25.7.06

Progresso urbanístico

Em Braga, um dos melhores laboratórios de atrocidades urbanísticas existentes no país, começa a surgir um novo tipo de prédio devoluto.
Alguns dos novos edifícios que se constroem não chegam à última fase de acabamento, já que as áreas neles previstas são tão exíguas que não conseguem encontrar quem os compre. Tal facto, aliado à enorme oferta que existe na cidade, leva a que esses prédios fiquem sempre desocupados.
Isto fica-se, essencialmente, a dever à ganância dos construtores que pretendem ganhar o máximo dinheiro possível com o mínimo espaço disponível e a uma câmara municipal que aprova todo e qualquer projecto.
Como resultado, vemos edifícios cuja fase de construção se arrasta perpetuamente, provocando óbvios incómodos nas imediações, uma vez que os passeios e outros equipamentos envolventes nunca chegam a ser concluídos e a paisagem nunca se liberta dos taipais, andaimes e gruas, mantendo as ruas como eternos estaleiros.

1 comentário:

João Pedro Martins disse...

E este cenário que descreves é vísivel bem no centro da cidade - até mesmo no centro histórico - e começa a representar um perigo para a segurança de por quem lá passa, dado o abandono e acelerada degradação dos edifícios.