31.5.06

A caminho da imortalidade

Hoje, num bloco de notícias da Rádio Renascença:

“Metade dos fumadores morre ou tem doenças graves.”

Muito pior estamos nós, não fumadores, que morremos com toda a certeza…

30.5.06

Educação e avaliação de professores

A recente polémica da avaliação dos professores pelos pais dos alunos suscita-me várias reflexões. Em primeiro lugar, ideia de que os professores receiam as "avaliações" é, quanto a mim, falsa. De facto, a formação contínua e a avaliação de desempenho é não só desejada como até exigida pela maioria dos professores competentes, que não vêem traduzido o seu empenho na progressão da carreira ou no salário mensal, relativamente a colegas desinteressados. A imagem vulgarmente transmitida de que os funcionários públicos são ociosos e resistentes à mudança em nada corresponde à revolta e ao inconformismo de muitos profissionais que, desejando produzir mais, se vêem constrangidos pelas resistências da organização do Estado. A Função Pública caracteriza-se, isso sim, pela elevada resistência à iniciativa individual e pelo nivelamento mínimo, onde os que querem fazer mais são olhados com desconfiança. Neste contexto, qualquer avaliação a nível individual fica altamente distorcida, uma vez que raramente um só profissional pode ser responsabilizado pelas incapacidades do sistema. Acresce que, num sistema tão complexo como é uma Escola, a avaliação individual de cada professor é ainda mais difícil. De facto, os resultados do trabalho do professor não se traduzem por dados objectivos e imediatos, proporcionais ao seu empenho e competência. O desempenho escolar de um aluno é influenciado por inúmeros factores, desde logo, as suas capacidades cognitivas, o ambiente socio-económico e o contexto familiar. Assim, nunca será possível avaliar com critérios semelhantes professores colocados em escolas diferentes e, mesmo na mesma escola, a realidade de cada turma é única. Por outro lado, a análise de fenómenos como o insucesso e o abandono escolar tem sido demasiado focada na relação professor-aluno. Ora, apesar de ser o professor que está em contacto mais próximo com os alunos, não é este profissional que está em condições de intervir nas causas primárias destes problemas. Assim, ao detectar um aluno com dificuldades educativas, um professor deveria ter a possibilidade de, imediatamente, iniciar uma avaliação socio-familiar e psicológica com profissionais especializados. O trabalho e o resultado de um professor não depende essencialmente dele, mas sim das estruturas de apoio que tem à disposição. Querer responsabilizar a escola, isto é, os professores, das elevadas taxas de insucesso escolar é uma forma fácil de fugir à realidade.

