de Notícias.

As superiores orientações da ASAE e o totalitarismo do séc. XXI, em "Bolas de Berlim com creme", por Helena Matos, no Blasfémias (artigo de opinião do Público de ontem).

23.7.07

Dias de sol

Quem estava habituado a consultar as previsões da meteorologia através de sítios da internet, há alguns anos que deparava com a informação acerca dos raios ultra-violeta e sobre a sua intensidade. Diga-se que os valores de então eram exactamente os mesmos que se verificam agora. No entanto essa informação nunca era veiculada pela comunicação social que, mesmo nas vagas de calor, se limitava quase sempre a prever a nebulosidade, o vento e a temperatura.
Acontece que este ano o Verão tem sido bem menos quente e bem mais húmido que o habitual, com evidentes consequências nas idas à praia e, certamente, na compra de protectores solares. Coincidência ou não, não há dia em que o sol espreite que as televisões, as rádios e os jornais não nos atirem em pânico e até à exaustão o índice previsto de raios UV e a necessidade de se cobrir de creme protector.
Não quero com isto passar a ideia que os protectores são desnecessários. Bem pelo contrário. No meu caso são condição sine qua non para poder por o pé na areia. Mas a verdade é que este tipo de publicidade, mais ainda com o contributo desinteressado de especialistas, vale mais do que muitos minutos no intervalo da Floribela e muito mais do que meses e meses de seca. Daí a importância e o poder de quem domina a hierarquia informativa e a vontade de muita gente em criar agências de comunicação...

22.7.07

Desenvolvimento?

A questão da baixa natalidade é apenas um dos sintomas de um fenómeno muito preocupante que se instalou nas Sociedades ocidentais. A par da baixa natalidade temos também, e em associação, o problema da população idosa. Na minha experiência profissional um número muito significativo de pessoas idosas que observo, encaminhadas para consultas de Psiquiatria, sofrem de uma doença chamada "solidão". O estilo de vida actual é incompatível com o acompanhamento e o apoio aos idosos por parte da família. Ainda que zelosos e interessados, os filhos pouco podem fazer quando as suas obrigações profissionais os obrigam a sair de casa bem cedo e a regressar à noite. Sobre eles recai ainda o peso de educar e prestar assistência às crianças. Não admira, pois, que os idosos fiquem entregues a si próprios, passando dia após dia sozinhos. A resposta que a sociedade actual tem dado a este problema é simplesmente medicalizar a solidão: considerar que a tristeza e a perda de interesse pela vida são "depressão" e portanto, pertencem ao domínio da Medicina, devendo ser tratados como uma doença. Por outro lado, medidas como a institucionalização dos idosos em lares ou o recurso a profissionais que prestam apoio domiciliário, se podem ser, sem dúvida, uma grande mais valia em caso de idosos com significativa incapacidade funcional, parecem estar a ser usadas como mais uma resposta que a Sociedade oferece às famílias para conciliar o estilo de vida actual com a necessidade de prestar assistência aos idosos. Só que esta falsa solução não só adia como também agrava o problema. É que, para atender ao problema dos idosos solitários é necessário recrutar e organizar um sem número de serviços altamente dispendiosos, com o recurso a diversos profissionais que, por sua vez, ficam cada vez menos disponíveis para prestar assistência aos seus próprios familiares. Quer dizer, os idosos estão a ser transferidos do seu ambiente natural, da sua família e do contacto com as pessoas que lhes são afectivamente significativas para serem colocados sob uma assistência "profissional", medicalizada para permitir às suas famílias a continuação de um estilo de vida focalizado na carreira profissional e nos rendimentos económicos. Estará a sociedade actual condenada a um cenário em que as classes etárias economicamente activas, para criar riqueza, têm que abdicar do futuro?

