Os cinco mosqueteiros
Hoje à noite vamos ter o debate entre os líderes dos partidos com assento parlamentar. Depois do anterior debate a dois, confesso que a esperança não é muito grande.
Não sou muito apologista deste tipo de debates, pois costumam gerar mais ruído do que esclarecimento. Nestas eleições terá pelo menos a vantagem de se evitar o tradicional quatro contra um, já que, como o governo demitido e demissionário (?) era de coligação (apesar dos esforços de Portas, nesta campanha eleitoral, de nos fazer esquecer isso), sempre haverá maior igualdade entre o ataque da oposição e a defesa dos membros do governo.
Será, contudo, uma boa oportunidade de Sócrates tentar mostrar que, afinal, nem só do vazio vive o seu discurso e de Santana Lopes procurar evidenciar algum domínio sobre os dossiers.
Veremos como é que Portas vai continuar a reivindicar, em frente de Santana, tudo o que de bom fez este último governo, com aquele estilo populista e hiper-demagógico.
Esperemos, ainda, que Jerónimo de Sousa, ao contrário do que aconteceu nos anteriores debates a dois, não limite a sua contribuição à presença física.
Quanto a Louçã, será, como sempre, o única pessoa séria, honesta e dona da verdade absoluta no interior daquela sala. Vá lá que desta vez terá à sua frente (ou ao seu lado) alguém que também tenha gerado uma vida. Condição sine qua non para uma verdadeira e esclarecida discussão.
Será também a oportunidade de aquilatarmos a viabilidade de uma coligação entre os partidos da extrema esquerda e o PS, caso este não consiga a maioria absoluta.
Vamos lá ver, então...
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