31.12.06

2006/2007

O ano que hoje acaba teve como acontecimento final a morte de Saddam Hussein. No entanto o grande problema é que o Iraque não desaparece com o seu ex-ditador, continuando esse a ser um dos grandes desafios de 2007.
De resto, não deverá haver grandes novidades.
O Ocidente terá, cada vez mais, que olhar para a China e para a Índia, olhos nos olhos e não de cima, como sempre se habituara a fazer.
A Europa, sempre obcecada com os E.U.A., continuará a não se aperceber do cerco que se levanta à sua volta.
O governo lutará heroicamente contra o défice, obrigando-nos a pagar mais em troca de menos.
O aborto deverá ser finalmente liberalizado até às 10 semanas, ainda que ninguém tenha perdido tempo a explicar como é que essa liberalização irá ser feita.
Continuará a haver cooperação estratégica.
Na justiça, a habitual lentidão deverá evitar resultados concretos nos processos mais mediáticos.
No futebol, a única novidade deverá ser a de, pela primeira vez Mourinho ter de polir a sua estrela, que ameaça perder um pouco do seu brilho.

29.12.06

Adeus

Nunca mais trabalho em 2006.

Outros horizontes

A difícil vida dos muçulmanos no Ocidente, em "Antena Islâmica", por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.

28.12.06

Originalidade varzinista

Novo cemitério da Póvoa de Varzim evita ostentação do culto dos mortos.

Afinal havia outras

Os responsáveis pela animação sonora no centro de Braga decidiram mudar o lote de músicas nesta semana que antecede a passagem de ano.
Os ouvidos agradecem...

A ressaca

Os portugueses vivem em euforia durante a Páscoa, o mês de Agosto, antes do Natal e antes da Passagem de Ano. As superfícies comerciais enchem-se e o primeiro-ministro em funções regozija-se com as férias no Algarve e lança mensagens de optimismo e de recuperação sustentada.
Depois, vem o 1 de Setembro, o 26 de Dezembro e o 1 de Janeiro, e aí os telejornais encarregam-se de divulgar os relatórios, anunciar as subidas dos preços e escandalizam-se com o endividamento das famílias.

27.12.06

Gostava de acordar assim todos os dias

A melhor jogada de snooker de todos os tempos, numa das habituais pérolas descobertas por maradona, em A Causa Foi Modificada, e que não resisti a trazer para aqui.

26.12.06

Pós-Natal

Outros horizontes

Fogo-de-artifício, por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.

24.12.06

Feliz Natal

22.12.06

Outros horizontes II

De meter nojo! (2) no Blasfémias.

Cuspir para o ar

Como Vieira não teve a companhia de ninguém que possa escrever (ou pedir para) um livro sobre o dinheiro da transferência de Mantorras ou das suas conversas com Valentim Loureiro, pode sempre dar a sua opinião em prol da transparência do nosso futebol. E como também não há vergonha na cara e a imprensa benfiquista é bem selectiva...

Braga, uma escola

Polícia Municipal de Braga alvo de buscas por suspeita de peculato.

Outros horizontes

Os vigilantes da nossa sociedade, em "Milhões de polícias", por Vasco Pulido Valente, no Público, e "Paridade Parida", por Gabriel Silva, no Blasfémias.

O M.P. no processo administrativo

Uma área da Justiça que tem conhecido relevantes avanços em Portugal é a do Direito Administrativo.
Cada vez mais, os cidadãos têm noção dos seus direitos e garantias estando, por via disso, muito mais aptos e conscientes para lutar contra algumas arbitrariedades do Estado e da administração pública e dispostos a impedir que esses atropelos se efectivem na sua esfera jurídica.
Como resposta, quase todos os órgãos e institutos públicos possuem juristas a tempo inteiro, preparados para defender a posição estatal e demonstrar a bondade das suas decisões.
Esta agitação que se vive actualmente está bem patente nalgumas decisões governamentais que têm sido travadas pelos tribunais, com fundamento na sua ilegalidade, pese embora as boas intenções políticas que, eventualmente, possam ter.
No entanto, no actual contencioso administrativo existe uma posição cuja utilidade, com todos estes avanços, pode começar a ser posta em causa. Falo do Ministério Público.
O M. P., no nosso país, deve, por natureza, defender a verdade material, procurando ser isento, não fugindo o processo administrativo à regra, cabendo-lhe, nomeadamente, dar pareceres sobre as pretensões das partes. Porém, o facto de representar o Estado pode levá-lo a por os interesses deste acima dos do cidadão, mesmo quando tal não se justifique.
Ora, o Estado e todos os órgãos e institutos da administração pública, tal como disse anteriormente, possuem juristas contratados precisamente para defender as suas posições em tribunal, pelo que nunca poderá ser esse o papel do M. P., até por uma questão de igualdade entre as partes, obrigatória em tribunal.
De igual modo, os cidadãos têm os seus mandatários que se encarregarão de os defender, enquanto ao juiz caberá encontrar a verdade dos factos com a habitual independência e isenção.
Chega-se assim à conclusão de que, nalgumas acções, o papel do M.P. está verdadeiramente posto em causa, mais parecendo uma sombra que paira no processo, sem, no entanto, se vislumbrar a sua verdadeira utilidade.
Deste modo e dadas as óbvias e públicas carências que o sector penal possui, talvez fosse melhor reforçar os quadros do M.P. nessa área, esvaziando-se o mais possível o seu papel no processo administrativo ou, ao invés, conferir ao M.P. a exclusividade de representação do Estado no processo administrativo, poupando aos cofres do Estado a duplicação de encargos que se verifica com a contratação de juristas.

21.12.06

Solstício


Hoje começa o Inverno, é a noite mais longa do ano.

Afinal o Pai Natal não é gordinho...

Fiquei hoje a saber que ele leva debaixo do seu traje os artigos que roubou!
E as renas eram só para enganar...

20.12.06

Outros horizontes

A cada vez mais desigual luta entre uma administração fiscal que tudo pode e os contribuintes sérios (porque também os há), em "Um Estado com tiques de cobardia", no editorial de Paulo Ferreira, no Público.

Televisão no quarto

Ter televisão no quarto sempre foi um dos luxos que fui adiando ao longo dos anos.
Primeiro, em nome do meu aproveitamento escolar, uma vez que a minha capacidade de concentração já viajava o suficiente ao sabor das efémeras paixões adolescentes, dos jogos de futebol que tinham ido e haviam de vir e de tudo o que poderia fazer quando soltasse as amarras desse flagelo que era a época de exames.
Depois, porque sempre encarei o meu quarto como o último refúgio, o sítio onde poderia estar só, sossegado, londe de tudo, a rir, a chorar, a ler, a pensar, a reflectir, a desfazer intenções e a traçar planos. Era um mundo só meu ao qual a televisão poderia trazer demasiado ruído e distração, acabando por descaracterizá-lo.
No início deste Verão, já sem grandes estudos para realizar em casa, decidi-me a dar esse passo e comprei uma televisão que, com o seu ecrã LCD, trouxe óbvios benefícios decorativos ao espaço.
Até agora tudo tem decorrido com a normalidade desejada, já que vejo programas que já não me conseguiriam manter no sofá e acordo a saber as últimas do mundo.
No entanto, existe um senão. É que quando a televisão está desligada e eu acordado, aparece-me um enorme e vigilante quadro negro à frente, o que acaba por me obrigar a tê-la sempre ligada, nem que seja sem som.

19.12.06

Outros horizontes

Vodoo, por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.
A Parecerística, por João Gonçalves, no portugal dos pequeninos.

