O meu balanço da campanha
Para se fazer um balanço desta campanha eleitoral temos de partir de uma premissa prévia: todos os líderes partidários eram melhores que Santana Lopes. Pelo menos foi o que toda a comunicação social se esforçou por mostrar. Talvez por isso, e apesar do leque de opções ser muito pobre, todos os líderes, à excepção de Santana, tiveram a sua quota de elogios, mesmo não fazendo grande coisa para isso, gozando de alguma benevolência na apreciação do que faziam, para contrapor aos ataques cerrados a Santana, em nome dos superiores interesses do país.
E começando por Santana Lopes, penso que esta campanha serviu para desfazer o mito de que era imbatível a esse nível. Ouvia-se frequentemente que era aí que Santana se sentia como peixe na água, sendo muito difícil fazer-lhe frente. A verdade é que nem foi preciso surgir alguém que lhe fizesse realmente frente, já que ele próprio se encarregou de desmentir essa ideia. Foi caindo em contradições, demasiado errante e aquela imagem de abandono a que foi votado pelas figuras do seu partido (por não acreditarem nele) também não ajudou. Santana é demasiado populista e as suas políticas não têm substância, por isso, num cargo como o de primeiro-ministro, onde é necessário demonstrar domínio da matéria e certeza nas afirmações, perde todo o brilho.
(continua)
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