21.7.07

Natalidade

Ontem José Sócrates anunciou algumas medidas de apoio à natalidade, em queda evidente no nosso país. Pelo que li, essas passam por um reforço do abono, principalmente às famílias mais carenciadas.
O que afirmo é de observação empírica, não tenho dados concretos, mas desta vez o alvo não parece o mais correcto. No hospital onde trabalho ocorrem cerca de 3000 partos anuais, uma amostra razoável e também já estive dois anos numa consulta de planeamento familiar. O que tenho observado, é que esta quebra na natalidade, este desejo de não ter filhos, parecem-me muito mais evidentes nas classes sociais favorecidas, como também o desejo em engravidar muito mais tardiamente. Não penso que estas medidas sejam capazes de alterar esta tendência...

20.7.07

A Némesis

Despertares

Hoje de manhã, a TSF relatava histericamente esta notícia, acompanhada da reacção sempre inflamada de uma sindicalista.
Dada a gravidade do assunto, pensei que seria destaque em todos os órgãos de informação. Mas enganei-me. Até agora, nenhum fez referência a tal facto, nem encontro o comunicado da revolta em sítio algum.
Tendo em conta o que a casa gasta, aposto que a história está mal contada...

Adenda - As confederações patronais já responderam à notícia.

19.7.07

Parece que ainda não é desta!

N'A Bola: "O interesse do Levante na contratação de Hélder Postiga esbarra nos valores pretendidos pelo FC Porto. O director-desportivo do clube espanhol diz mesmo que por quatro milhões o jogador é completamente inacessível."

18.7.07

Treinos gloriosos


É bom saber que a tradição se mantém.
Não há treinos como os do Benfica.

Ibéria

José Saramago, com a habitual consistência de pensamento político, defendeu que Portugal se tornasse numa província espanhola, integrando um novo país, a Ibéria. E a verdade é que houve quem o levasse a sério e pegasse na ideia, recordando que sondagens anteriores demonstraram que uma maioria de portugueses até concordaria com o plano.
Desenganem-se os que vêem a nossa integração em Espanha como a panaceia para os nossos males, atrasos e medos. A medida pouco mais serviria do que para aumentar a auto-estima das províncias da Galiza, Andaluzia e da Extremadura. É que não era por mudarmos o nome que deste lado deixaria de haver portugueses...

17.7.07

Visões

Vital Moreira está para Sócrates como Luís Delgado para Santana Lopes.

O dever de reserva

De acordo com o Público on-line, o Conselho Superior da Magistratura decidiu instaurar um processo de averiguações a um juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, por alegada violação do dever de reserva ao comentar um acórdão sobre o abuso sexual de menores.
A mesma notícia refere que esse dever de reserva irá igualmente ser alvo de discussão nos tempos mais próximos no interior do C.S.M.

Continuo a afirmar o que disse anteriormente. O poder judicial apenas pode ter uma voz e esta tem de ser aquela que resultar da sentença ou do acórdão, caso contrário, apenas se acentuará o circo e o ruído que rodeia muitos casos e que em nada ajudam à sua resolução. O dever de reserva dos juízes é crucial para o bom funcionamento dos tribunais e para a paz social. O juiz é sempre visto como alguém de dentro e a sua voz, mesmo que fora do processo, tem um efeito amplificado para o comum dos cidadãos.
Os que criticam aquele dever pretendem transformar os tribunais em palcos mediáticos, alcançando o protagonismo fácil, para satisfazer vaidades próprias e seduzir atenções alheias.

Outros horizontes

Mais um testemunho da memória selectiva de Vital Moreira, em:

"Mudam-se os tempos", por Adolfo Mesquita Nunes, n´A Arte da Fuga.
"Uma questão de Matemática", por Pedro Morgado, n´Avenida Central.

16.7.07

Lisboa

Admito que estas eleições em Lisboa me passaram praticamente ao lado. A atenção da comunicação social é de tal forma exagerada, por oposição ao esquecimento a que se vota o resto do país, que o possível interesse deu lugar a uma incontrolável náusea.
Apesar disso, gostava de deixar uma nota.
Se não há dúvidas que o PSD e o PP são os grandes derrotados, depois de terem sido praticamente varridos do mapa (cada um à sua escala), não me parece certo que Carmona Rodrigues possa ser apresentado como um vencedor. O seu resultado é penalizante para o PSD e, principalmente, para Marques Mendes. No entanto, só isso não chega para fazer de Carmona um ganhador.
Carmona Rodrigues era o presidente da câmara em exercício e, em última análise, era a sua política e a sua obra que estava a ser julgada. Ora, os lisboetas foram bem esclarecedores ao recusá-lo e ao chumbar o seu mandato. Obteve quase metade dos votos do candidato vencedor, conseguindo pouco mais de 30 mil eleitores. Uma hecatombe se compararmos com a eleição anterior.

