12.2.05

Fazer por merecer

Sempre fui educado a lutar pelo que queria. Sempre foi esse o mundo que para mim fez mais sentido: cada um tinha o que merece.
Não é por acaso que uma das mais antigas máximas do Direito é que a Justiça é a constante e perpétua vontade de atribuir a cada um o que é seu (Ulpiano).
Isto a propósito daquela ideia, que vem trespassando a campanha eleitoral, de que uma maioria absoluta de um partido (do PS, neste caso, pois é o único com condições para a obter) seria a melhor solução para Portugal, independentemente da cor partidária de cada um, em nome da estabilidade e da credibilidade do nosso sistema político.
Mesmo não votando PS (o voto nulo parece-me, pela primeira vez, a solução mais provável), dou por mim a pensar no que desejaria que acontecesse no dia 20 de Fevereiro. E a realidade é que olhando para Sócrates, para a sua campanha e para os que acompanham, e sabendo o que representa uma maioria absoluta, não posso deixar de pensar na enorme injustiça que isso representaria e no quanto contrariaria a máxima que atrás citei.

Sem comentários: