5.5.05

Prioridades

José Sócrates veio dizer que, afinal, o hospital do Algarve vai ser construído. O que se passa é que, antes de ser implementado o concurso para a sua construção, terão de ser feitos estudos prévios.
Esta manobra de marcha atrás, protagonizada pelo primeiro ministro, vem no seguimento das declarações do ministro da Saúde que, aparentemente, tinha desistido da sua construção.
É praticamente unânime que o Algarve não tem uma única instalação hospitalar condigna, apesar do forte fluxo de pessoas que se verifica naquela região, especialmente, no Verão. Aliás, é particularmente embaraçante, se pensarmos que as terras algarvias funcionam, muitas vezes, como cartão de visita do nosso país para milhares de estrangeiros.
No entanto, para se construir um hospital são precisos vários estudos, pese embora a gritante carência de apoios à saúde na região. Estudos esses que não foram necessários para fazer um estádio de vários milhões de contos, que não tem cidade (Faro ou Loulé, assim ninguém pode ser responsabilizado), não tem clube clube e que ninguém utiliza (salvo o Estoril?!), encontrando-se praticamente ao abandono. E o mais indigno de tudo isto é que não faltou quem avisasse para essa situação logo na altura da sua construção.
Por situações deste tipo, julgo, cada vez mais, que Portugal é um caso sem solução

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