15.7.07

Primeiras impressões (ainda sem resultados definitivos)

António Costa teve o resultado esperado, não sei se chegou a constituir uma mais valia. Tem óptima imprensa, não sei se correspondente ao eleitorado.

Carmona lá conseguiu remeter para 3º lugar Fernando Negrão, os portugueses têm sempre simpatia pelos autarcas que estão no poder, nem que seja o maior inepto.

Péssimo resultado de Negrão e obviamente de Marques Mendes que é o grande derrotado da noite

Helena Roseta obtém um bom resultado, os portugueses gostam destas pseudo-vítimas dos partidos.

Resultados dentro do esperado para Ruben de Carvalho e José Sá Fernandes.

O que não estaria agora o grupo de Portas a dizer se tivesse sido Ribeiro e Castro a obter esta derrota? Avizinham-se tempos difíceis para Paulo Portas e para o seu séquito.

14.7.07

Outros horizontes

"A selectividade" por josé, na Grande Loja do Queijo Limiano.

13.7.07

Sociedade bracarense

Quando se fala e discute Braga, critica-se a qualidade dos seus empresários.
Com essa crítica, surge sempre o retrato tipo do empresário de sucesso bracarense. Inevitavelmente ligado à construção civil, tem pouca ou nenhuma instrução, demonstra enorme dificuldade em articular um discurso, maneja sem hábito os talheres, não gosta de apertar os botões da camisa, reluz tanto como a mulher que o acompanha e faz questão que todos vejam o que come. A isto junte-se um Mercedes e as inevitáveis férias no Nordeste brasileiro e está suficientemente caracterizado o ódio que desperta a personagem.
No entanto, tal ódio é tão somente fruto da habitual inveja e maledicência lusitana que nunca lidou bem com a ascensão e mobilidade sociais, por oposição à acomodação natural dos que nasciam destinados ao luxo, ao respeito e ao prestígio, que tanto agrada a quem já lá está como desculpa quem nunca conseguiu melhor.
Conheço pessoas de enorme valor que se fizeram sozinhos, sem oportunidade de aprender nem tempo para apreciar os hábitos mais mundanos que a vida lhes tem para oferecer. Comem como falam, mas tratam os empregados como gostariam que os tivessem tratado, gostam de exibir o que têm, mas a riqueza foi conseguida por eles, sem favores nem atropelos a ninguém.
E é isto que importa criticar e discutir na nossa sociedade. Não interessa como gastam e exibem o que ganham. Isso é uma questão de formação que demorará gerações a corrigir. Deve-se é perguntar como ganharam, quem favoreceram e quem prejudicaram. Como chegaram ali, como se mantêm, quem chegou com eles e quem ajudam a chegar.

Sublime

12.7.07

Uma questão de coerência...

Palavras de Jorge Coelho, sempre tão crítico de tudo o que não seja rosa, ainda que desbotado, ontem, na Quadratura de Círculo, sobre o lamentável mail que Marques Mendes enviou ao presidente da PT, defendendo os interesses de uma empresa de que é Presidente da Assembleia Geral (cito de cor):

"Ninguém me ouvirá dizer uma palavra sobre esse caso ou sobre esse comportamento. Não é meu timbre criticar esse tipo de atitudes da vida pessoal."

11.7.07

Anda tudo a dormir

Estranho país este, onde os melhores vêm cá buscar desconhecidos como Ricardo Carvalho, Deco, Anderson e Pepe, quando durante todo o ano só se ouve falar de Simão, Nuno Gomes ou Luisão...

Duelo na relva

Ontem pude, finalmente, assistir à final de Wimbledon, entre Roger Federer e Rafel Nadal.
É verdade que o suiço estava duplamente sobre pressão. Além de poder igualar o recorde de Bjorn Borg e conseguir 5 títulos consecutivos, ainda tinha que lutar contra as recentes memórias da final de Roland Garros, onde o espanhol continua a fazer os seus castelos de terra batida.
No entanto, apesar de continuar a concordar que os próximos cinco anos deverão ter os mesmos protagonistas, penso que os desfechos podem começar a ser diferentes.
Não fosse Federer ter melhorado de forma inacreditável o seu serviço (os seus jogos chegaram a demorar pouco mais de um minuto) e a esta hora havia festa em Espanha. Além disso, aquela ligadura à volta do joelho de Nadal deixou um sabor incómodo no final...

10.7.07

Return to Cookie Mountain, TV on the Radio


Apesar de já não ser uma novidade...

Ainda o estádio do Braga

Escreve Pedro Morgado n'Avenida Central: "Que fique bem claro que a Câmara de Braga não faz nenhum favor ao Sporting de Braga quando lhe cede a utilização do Estádio." Não posso discordar mais de tal afirmação. A câmara resolveu a expensas próprias (entenda-se impostos de todos os portugueses) construir um estádio com o objectivo único de cedê-lo ao clube local, endividando-se brutalmente. Gostaria de saber, em que país civilizado, faz parte da política autárquica construir estádios de orçamentos faraónicos para utilização dos clubes da terra? Panis et circenses.

Outros horizontes

As escadas do poder, em "Política do Upstairs/Downstairs", por Pacheco Pereira, no Abrupto.

O enorme umbigo de Lisboa, em "Momento de antologia do disparate audiovisual", por Nuno Mota Pinto, no Mar Salgado. (nota: escrito por um lisboeta)

Direito ao nome


Não sei os contornos do negócio nem os pormenores do contrato que envolveu a Axa, o SC Braga e a Câmara Municipal de Braga.
Mas a verdade é que, em última instância, o SC Braga irá receber dinheiro por autorizar a cedência do nome de um espaço que não lhe pertence.
É mais uma das habituais originalidades bracarenses, à imagem da utilização do estádio pelo clube, que apenas envolve verbas simbólicas, pese embora os enormes custos que a obra teve e continuará a ter durante os próximos anos. Tudo isto graças às relações incestuosas que envolvem a câmara e o principal clube da cidade, sendo quase impossível distinguir onde começa uma entidade e acaba a outra.
Não pretendo com isto fazer um manifesto anti-SC Braga, até porque simpatizo com o clube, nem censuro o contentamento dos seus adeptos, mas isso não pode servir para, pura e simplesmente, passar uma esponja sobre o negócio.

(Imagem d´Avenida Central)

9.7.07

Mulher fatal

É certo que os piropos (para não dizer outra coisa) com que os trabalhadores da construção civil brindam as meninas que passam estão longe de ser agradáveis, mas este desfecho é, no mínimo, desconcertante:

"Onze anos de prisão para jovem que matou trolha que atirou piropo à namorada"

Outros horizontes

Infelizmente não vi a final de Wimbledon, mas acredito que tenha sido como a descreveu "Rogério Casanova", em "Wimbledon", no Pastoral Portuguesa.

Estátua à liberdade


A eleição das 7 maravilhas do mundo foi um mero espectáculo de folclore, com pouco significado (como todas as eleições através da internet) e do qual poucos se lembrarão daqui a alguns anos.
Não assisti à "consagração", mas, através da leitura dos blogues, descobri que a estátua da Liberdade foi vaiada pelo público quando a sua imagem apareceu no ecrã do estádio.
Não sei as razões da vaia, mas talvez tenha sido pelo facto de ser um dos poucos monumentos presentes que não necessitou de mão escrava ou explorada para ser construído...

8.7.07

Outros horizontes

"Capucho vinga Judas" por Eduardo Pitta, no Da Literatura.

