4.1.05

Ano Novo

Pessoalmente, nunca fui de traçar objectivos na passagem do ano. Sempre encarei o virar da página, enquanto estudante e, agora, na vida profissional, não na passagem de ano, mas no final das férias de Verão. Aí, sim, traço objectivos e proponho-me a atingir metas. É no mês de Setembro que planeio o que poderei fazer nos meses que se adivinham e é em Agosto que faço o balanço de como correram os planos que gizei.
No entanto, não resisto a fazer um pequeno sumário do que nos espera, no imediato, em 2005.

Não posso, infelizmente, fugir à tragédia que se abateu sobre o sudeste asiático, e que constituirá um forte teste à capacidade de ajuda e de resposta da comunidade internacional. Será com certeza um facto que marcará o início de 2005, assim como marcou o ano de 2004. Não posso compreender como é que o “Expresso” não escolheu este desastre como acontecimento do ano. E não poderá servir como justificação o facto de ter ocorrido "apenas" em 26 de Dezembro. Um jornal que se auto-intitula como referência em Portugal, tem que ter maior agilidade editorial.

Teremos eleições legislativas antecipadas que, como já foi dito anteriormente, não serão disputadas por ninguém à altura da sua importância para o país, quer a curto, quer a longo prazo.

Teremos, ainda, eleições autárquicas que representarão, mais uma vez, para muitas autarquias, o desperdício e mais uma oportunidade adiada de apostar num verdadeiro desenvolvimento sustentado, democrático, representando a verdadeira descentralização e que justificaram a sua criação. Aliás, não posso deixar de focar, a este respeito, o triste exemplo de Braga, mas prometo que sobre esse assunto me debruçarei no futuro, mais pormenorizadamente.

Será, igualmente, um ano em que se apertará o cerco a eventuais candidatos presidenciais, entre eles, Cavaco Silva e António Guterres, cujos resultados estarão intimamente ligados ao das eleições legislativas.

Teremos a exposição mundial de 2005, em Aichi, no Japão, que contará com a participação de Portugal, num pavilhão dedicado à ecologia e às energias renováveis, e que, ou muito me engano, deverá passar quase despercebida entre nós, tal a distância a que decorrerá. Penso, aliás, nas injustas críticas que foram feitas à organização da Expo 98 por falta de divulgação. É, obviamente, tremendamente difícil cativar pessoas do outro lado do mundo para nos virem visitar…

Desportivamente, e ao nível do futebol, veremos como reagirão os três grandes à paragem do campeonato, e após umas férias que deixaram marcas em todos eles, devido ao incumprimento de alguns no regresso ao trabalho (e aos correspondentes castigos), pouco compreensível, se pensarmos nos elevados salários que auferem, e por via disso, nas maiores responsabilidades que lhes são imputadas.
Ta facto, porém, até poderá ser benéfico para Victor Fernandez que, mais uma vez, terá a desculpa de não ter podido realizar a preparação para o resto da época que se avizinha como certamente pretenderia. Evitando, novamente, comparações (que seriam sempre injustas) com o passado recente do clube que agora orienta.
Será o ano em que se compreenderá se faz sentido a (duvidosa) dupla Veiga – Vieira, bem como, se verá se Peseiro é apenas, e como já foi dito, a versão merceeiro de Mourinho.

Será um ano sem Jogos Olímpicos ou qualquer outra grande competição de massas, pelo menos para os portugueses.

Espero que os outros ajudem a completar o muito que ficou por referir...

Sem comentários: