3.5.05

Revoltante

Admito que tenho muita dificuldade em ter uma posição definitiva sobre a interrupção voluntária da gravidez, mas situações como esta, relatada no Mar Salgado, não podem deixar de causar revolta.
Não sei onde e quando começa a vida, mas sei onde está a hipocrisia e o aproveitamento da infelicidade alheia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu tenho muita dificuldade em assumir uma posição relativamente à interrupção voluntária da gravidez. Tenho muito receio que as mulheres usem esta "permissão" para relaxarem mais um pouco relativamente à prática de sexo seguro. Eu sei que elas não podem fazer constantemente interrupções da gravidez (em termos físicos), mas não quero que elas usem este processo (levando esta pensamento ao extremo, claro) como mais um método contraceptivo. Posso estar a ser exagerado e o facto de ser permitido interromper a gravidez é extremamente útil em determinadas situações, para mim, excepcionais e especifícas, mas não concordo que estas situações excepcionais se tornem regulares.. Há muitas pessoas que ainda assim consideram que uma mulher deve poder escolher o que quer fazer. Concordo com isso, mas daí a interromper a gravidez só porque não se tomam as devidas precauções (uma vez, duas vezes, três vezes, ...), já não aceito muito bem. Acho que a lei não prevê um número limite de interrupções (corrijam-me se estou errado), logo o meu receio está mesmo aí - tornar esta interrupção como algo normal.

Claro que entre fazer isto clandestinamente, ou faze-lo como uma situação legal, prefiro sempre a opção em que a lei preveja esta interrupção voluntária da gravidez, mas..

João Pedro Martins disse...

Partilho claramente das tuas dúvidas e receios. Ainda vamos concordando nalgumas coisas...