17.2.05

Morte na Cova da Moura

A morte de um agente da polícia na Cova da Moura é um acto bárbaro que deve, obviamente, ser motivo de profundo pesar e lamento. É uma pessoa que morre no nobre exercício da sua profissão.
No entanto acho ridículas as declarações do líder do "Sindicato dos Polícias Profisionais", ao responsabilizar directamente o governo pelo que aconteceu. A profissão de polícia é uma actividade de risco, que envolve inúmeros riscos e situações de perigo extremo. Infelizmente, situações como esta são passíveis de acontecer, por melhor que seja a protecção dos agentes. Mas é sempre esta a postura dos nossos dirigentes sindicais. Responsabilizar sempre os sucessivos governos, em tiradas demagógicas, raramente apontando soluções concretas e exequíveis para as soluções dos problemas.
Nunca os vi criticar tão veementemente certas reportagens que aparecem nas televisões, quando a polícia decide actuar em força (e bem) nesses bairros problemáticos. O complexo de esquerda que varre a nossa comunicação social não hesita em apontar o dedo aos agentes da polícia por certas atitudes que entendem como abuso de força e autoridade, mas esquecem-se da tensão do local e dos perigos que os rodeiam quando têm que intervir nesses locais. Os criminosos que habitam nesses bairros não pensam duas vezes em atirar para proteger a sua própria pele e o seu bando. Pior que isso, o próprio gozo de atacar a polícia justifica, por si só, o acto.
Isto independentemente dos graves problemas sociais que esse bairros vivem, mas que não podem servir para desculpar e esconder a violência e a barbárie de certas pessoas que neles vivem.
Lamentavelmente, para grande parte dos nossos jornalistas o polícia só é corajoso e passível de admiração quando é morto.

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