26.6.05

Finalmente!

Finalmente vou deixar um post neste blog que visito regularmente e onde tenho a oportunidade de lêr opiniões bastante válidas e certeiras.
Tenho a ligeira sensação de que os textos são, na sua maioria, bastante politizados, pelo que, não pondo de lado abordar também esse género em futuras 'contribuições' (que espero serem sucessivas) irei tentar variar os temas discutidos.
Independentemente desta intenção, não poderia nunca deixar de escrever neste post inaugural sobre a coisa mais importante do mundo: o Zé Pedro - o meu filho.
Impressionante é como tudo passa a ser tão banal ao lado do sorriso de um filho. Não se consegue descrever o turbilhão de sensações que nos devasta nesses momentos. Não sei se é comum em todos os pais mas, infelizmente também, nada se compara à alegria esfusiante que nos varre ao ver dois dentes a quererem sair por detrás dos pequenos lábios mais frágeis do mundo... Como seria se a todo o momento tudo nos causasse tamanho extâse!
Triste é que tudo passa tão rápido e as diferentes fases por que ele atravessa não voltam mais.
Inquietante é que nunca saberemos que influência na sua formação poderá ter amanhã, um gesto feito hoje.
Frustante é a nossa incapacidade de lhe dar sempre tudo aquilo que ele tenta exigir de nós - e não é pouco...
Desconcertante é a maneira como ele se apodera totalmente dos nossos destinos e decisões.
Díficil, muito díficil, vai ser conseguir contrariá-lo quando necessário, sob pena de não lhe ser dada a educação adequada e criadas regras e hábitos que deverão ser fundamentais na sua formação - aí é sempre melhor ser tio do que pai!
De facto eu já tinha a experiência de ter sido um tio muito próximo de um rapaz entusiasmante e adorável, mas é diferente. A responsabilidade, a autoridade e também a autoria (até prova em contrário...) mudam tudo.
Já agora deixo aqui um tema politizado: este filho, apesar de não ter sido planeado, e de ter, necessariamente, alterado todos os possíveis projectos que pudesse ter delineado para o meu futuro a breve prazo, nunca poderia de qualquer outra forma ser mais amado e desejado do que de facto é! E no entanto, muitos abortos se devem já ter feito em circunstâncias semelhantes, apenas por egoísmo dos pais (não quero, como é óbvio restringir todas os motivos que levam as pessoas a abortar a apenas este, nem de qualquer outra maneira ignorar todas as circunstâncias que muitas vezes os envolvem). Eu temo é a possibilidade de se banalizar este procedimento com a despenalização do mesmo. E depois muitos pares de dentes se deixarão de ver cá fora! E como já vos disse, não há nada que possa substituir isso!

2 comentários:

Pedro C. Azevedo disse...

Muito bem vindo, João!

Tenho a certeza que não farás como outros, que me deixaram o filho deles nas minhas mãos!

Pedro C. Azevedo disse...

Para evitar mal-entendidos, devo dizer que o meu primeiro comentário era dirigido ao Horácio e ao Joaquim!