23.2.05

Freitas do Amaral

Freitas do Amaral apoiou Durão Barroso quando este foi eleito primeiro-ministro. Defendeu mesmo a maioria absoluta do PSD nessas eleições. Como prémio, ou apenas pela sua competência, foi indicado pelo governo (em representação do accionista Estado português) para presidente da assembleia geral da Caixa Geral de Depósitos.
Tal facto, no entanto, não o inibiu de elaborar um parecer jurídico contra o governo e Estado português (ou seja, contra o accionista que o indicou), em favor dos trabalhadores da Caixa, a propósito da célebre transferência do fundo de pensões dos seus trabalhadores para a Caixa Geral de Aposentações. Não viu aqui o professor qualquer conflito de interesses, mas que, certamente, levaria ao chumbo qualquer advogado-estagiário (por grave ignorância das normas deontológicas) que, sequer, admitisse essa hipótese academicamente.
Entretanto, Freitas do Amaral havia declarado o seu apoio incondicional a Sócrates e a uma eventual maioria absoluta do PS, falando-se, agora, insistentemente, no seu nome como ministeriável.
Oportunismo político? Não, certamente apenas um apurado sentido patriótico e de clarividência.

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