19.12.06

Rendamo-nos às evidências...

Apesar de não me identificar com a sua obra (gostos puramente pessoais), reconheço que Filipe La Féria é um dinamizador de sucesso, conseguindo ir ao encontro dos gostos culturais de algum público que, de outra forma, não se mobilizaria para qualquer iniciativa cultural que não o cinema. Assim, reconheço que ele será das poucas pessoas em Portugal que conseguiria aumentar de forma sustentada a afluência ao Rivoli, tal como o fez com o Politeama.

Desta forma, repugno totalmente a moção de censura que o PCP irá apresentar contra a privatização do Rivoli. Alegar falta de conhecimento do processo parece-me redutor e mesquinho.

5 comentários:

Pedro C. Azevedo disse...

Pela notícia, não me parece que seja o PCP que alega a falta de conhecimento do processo.

Pedro C. Azevedo disse...

Quem alega, é o movimento "Juntos no Rivoli".
A moção de censura do PCP deverá ter motivações unicamente políticas, caso contrário, até poderia haver alguma substância para a apresentar, uma vez que o processo deverá ser obrigatoriamente público.
Do ponto de vista do interesse da câmara, parece-me que La Féria poderá ser uma solução acertada.

José Augusto Lucas disse...

Sim... mas essas motivações políticas não explicam por si só a moção de censura! Esta está sustentada no argumento de desconhecimento de um processo que, pelo mediatismo de que já foi alvo, certamente não ficaria arredado dos (legalmente obrigatórios) esclarecimentos!

O que eu condeno é a leviandade com que se tenta abortar um processo que trará valor a uma instituição! Esse valor reflectir-se-á na maior mobilização dos cidadãos para iniciativas culturais, comprovada na experiência "Politeama".

Pedro C. Azevedo disse...

Zé, desculpa insistir, até porque concordo contigo na questão de fundo, mas a notícia não diz quais as motivações da moção de censura. Apenas refere que o movimento "Juntos no Rivoli", alega o desconhecimento e não o PCP.

José Augusto Lucas disse...

Sim... tens razão.
No entanto, o facto de constar do mesmo parágrafo induz neste motivo!