Uma questão de mentalidade
O jogo entre o Sporting e o FC Porto foi fraquinho, sem grandes motivos de interesse, e apenas a entrega dos jogadores do Sporting e algumas defesas de Helton superaram a fasquia da mediania que dominou todo o jogo.
Não tenho dúvidas que o Sporting acabou por jogar melhor, sem, contudo, conseguir justificar uma hipotética vitória. O domínio territorial e da posse da bola nunca se traduziu em ocasiões flagrantes de golo e, apesar de em certas alturas ter obrigado o Porto a manter-se demasiado atrás, faltou sempre a estocada final.
O FC Porto, por seu lado, nunca conseguiu superar a ausência de Anderson, sendo uma equipa demasiado lenta e apática, com um Lucho que parece em constante esforço para correr e com Quaresma a ligar o complicador que o obriga a pensar em duas ou três fintas possíveis até se decidir pelo passe que já deveria ter feito há segundos atrás.
No entanto, existe algo que impedirá sempre o Sporting de ser um clube verdadeiramente vitorioso. É a mentalidade dos seus adeptos.
Começando logo no primeiro segundo de jogo, em que as bancadas de Alvalade fervem por causa de um simples lançamento de linha lateral a meio-campo, acabando em Dias Ferreira, ontem na Sic-N, que tentou culpar o árbitro pela incapacidade de chegar à vitória, todos no clube cultivam uma atitude desculpabilizadora que acaba sempre por desresponsabilizar os próprios jogadores e treinadores pelo insucesso.
1 comentário:
E Sérgio Godinho continuou no mesmo no programa de ontem.
Além disso, ainda exultam com a exibição da equipa e com o facto de ter sido bastante aplaudida no final do encontro.
Desde que fui a Alvalade a 1ª vez para ver o Sp de Braga e, depois de um empate fraquinho, todos os jogadores ficaram a agradecer os aplausos no final, percebi que aquele é de facto um clube diferente - e fiquei bastante mais contente com o meu, que não se contentaria nunca com tão pouco.
Quando falo em clube, leiam-se adeptos.
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