Mostrem-nos futebol

A propósito do Mundial de futebol, tem-se discutido nalguns meios de comunicação social a importância do fenómeno e a exacerbada atenção que muitos lhe dispensam. De um lado estão aqueles que gostam ou vivem do futebol e do outro os seus detractores, para quem a realização do evento é um autêntico tormento que lhes entra pela casa, a toda a hora e por todos os meios.
Em primeiro lugar, devo dizer que adoro futebol. Acho que é um espectáculo de verdadeira beleza e complexidade que merece toda a atenção e respeito, pese embora ser praticado e desempenhado maioritariamente com os pés.
Não concordo, por isso, com aqueles que tudo fazem para o diminuir e que consideram, por regra, os seus praticantes e aficionados como seres intelectualmente menores, a quem nada mais foi concedido que não a capacidade de gostar e compreender o futebol. A satírica visão de que são 22 homens atrás de uma bola é tão redutora e bacoca como aquela que apenas apreende um monte de pedras ou uma mistura de tintas numa escultura ou pintura abstracta.
No entanto, aquilo que sinto pelo futebol começa e acaba no relvado. A admiração por Ronaldinho, Mourinho, Shevchenko, C. Ronaldo, Deco, Henry, Capello, Quaresma, R. Carvalho, Zidane e companhia, apenas dura os 90 (ou 120) minutos em que pisam primorosamente e como ninguém os relvados. De resto, não me interessa minimamente saber o que sentem quando são recebidos por todos os políticos desde o presidente da Junta ao Presidente da República, ou vêem uma multidão aos saltos, clamando pelo nome deles. Na maior parte das vezes apenas soltam lugares-comuns mal articulados e vazios de qualquer conteúdo, próprios da sua falta de formação, pessoas a quem a vida sorriu, enchendo-lhes os bolsos de dinheiro e o ego de notoriedade social.
Enquanto correm, fintam, inventam tácticas, cortam, pressionam, passam, defendem, atacam, se desmarcam, têm todo o meu respeito e veneração. Mas não quero saber o que jantam, como se penteiam, o que bebem, como se divertem, a que horas acordam, que livros (não) lêem e que filmes vêem.
Não me incomoda que sejam bem pagos, apenas os posso invejar. É a velha máxima da oferta e da procura. Se lhes dão aquele dinheiro é porque há quem o pague para os ver (como eu, por exemplo). Mas não me obriguem a saber onde e com quem o gastam.
Quer isto dizer que, até eu, me sinto enjoado com os telejornais dos últimos dias e as infindáveis reportagens, conferências de imprensa em directo e a excitação que muitos querem tornar obrigatória em volta da nossa selecção.
Mais, não vou colocar qualquer bandeira na varanda (nem que seja por uma questão de bom gosto) e não recebo lições de patriotismo de ninguém. Seguindo o raciocínio de Miguel Sousa Tavares, na edição de hoje de A Bola (link indisponível), sou muito mais patriota quando critico a Câmara Municipal de Braga do que quando coloco uma bandeira a enfeitar a janela lá de casa.

29.5.06

Outros horizontes

“E já não é pouco”, no Mar Salgado, por Filipe Nunes Vicente.

Avaliar os professores

A ideia de avançar com a avaliação dos professores por parte dos encarregados de educação é de aplaudir e deve ser incentivada.
É óbvio que não se pode pedir aos pais que avaliem as competências científicas e pedagógicas dos professores dos seus filhos. No entanto, existe informação que os pais podem fornecer e que pode ser útil numa classificação em que se pretende premiar o mérito de cada um.
Aspectos como a disponibilidade para interagir e reunir com os encarregados de educação, capacidade de gerar iniciativas mobilizadoras da comunidade e o próprio interesse pelo percurso escolar de cada aluno podem ser por eles revelados, sem que com isso os professores se possam sentir intimidados ou subjugados.
E mesmo que nessas avaliações surjam tentativas de retaliação por parte de alguns encarregados de educação contra alguns professores, esses casos serão amortizados pela grandeza da amostra. Penso que não é necessário ser um Steven Levitt para chegar a essa conclusão.
Abrir a administração pública ao exterior é o passo certo para a tornar mais eficiente e transparente, e acautelar a boa aplicação dos recursos.

Farmácias

Para melhor se perceber a pseudo-liberalização das farmácias, ler os 6 posts Farmácias de Vital Moreira no Causa Nossa.

26.5.06

ANF

A Associação Nacional de Farmácias está, como seria de esperar, contra as medidas (tímidas) do governo em começar a liberalizar o acesso à propriedade de farmácias. Diz a ANF que o modelo actual é o "melhor serve os interesses dos doentes". O que na realidade deveria afirmar é que este modelo é o que melhor serve o enriquecimento dos seus associados. Aplauda-se no entanto a coragem do actual governo em começar a alterar este modelo que assegura um privilégio inaceitável a um grupo de afortunados.

Bandeiras para todos os gostos

Como se já não bastasse a habitual má vontade (contra mim falo) entre os adeptos portistas, benfiquistas e sportinguistas sobre a selecção nacional, e que aconteceu com todos os seleccionadores, Scolari foi mais além, conseguindo algo mais raro e impensável. Pôs uma parte do país a torcer pela selecção A e outra parte pela selecção sub-21 (temos um bom exemplo disso, aqui), apesar de ele próprio ser o chefe de ambas...

