PSD
Acabadas as presidenciais, Marques Mendes tenta marcar alguns pontos na agenda política, marcando novo congresso, para implementar a eleição directa do líder do partido pelos militantes e acabar com o pagamento de quotas colectivo.
Penso que a eleição directa é indispensável a um partido que pretende acompanhar a modernidade e mostrar que consegue ler os sinais dos tempos, vivamente apreciáveis nas últimas eleições (autárquicas e presidenciais). As máquinas partidárias têm cada vez menos prestígio e os seus órgãos são, na maioria das vezes, vistos como porta-vozes de interesses corporativos e pessoais, que pretendem a todo custo manter o poder num círculo restrito e inacessível a muitos.
Assim, devolver o poder aos militantes, sem que estes tenham de passar qualquer cheque em branco aos seus líderes distritais, parece-me demasiado óbvio para admitir qualquer tipo de discussão.
O fim do pagamento de quotas colectivo também me parece inatacável. Pode-se questionar apenas o que está por detrás da decisão, já que salta à evidência o medo que a actual liderança sente da distrital do Porto e do poder que Luís Filipe Menezes aí detém. Duvido que, se Mendes e o inseparável Miguel Macedo vissem naquela distrital outros sinais de apoio, demonstrassem tanta decisão e espírito renovador.
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