1.3.05

No bom caminho

Apesar de ainda estar muito longe de encantar (empatar no Dragão com este Benfica está longe de ser um bom resultado), o Porto já começa a mostrar sinais de melhoria em relação à era Fernandez. Nota-se que Couceiro tem uma estratégia, uma ideia do que pretende fazer com a equipa, algo que não se conseguia vislumbrar com o treinador espanhol.
Couceiro começou por estabilizar o onze inicial, formando um núcleo duro que forma a espinha dorsal da equipa, composto, na sua maioria, por jogadores que foram campeões europeus. V. Baía, Seitaridis, J. Costa, R. Costa, N. Valente, Costinha, Maniche, Ibson e McCarthy compõem, neste momento, a base da equipa portista.
Outra mudança foi a tentativa de aportuguesar a equipa, não sendo coincidência que, desde que chegou, o Porto não tenha jogado com mais de 3 brasileiros no onze.
Teve também o mérito de fazer o óbvio, e que, por vezes, parece tão difícil para alguns treinadores. Pepe foi afastado das primeiras escolhas, aparecendo agora como o 4º central do plantel, algo que era mais do que previsível e de elementar justiça, face à sua gritante falta de valor para jogar no campeão europeu.
Já se começa a vislumbrar um fio de jogo no relvado, parecendo agora a equipa mais compacta, consistente e motivada. Couceiro tem alternado entre o 4-3-3 e o 4-4-2, em losango, mas em ambos os sistemas se notam ideias e bases comuns. Alguns jogadores como V. Baía, R. Costa, N. Valente, Maniche, Ibson (excelente surpresa que promete dar muito que falar no futuro) e McCarthy dão sinais de estar em boa forma, podendo servir de alavanca para o resto do plantel e para o surgimento de melhores resultados.
Não é muito, mas já é alguma coisa, num clube que tem lutado contra várias forças, encontrando-se as mais fortes, por incrível que possa parecer, no seu interior. Continua incompreensível a política de contratações do clube, cada vez se entendendo menos o porquê da venda de C. Alberto e as entradas de jogadores como Léo Lima. E apesar de algumas como Cláudio, Leandro e Leandro do Bonfim até poderem ter algum valor, a ideia de desperdício e desorientação continua a pairar lá para os lados do Dragão.

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