21.2.05

O futuro do PSD

O PSD não pode entrar na guerra que Santana deseja. É altura de o partido se unir.
O que os santanistas querem é entrar na lógica de que os votos que obtiveram são todos de apoio a Santana, o que, apesar do fracasso do partido, poderia transformá-lo, sozinho, numa força temível. Nada mais falso!
O que se deve retirar é que Santana levou o PSD a mínimos de votação históricos. E apenas isso. Ninguém duvide que, mesmo com o partido dividido, houve muitos que votaram PSD, mesmo não apoiando Santana. Só por brincadeira, ou manifesta má-fé, se pode dizer que esta votação representa um qualquer apoio a Santana.
A grandeza do PSD sempre esteve no facto de ter uma consciência crítica que nenhum partido em Portugal apresenta. O poder, só pelo poder, não interessa. É preciso ter condições e qualidades para o exercer. E foi isso que vários membros do partido viram que Santana não tinha. Um membro de um partido deve-lhe alguma fidelidade, mas não pode ser cego, sob pena de o levar à sua própria destruição.
Não duvido que o universo de apoio de Santana, a nível de congresso, até pode ser algum, devido às lógicas partidárias e aos seus interesses, mas ao nível de militantes ele é inexistente.
E acredito que Santana vai ver isso, agora ou mais tarde...

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