O Código da Vinci (re)descodificado
Tem sido particularmente irritante assistir à tentativa de transformar o filme Código da Vinci numa obra polémica, com vista à sua promoção e maximização das receitas de bilheteira. E devo confessar que fiquei desapontado pela extensa reportagem efectuada ontem pelo Público, onde se tentava atear todo o tipo de fogo, por muito que só existisse fumo e, mesmo esse, não passava de adereço cinematográfico.
A existir algum histerismo em volta do filme, será apenas por parte daqueles que se querem aproveitar a todo o custo do filão descoberto por Dan Brown, inventando, contando e recontando todo o tipo de conspirações, números mágicos e combinações secretas. No mais, tudo não passa de reportagens e reacções requentadas, já gastas e utilizadas.
Com um livro que fez tanto sucesso comercial e motivou tantas obras secundárias, dificilmente o filme nele inspirado poderia gerar grande agitação ou celeuma. Só mesmo os mais avessos e alérgicos aos livros e à leitura é que ainda não devem conhecer ao pormenor toda a história e os enigmas nela “desvendados”.
E nem se pode dizer que a (não) reacção da Igreja Católica e da Opus Dei, que têm deixado os “jornalistas” a falar sozinhos, seja um plano particularmente engenhoso, uma vez que se trata de fazer o óbvio, não dando ao filme a importância que os seus promotores certamente desejavam.
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