23.6.06

Opel da Azambuja

Sem ser perito em economia, apenas me baseando no que tenho lido e ouvido, penso que o encerramento da fábrica da GM na Azambuja não tem nada que ver nem com a incompetência do nosso Estado em formar quadros competitivos ou com uma qualquer deslocalização, fruto do mundo global em que vivemos.
A transferência da produção da fábrica portuguesa para Espanha é apenas um acto racional de gestão, de uma empresa que se encontra com algumas dificuldades financeiras e que, por via disso, necessita fechar algumas unidades.
E, avaliando essa fatalidade, a sua administração decidiu que o fecho da unidade portuguesa seria a que envolveria menos custos e melhor potenciaria os restantes activos da empresa.
Repare-se que a GM não pretende, nem vai, criar novos postos de trabalho num outro país. Trata-se de um corte puro e simples no seu número de trabalhadores.
Por muito que Portugal seja um país moderno e tecnologicamente avançado, este tipo de indústria tem sempre interesse e nenhum outro país a desdenharia. O único óbice que esta fábrica possui é que é mais pequena do que outras do mesmo dono, traduzindo-se, por isso, o seu fecho em menores sacrifícios.
Penso que, neste caso, e sem querer menorizar o drama social, o Estado português, através do seu governo, pouco poderia fazer para evitar este encerramento, já que se tratam apenas de vicissitudes no ciclo natural de uma empresa.
Outra questão é a culpa dos sucessivos governos pelo facto de dificilmente aqueles trabalhadores encontrarem emprego a curto ou médio prazo.

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