25.5.06

África aqui tão perto

O relatório da GRECO (Grupo de Estados contra a Corrupção), do Conselho da Europa, deveria encher-nos a todos de orgulho.

Uma passagem bem ilustrativa:

O relatório detectou também "fraquezas" na fiscalização, punição e responsabilização das entidades jurídicas. E denuncia ainda a "ausência de qualquer condenação desde 1984".

Enquanto Portugal e os portugueses não perceberem que um dos mais graves problemas do nosso país, com reais custos na qualidade de vida, é a corrupção, nunca sairemos do pântano.

Citação

Pacheco Pereira, no seu artigo semanal no Público, cita Jorge de Sena, relativamente ao Portugal do século XX:

"Cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nos todos é que precisamos que nos salvem dele."

23.5.06

Enfim, debateu-se

O debate do Prós & Contras, de ontem, na RTP1, foi memorável. E foi memorável porque teve o que já não se via há muito num debate: discussão, ideias, argumentos, emoção e polémica.
A discussão foi trazida por todos os intervenientes, que se apresentaram no estúdio dispostos a falar o que lhes ia na alma, olhando nos olhos de quem estava no quadrante oposto, sem receios ou constrangimentos.
As ideias e os argumentos vieram essencialmente de Pacheco Pereira, mas também de Ricardo Costa e, nalguma medida, de Carrilho.
Pacheco Pereira teve a facilidade de poder expor as suas razões sustentado num passado em que nunca se coibiu de criticar o que estava mal no jornalismo. Mesmo aqueles que não simpatizam com a figura e com as suas razões reconhecem-lhe a honestidade intelectual e a isenção crítica, o que lhe permitiu ser o único a falar com reduzidíssimo ruído de fundo.
Ricardo Costa, pese embora ser notório que estava ali tremendamente melindrado pelas acusações de que era alvo no livro, tentou sempre levar a discussão ao concreto, não deixando Carrilho e Rangel fugir para generalizações fáceis que poderiam comprovar as suas teses, mas que não lhes davam grande substância. Além disso, não se importou de ser o advogado do diabo, defendendo, dentro do possível, quem lá não estava para o fazer.
Por último, Carrilho, e no meio das habituais frases assassinas e insultuosas, também apresentou alguns problemas reais no nosso jornalismo. No entanto, pecou sempre por ligá-los directamente à sua derrota eleitoral. Ou seja, as imputações não encontravam factos reais onde assentar, não passando de conjecturas extremamente subjectivas e de veracidade altamente duvidosa, apenas encontradas para servir de justificação à sua ferida vaidade pessoal.
A emoção e a polémica viveram à custa da tensão constante que envolvia todas as palavras de Carrilho e Ricardo Costa, sempre que um era visado pelo outro. As duas frases finais do debate (“Ricardo Costa é o rosto da vergonha jornalística” vs. “É a vida (…), o senhor é o rosto da derrota eleitoral”), apesar do carácter panfletário e ressentido, vão ficar na história dos debates televisivos portugueses.
Não se percebe o papel encarnado por Emídio Rangel, como se tivesse acabado de aterrar em Portugal. Ele que, como poucos, é um dos principais responsáveis pela orientação do jornalismo que aqui existe.

22.5.06

Ecodefuntos


Caixões biodegradáveis, via Boing Boing.

Leitura atrasada

Ler o destaque, no Da Literatura, sobre o artigo de Vasco Pulido Valente no Público de ontem.

21.5.06

Fazer direito

A pág. 17, da edição do Público de hoje (link indisponível), devia ser leitura obrigatória de todos os cursos do C.E.J.

Uma breve passagem:

"Conhecendo-se o sistema de concursos públicos, morosos e caros, tenho sérias dúvidas de que a câmara (Municipal de Cascais) pouparia se deles se socorresse."

Quem diz isto é um magistrado do Ministério Público, que, em último caso, deve promover a aplicação da lei do Estado.

