26.10.06

Ministro da Economia

Sempre que vejo algum grande investimento das grandes multinacionais em Portugal - como o caso mais recente da IKEA em Paços de Ferreira - não consigo deixar de imaginar o nosso Ministro da Economia a baixar as calças compulsivamente.
Além da imagem não ser nada agradável, vai até contra as minhas mais honestas esperanças e desejos de desenvolvimento, que até penso também, que passará por atrair investimento externo.
Mas a que preço? Com que garantias? Não podemos esquecer que não é o facto de as empresas se instalarem cá, que as vai impedir de amanhã se deslocalizarem, como tão frequentemente se tem visto. E isso não é, para mim, de maneira alguma censurável.
No fundo, o que interessa para o futuro do País não são estes acordos pontuais, que apesar de benéficos, não trazem sustentabilidade. Estes acordos são meros negócios, como tantos outros que se fazem diariamente. Uns melhores outros piores. E como quase sempre, aqui ganha mais quem tem mais astúcia.
Daí o meu receio. Não estou a ver o Manel como grande negociador - e é só disso que estamos a falar. Ainda por cima, o facto dos privilégios acordados não serem revelados, só me inquieta ainda mais. Nada é mais poderoso que uma imaginação descontrolada.

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