22.6.06

O terceiro jogo

Portugal voltou a cumprir a obrigação e ganhou ao México.
Os primeiros trinta minutos foram de muito boa qualidade, com a equipa a ser carregada por Maniche (grande golo) e guiada a alta velocidade por Simão Sabrosa (muita classe na assistência).
Incompreensível o pânico que se instalou na equipa a partir do primeiro lance de bola parada mexicano. Nunca mais conseguiu controlar o meio-campo, jogando aos repelões e deixando-se encostar pelo adversário. Valeu a sorte do jogo, com o perdão de expulsão a Miguel e o pénalti falhado por Bravo.
Apesar de ter deixado algumas boas indicações, como o grande momento de Maniche (sempre presente nas grandes ocasiões) e a boa forma de Simão, a equipa portuguesa demonstrou, uma vez mais, que a defesa continua muito permissível, com Meira à cabeça.
O central do Estugarda não acerta nos tempos de entrada à bola e está cada vez mais nervoso, colocando os colegas em permanente sobressalto.
É verdade que Miguel tem feito uma bom torneio, mas com a instabilidade defensiva que se vive, talvez Paulo Ferreira seja mais útil, principalmente nas bolas altas.
Figo esteve 45 minutos a mais em campo. Ele bem se encostou à linha, mas Scolari só o deixou sair a dez minutos do fim.
Penso que entre a Holanda e a Argentina, é preferível a primeira, mas sem entrar em grandes optimismos, muito menos alardear qualquer favoritismo, até porque a Holanda, ontem à noite, esteve longe de se mostrar aterrorizada com a hipótese de nos defrontar.

1 comentário:

João Pedro Martins disse...

Achei estranho ter ouvido ontem todos os comentadores de serviço na RTP1 criticarem a arbitragem do jogo de Portugal.
Posso já não me recordar de tudo, até porque não voltei a rever nada da partida, mas tinha ficado com a sensação de ter visto uma grande arbitragem e até comentei isso com quem me acompanhava, que também concordou.
No lance do Miguel, penso que foi perdoada a expulsão por parecer não haver intencionalidade. E assim também compreendo o árbitro e dou-lhe razão.