20.5.06

Oposição

A realização do Congresso do PSD este fim de semana é um bom pretexto para analisar um pouco o que tem sido o desempenho do principal partido da oposição nos últimos tempos. Marques Mendes tem pautado a sua liderança por um perfil bastante discreto, o que por si só não é negativo, podendo até reverter a favor da sua credibilidade. No entanto, o discurso do líder do PSD baseia-se num conjunto de frases feitas do tipo "a economia não cresce", "o desemprego aumenta", "o défice agrava-se" que, a meu ver, estão desfasadas no tempo e são mesmo inoportunas. À primeira vista, seria uma boa estratégia criticar o Governo através desse tipo de afirmações, desmentindo assim o optimismo por vezes exagerado dos governantes. Só que, tendo em conta que a população já percebeu claramente a gravidade da situação económica, uma vez que esta se reflecte significativamente no seu dia a dia, um discurso que continua a apontar apenas os aspectos negativos já por todos conhecidos não é mobilizador e, paradoxalmente, pode mesmo ser repulsivo devido ao fenómeno de exaustão. Assim, o estado de ânimo da sociedade portuguesa exige, neste momento, da parte da oposição uma atitude diferente que mostre caminhos concretos que levem à recuperação económica e social do País, mais do que críticas generalizadas e pouco convictas ao Governo.

Fernando Santos no SLB


Como portista, estou muito contente com esta contratação.

19.5.06

O Código da Vinci (re)descodificado

Tem sido particularmente irritante assistir à tentativa de transformar o filme Código da Vinci numa obra polémica, com vista à sua promoção e maximização das receitas de bilheteira. E devo confessar que fiquei desapontado pela extensa reportagem efectuada ontem pelo Público, onde se tentava atear todo o tipo de fogo, por muito que só existisse fumo e, mesmo esse, não passava de adereço cinematográfico.
A existir algum histerismo em volta do filme, será apenas por parte daqueles que se querem aproveitar a todo o custo do filão descoberto por Dan Brown, inventando, contando e recontando todo o tipo de conspirações, números mágicos e combinações secretas. No mais, tudo não passa de reportagens e reacções requentadas, já gastas e utilizadas.
Com um livro que fez tanto sucesso comercial e motivou tantas obras secundárias, dificilmente o filme nele inspirado poderia gerar grande agitação ou celeuma. Só mesmo os mais avessos e alérgicos aos livros e à leitura é que ainda não devem conhecer ao pormenor toda a história e os enigmas nela “desvendados”.
E nem se pode dizer que a (não) reacção da Igreja Católica e da Opus Dei, que têm deixado os “jornalistas” a falar sozinhos, seja um plano particularmente engenhoso, uma vez que se trata de fazer o óbvio, não dando ao filme a importância que os seus promotores certamente desejavam.

Publicidade institucional

Outros horizontes

Muito certeiro, o post Critérios, no Mar Salgado, por Filipe Nunes Vicente.

18.5.06

Psiquiatria

O jornalista Luís Costa do jornal Público (e também da RTPN, penso eu) tem uma obsessão doentia por Rui Rio. Devia consultar um psiquiatra... Deve ser raro o artigo que escreve no Público que não tem como objectivo denegrir o presidente da câmara do Porto.

O costume

Está aqui mais uma prova da sadia relação entre autarquias e clubes de futebol:

V. Setúbal: autarquia doou ao clube terreno que vale por um milhão de euros

Dizem eles que se tratam de patrocínios e, claro, o eterno apoio à formação do clube.
São conhecidas as dificuldades financeiras do V. Setúbal que podem mesmo impedi-lo de participar nas diversas competições da próxima época. Entretanto, os dirigentes que o colocaram nessa situação já arredaram pé, sem qualquer sanção, dando lugar a uma nova vaga.
Como seria de esperar, já se falam de rumores que envolvem a venda do terreno por parte do clube.
E assim se vão cometendo as maiores atrocidades urbanísticas e favorecendo algumas bolsas à custa do erário público, tudo em nome do amor ao clube da terra.

