Ainda o Portugal Vs Holanda
Apesar de tudo o que já foi dito sobre este jogo, não vou conseguir passar sem partilhar a minha opinião com os leitores deste blog.
O mais importante é reconhecer a intensidade do jogo e a forma agressiva com que foi disputado. Não vale a pena culpar o árbitro porque num jogo com tantos casos e tão dificultado pelos jogadores era impossível ele não errar. Nem dizer que nos prejudicou, porque isso é falso. Podemos apenas supor que, com um bocado mais de classe, tinham-se evitado certos comportamentos. Mas isso seria sempre uma suposição porque os comportamentos mais recrimináveis nem sequer foram dele!
Quanto aos holandeses, têm as mesmas responsabilidades que nós na agressividade do jogo. Talvez com duas agravantes: foram os primeiros a abusar da impetuosidade (que o diga Ronaldo) e a simular faltas (casos do Robben no início da partida).
Tudo o resto faz parte: fair play ninguém teve - nem Robben, nem Kadhim, nem Heitinga, nem Figo, nem Nuno Valente, nem Deco.
Daí também o descontentamento de alguns (poucos) - que eu partilho - com a desresponsabilização do comportamento dos jogadores portugueses. Se tem havido evolução na disciplina da nossa selecção, até nas equipas do nosso campeonato, essa é que deve ser louvada e incentivada, em vez de andarmos ao colo com aqueles que agridem (verbal e fisicamente) treinadores, colegas ou árbitros.
Senão continuaremos a ficar admirados, com pose de virgens ofendidas, cada vez que nos lembrem o nosso passado (que nós continuamos ainda a agravar) de "caceteiros e farsantes" - mas também não vale a pena perder muito tempo a analisar os constantes chorrilhos da "imprensa" britânica, cuja idoneidade e imparcialidade todos conhecemos bem...
Eu devo dizer que sou um admirador dos jogos com nervos à flor da pele. Não só, mas também. E já tou a esfregar as mãos para sábado... Agora é que isto começa a ter piada. Para mim basta haver lealdade (que nem sempre houve dia 24) na disputa, que a agressividade eu admiro. Se até entre amigos, a feijões, é possível perder as estribeiras e não controlar emoções... Não é pelo facto de ganharem mundos e fundos que as pessoas passam a ter auto-controlo - o contrário é até bem mais verdade.
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