Submarinos
O Dr. Miguel Cadilhe, intervindo como "simples cidadão" numa reunião do PSD, apontou a compra de submarinos para a Marinha como exemplo de uma "mega-despesa" (a par da Expo 98 e do Euro 2004) que em nada contribui para o desenvolvimento económico do País sendo, portanto, injustificada.
O caso dos "submarinos" tem, de facto, levantado muita polémica nos últimos anos. Por um lado, o esforço financeiro do Estado é muito elevado e, por outro, tem sido passada a ideia de que os submarinos são um luxo dispensável, questionando-se a sua real utilidade.
De facto, este tema pode facilmente descambar para a demagogia, pois a utilidade dos submarinos não pode ser compreendida com uma análise superficial das matérias. Se se tratasse da construção de um hospital, ninguém se atreveria a pôr em causa a sua utilidade e necessidade, mesmo que, objectivamente, ele não fizesse falta, pois o cidadão comum encontra facilmente vantagens para si e para os seus neste tipo de equipamento. No caso da compra de submarinos passa-se o inverso: o cidadão nunca irá usufruir do material e não vê qualquer benefício pessoal e concreto.
As despesas com a Defesa Nacional são plenamente justificadas para a projecção do País no plano estratégico mundial, no cumprimento das suas obrigações e afirmação do seu prestígio. Só com Forças Armadas modernas e bem equipadas pode Portugal assumir um papel activo num jogo de forças internacional em que a salvaguarda dos interesses económicos e geoestratégicos se baseia no poder dissuasor.
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