Manhas desportivas

Sobre João Querido Manha, ex-jornalista do Record e actual comentador da TVI, escreve António Tavares Teles n'O Jogo:

"Existe uma factura (2.1. 54219) da Agência Abreu endereçada ao Sport Lisboa e Benfica (serviço 228037, conta 1.010994) do dia 18 de Março de 1988, referente a “8 viagens a Luxemburgo e Bruxelas, c/estadia de 11 a 17/3/88 – 87.300 escudos x 8, de 698.400 escudos”, para alguns jornalistas, entre eles João Manha. Factura essa de que O PATO tem cópia, é claro."

6.7.07

Newcastle

Cheguei a Newcastle há uma semana e vou aqui ficar até finais de Dezembro, a efectuar um estágio na área da Gerontopsiquiatria. As minhas primeiras impressões são bastante positivas. As pessoas em geral são simpáticas e cordiais, embora os últimos incidentes com médicos estrangeiros tenham desencadeado alguma natural desconfiança nos ingleses. A cidade é tipicamente inglesa, tendo zonas habitacionais com casas de tijolo muito semelhantes, e zonas comerciais concentradas no centro histórico junto ao rio Tyne. Não existem praticamente construções em altura, exceptuando alguns edifícios comerciais e de serviços. Existem também alguns parques no meio da cidade. Quanto ao tempo, tem chovido diariamente com curtos períodos de sol. Penso que é por isso que aqui as pessoas não têm o hábito de sair muito de casa, não existindo espaços de convívio como os nossos cafés (existem apenas bares e pubs). Já aprendi uma das regras básicas de sobrevivência no Hospital: é obrigatório usar camisa, casaco e gravata e as calças não podem ser de ganga...

Dupla tributação

Art. 16º do C.I.V.A.:

(...)
5 - O valor tributável das transmissões de bens e das prestações de serviços sujeitas a imposto incluirá:
a) Os impostos, direitos, taxas e outras imposições, com excepção do próprio imposto sobre o valor acrescentado;
(...)

Pelo que vi na SIC, o ministro das Finanças refugia-se neste artigo para defender que não há dupla tributação na incidência do I.V.A. sobre o Imposto Automóvel.
Parece-me que está longe de perceber o problema. Não é por uma lei prever que um imposto poderá incidir sobre outro que deixa de haver dupla tributação. Aliás, o problema reside aí mesmo. Apenas existe dupla tributação quando existem duas leis que determinam a incidência de impostos diferentes sobre a mesma realidade.
Entretanto, é melhor os portugueses prepararem-se para o aumento do Imposto Automóvel...

Outros horizontes

A defesa dos superiores interesses Estado, em "O Estado e os Cidadãos. Coisas básicas.", por Francisco José Viegas, n´A Origem das Espécies.

5.7.07

Juntas médicas

Admito a minha ignorância. Não sabia que era possível constituir-se uma junta médica, para avaliar a situação clínica de uma pessoa, sem que todos os membros da referida junta sejam médicos.
Apenas pergunto: por que razão lhe chamam junta médica?
Chamem-lhe comissão de sábios, junta de iluminados ou, o tão português, júri de doutores...

4.7.07

Hora H - Manual de Instruções

Outros horizontes

"Distracções" por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.

Centros de Saúde para amigos


Não conheço o valor dos orçamentos dos centros de saúde, que devem obviamente variar bastante. Mas o que não varia certamente é o critério para a obtenção do cargo, que nos foi bem explicado pelos casos recentes. São parte da pilhagem da administração pública que os partidos fazem após a vitória das eleições. Tendo em conta que a competência não parece ter grande importância para o cargo, lá são mais uns milhões de euros geridos por meras fidelidades partidárias.

Deputados

Ao ouvir o tom boçal com que o deputado do PS, Ricardo Gonçalves, justificava as nomeações do seu partido para a sub-região de saúde de Braga, constata-se o nível cada vez mais miserável dos nossos parlamentares...

Voos angolanos

A decisão da Comissão Europeia de avançar com a proibição da TAAG de efectuar voos para o espaço da União é importante. Mais ainda após a ameaça das autoridades angolanas de retaliar com idêntica medida em relação às companhias aéreas europeias.

É bom que os governantes angolanos tenham consciência de que nem tudo se compra, nem se consegue com base na chantagem.

O porta-voz do comissário europeu dos Transportes, Jacques Barrot, disse hoje que a decisão do executivo comunitário foi tomada exclusivamente com base em razões de segurança e afirmou que "a retaliação neste caso não ajudará a resolver problemas de segurança e não terá qualquer efeito".

"O que poderá efectivamente ajudar a remover a TAAG da lista negra é única e exclusivamente a promoção de melhorias na segurança" da frota da companhia aérea, afirmou Michele Cercone.

3.7.07

Braga segundo a Grande Loja

Alguns excertos do post "O desagravo" por José, da Grande Loja do Queijo Limiano:

"Braga, cidade milenar, cidade de arcebispos, de Igreja e de Sé, de cónegos, monsenhores e cursos de cristandade, organizou o seu poder autárquico, desde há décadas, à volta de uma pessoa, seus acólitos, mesmo religiosos e de um partido.

O que as instituições da região permitem, no entanto, há décadas, é a consagração de um sistema local, feito de pequenas e grandes influências, de medos e cumplicidades variadas, num esquema organizativo notável.

Vá lá! Os sociólogos de Portugal deveriam congressar em Braga e fazer um livro branco sobre o fenómeno da anomia, da indiferença."

Eleições 2001

Foi apresentado ontem um livro, Eleições Viciadas? por João Ramos Almeida, sobre eventuais irregularidades nas autárquicas de 2001 em Lisboa. Tendo em conta a gravidade de tais factos (ler "Eleições autárquicas 2001. Viciadas?" por Franscisco José Viegas, n'A Origem das Espécies) como é que isto pode passar ao lado de uma discussão séria. Eu sei que estamos em Julho, e há jogadores de futebol a chegar em catadupa aos aeroportos...

Ler também "As autárquicas 2001 em Lisboa" por Pedro Magalhães, no Margens de Erro.

FC Porto 2007/08

O valor Porto 2007/08 dependerá da qualidade das contratações, mesmo tendo em conta que com a excepção de Anderson, manteve os principais jogadores (veremos o que acontecerá a Quaresma e Pepe). Este ano, optou por ilustres desconhecidos. Alguns já teceram loas a esta nova política de aquisições, esquecendo-se, que nos últimos anos nenhum jogador de qualidade chegou ao Porto com o rótulo de "pechincha". Anderson, Lucho, Lisandro, Pepe não foram baratos. Em oposição, Mareque, Rentería, Cech, Tarik, etc. só vieram fazer número. Aguardemos, mas sem grandes expectativas, pois o bom e barato rareia no futebol actual.

Outros horizontes

"Há festa em Braga" por Daniel Oliveira, no Arrastão.

Aquecimento global...

... é estar no dia 3 de Julho a chover, depois de um fim-de-semana que mais parecia anunciar o início do Outono?

2.7.07

Simplex II


O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga encontra-se, mais uma vez, neste estado (clique na imagem para aumentar).

A peça que faltava

Finalmente fez-se luz!
O FC Porto conquistou todos os títulos dos últimos anos graças à inestimável ajuda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que autorizava tudo o que era indigente, marginal e vagabundo a entrar e a permanecer em Portugal, para jogar de azul e branco. A sul, apenas estão autorizados a entrar espécimes destes se forem directamente para a Damaia, Pedreira dos Húngaros ou Azinhaga dos Besouros.
O que mais estranho é que num mundo impoluto e casto como o do futebol português, nunca ninguém tenha dado por estas práticas tão singulares e originais.

1.7.07

Nomes

Este artigo, no The Observer (via Abrupto), vem, afinal, contrariar a teoria estatística de Steven Levitt, no seu livro Freakonomics. O nome é importante no desempenho escolar e na vida social das crianças.
Por exemplo, no sexo feminino, o nome poderá ter alguma influência no futuro profissional. A julgar pelo que se lê no jornal inglês, as raparigas com nomes mais femininos estarão menos predispostas a estudar matérias como Matemática e Física.
A verdade é que não me consigo recordar de nenhuma professora de Matemática ou de Física com o nome de Maria José ou Maria Manuel. Apenas me lembro de uma Luísa, muito boa professora, por sinal.