17.5.06

Mais futebol

Intervalo da final da Liga dos Campeões: um árbitro que não sabe aplicar a lei da vantagem está a influenciar o resultado final...

Quaresma

Abundam nos sítios do costume vários artigos a defender as escolhas de Scolari. Como gostaria de ver os mesmos a escrever se fosse o Simãozinho a ficar de fora...

16.5.06

Conservado em álcool

Ontem, num tribunal deste país, discutia-se quem teria sido o culpado da ocorrência de um acidente envolvendo um veículo automóvel e um motociclo e que deixou algumas mazelas no condutor deste último.
O embate teria ocorrido numa curva, em virtude de um dos veículos ter invadido a faixa contrária. O Ministério Público apostava no automóvel, acusando o seu condutor por um crime de ofensas corporais por negligência.
Com o decorrer do julgamento, devido à ausência de testemunhas oculares, não se fez luz sobre o sucedido, apenas restando as versões de ambos os condutores, cada um defendendo a sua inocência.
De um lado, tínhamos o condutor do automóvel, soldado da Brigada Fiscal da G.N.R., com bom currículo e boas referências dos colegas.
Do outro, como condutor do motociclo, aparecia um homem já anteriormente condenado por alguns delitos, que também era arguido naquele processo, uma vez que na altura do acidente apresentava uma taxa de 2,70 g/l de álcool no sangue (taxa apurada já 2 horas após o acidente, no hospital onde recebeu cuidados médicos), circulando sem qualquer licença de condução, além de não possuir seguro obrigatório.
Apesar de todas as dúvidas que se pudessem colocar, o magistrado do Ministério Público foi peremptório. A culpa tinha sido do condutor do veículo automóvel. E na defesa dessa tese apresentou um argumento, no mínimo, original.
Desprezando por completo a falta de licença de condução, alegou que o condutor do motociclo já era um velho conhecido daquele tribunal. E do que lhe era dado a conhecer, a taxa de alcoolemia que apresentava na altura do acidente deveria ser o mínimo que se lhe poderia detectar durante todo o dia. Isto quereria dizer que devido à ingerência habitual de álcool em quantidades desmedidas, aquele condutor já não poderia ser afectado no seu comportamento, por muito que bebesse.
O outro condutor, esse tinha sido descuidado e distraído, invadindo a faixa de rodagem contrária.

15.5.06

Bom trabalho

Muito interessante, o espaço de propaganda ao Ministério da Administração Interna e aos seus sofisticadíssimos meios de combate aos incêndios que a RTP 1 colocou a substituir o habitual Jornal da Tarde.
De facto, não se percebe a necessidade que alguns sentiram de criar uma agência de comunicação.

12.5.06

Outros horizontes

Vale a pena ler com atenção a verdadeira rede familiar que comanda os destinos da Madeira, neste texto do Tribuna da Madeira, publicado na Câmara Corporativa.
Exemplar…

Mente perigosa

Acredito que algumas passagens no livro de Carrilho tenham algo de verosímil, principalmente as relacionadas com aquelas entidades, eufemisticamente, denominadas por agências de comunicação.
No entanto, e atendendo a todo o seu historial, julgo que dificilmente se livrará da imagem de que apenas se tratam de delírios vingativos de um narcisista enlouquecido pela derrota.

11.5.06

O peso de uma bandeira

O governo decidiu impor coimas de € 55 para aqueles que desrespeitarem as sinaléticas das bandeiras existentes nas praias, durante a época balnear.
Na verdade, nunca tinha ouvido falar desse verdadeiro flagelo que são as centenas de mortes por afogamento que se verificam nas nossas praias, durante o Verão.
Por outro lado, é natural que, com um C. da Estrada tão draconiano, as receitas do Estado se ressintam no mês de Agosto, com tanta gente a preferir os banhos aos passeios pelas nossas estradas.
Por isso, nada como gerar mais uma.

Amigos, amigos...

Tal como se suspeitava, Sá Pinto abandonou a promessa de deixar o futebol profissional no final desta época.
Em todo o caso, é interessante que se fale do incentivo dos companheiros e adeptos para que ele tomasse tal decisão, mas nem uma palavra sobre os desejos do treinador, Paulo Bento, ou Paulo, para os amigos…

9.5.06

Maternidades

A discussão sobre o fecho das maternidades em Portugal tem sido lugar para mais um disfilar de demagogia e opinar sobre o que não se sabe, pelo menos no que diz respeito às situações de Santo Tirso e Barcelos. Tem permitido também que alguns deputados, que durante o ano nada tem para dizer, possam agora aparecer como grandes defensores da terra.
Nestes casos específicos não há qualquer problema de interioridade. Maternidades bem equipadas e muito mais seguras distam apenas umas dezenas de quilómetros e ligadas por auto-estrada. Os argumentos dos autarcas locais são o esperado, aliás se perguntássemos a todos os presidentes de câmara se achavam necessário uma maternidade em todos os concelhos, certamente não achariam mal. E porque não um hospital em todas em todas as cidades, vilas e aldeias?
Quem exerce a especialidade de Ginecologia-Obstetrícia sabe o desperdício de recursos humanos e económicos que é manter estas maternidades abertas e não é certamente com argumentos do género “quero que o meu filho seja barcelense” que se convence alguém sério do contrário. Para uma saúde Materno-Infantil de qualidade, o encerramento destas maternidades é uma medida corajosa e acertada do actual ministro da Saúde.

Sobretudo

Bruno Prata no Público de hoje:

"(...) Vítor Pontes, que nem seria special mesmo que vestisse o sobretudo de Mourinho (...)"

Atraso

Gosto muito de futebol, mas um país que abre telejornais com a saída de um treinador...

8.5.06

O homem que tem dois pulmões

Apreciação do jornal A Bola, a Edson, jogador do Paços de Ferreira, no jogo de ontem contra o Benfica, em que foi eleito o melhor em campo:

“Este internacional angolano não tem um pulmão, mas sim dois. (…)”

Assim, não vale…

7.5.06

O Injustiçado

5.5.06

Os números dourados do comunismo

Fidel Castro surge na 7ª posição da lista dos governantes mais ricos do planeta. Nada mau, para um velho e intransigente comunista, líder de um país onde a miséria de vê em todas as esquinas.
Mas há outros dados curiosos. A contrapor ao domínio dos xeques do petróleo, temos a quase ausência de líderes africanos na listagem elaborada pela Forbes.
Por outro lado, não há qualquer indicação de que os familiares mais próximos desses governantes tenham entrado na investigação, o que também pode explicar o dado surpresa referido acima.

4.5.06

2.5.06

Regresso

Um conselho

Um conselho para os dias quentes que se avizinham. Quando estiver em casa, a preparar-se para ver um filme, uma série da Fox ou um jogo do Mundial na Alemanha, e decidir saborear o prazer da efeméride com uma caixa de gelado Hagen Dazs, não se deixe levar pela gula e excitação do momento.
Deixe o gelado respirar durante uns 10/20 minutos após tirá-lo do congelador ou da arca frigorífica. Só assim vai poder desfrutar de todos os pedaços de fruta e bocadinhos de bolacha, dos aparentes laivos de chocolate e caramelo, e sentir aquela textura cremosa, que se vai desvanecendo tranquilamente na boca, dando lugar aquele sabor tão deliciosamente prolongado.
É que à custa de demasiada precipitação já perdi demasiadas oportunidades de deleite.

Preocupações

A fúria nacionalizadora de Evo Morales, na Bolívia, é preocupante, principalmente, para os bolivianos.
Também não são boas notícias para a nossa extrema-esquerda bem pensante, já que muitos dos seus seguidores não hesitaram em aplaudir entusiasticamente a chegada de Morales ao poder. É que pior que as acções em si mesmas, são os resultados que elas vão produzir.