Apip

A Associação de Internos de Psiquiatria (Apip) realizou no último fim de semana o seu primeiro encontro de formação, em Sesimbra, sobre o tema das Psicoterapias. Esta asssociação representa cerca de 90% dos Médicos Internos da especialidade de Psiquiatria do país e nasceu há 2 anos por iniciativa de um grupo de internos de vários hospitais. Este projecto, que pretende defender e promover a qualidade do Internato de Psiquiatria e os interesses dos Médicos Internos organizará nos próximos tempos vários cursos de formação, em parceria com diversas entidades, e discutirá com várias Instituições, nomeadamente a Ordem dos Médicos e a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, alguns aspectos relevantes acerca do Internato e do estatuto do Médico Interno. As actividades desta Associação, da qual eu próprio serei Presidente no próximo biénio 2007-2008, podem ser acompanhadas no seu site oficial.

Rendamo-nos às evidências...

Apesar de não me identificar com a sua obra (gostos puramente pessoais), reconheço que Filipe La Féria é um dinamizador de sucesso, conseguindo ir ao encontro dos gostos culturais de algum público que, de outra forma, não se mobilizaria para qualquer iniciativa cultural que não o cinema. Assim, reconheço que ele será das poucas pessoas em Portugal que conseguiria aumentar de forma sustentada a afluência ao Rivoli, tal como o fez com o Politeama.

Desta forma, repugno totalmente a moção de censura que o PCP irá apresentar contra a privatização do Rivoli. Alegar falta de conhecimento do processo parece-me redutor e mesquinho.

Borda fora

Em Portugal, reformar a justiça implica sempre afastar as pessoas dos tribunais. Atente-se que os sucessivos governos não têm tido a preocupação de pôr a máquina a funcionar melhor, apenas estão interessados em que ela pura e simplesmente não tenha de funcionar.
Começou com as sucessivas descriminalizações dos cheques sem cobertura, no processo executivo, com a introdução dos agentes de execução, continuou com a nova lei do arrendamento e, agora, as alterações ao contencioso laboral. É a fórmula mágica, miraculosamente descoberta ainda no tempo de António Costa.
Aguardemos, porque mais virão, em sentido contrário ao das garantias...

18.12.06

Cansei de ser sexy



You knew my ideas when they were in my head
They were my secret evening plans
Wine then bed then more then again, wine then bad then more then again
Run run run, to make your heart shake,
Kiss kiss kiss will make this earth quake
I'm gonna get what I'm willin to take
This gotta worth the miles you made
Come back I'll warm you up,
Make me breakfast, I'll make it up
You're so talented I'm in love
Let's make love and listen death from above

Prioridades

Sou a favor da despenalização da IVG até às 10 semanas, mas discordo frontalmente que seja o SNS a financiar esta situação, com a excepção das situações já previstas na actual lei.

Músicas de Natal

Apesar da duplicidade de sentimentos que, por vezes, o Natal provoca, adoro esta época do ano.
A cor, as decorações e o ar ocupado das pessoas dão às ruas um frenesim e uma vida que não mais se atinge no resto do ano.
Com tudo isto, até a habitualmente difícil segunda-feira se distancia um pouco mais do Domingo.
No entanto, e como nada pode ser perfeito, os responsáveis pelas decorações do centro histórico da cidade de Braga, mais uma vez, encarregaram apenas quatro ou cinco músicas de fazerem a animação sonora durante toda esta quadra.
Conclusão: a quem se limita a andar às compras, o vaivém entre lojas fornece a distração necessária, mas quem, diariamente, trabalha nas imediações dificilmente voltará a ouvi-las com o mesmo sorriso.

17.12.06

Desplante

Ver hoje, na SIC-N, José Veiga sorridente, com a sua habitual boçalidade, a comentar o caso Carolina. É a vantagem de não ter vergonha na cara.

Domingo

Se tratamos os filhos por você quem devemos tratar por tu?

15.12.06

Livro esquecido

Quem terá (ou teria) mais credibilidade, Carolina Salgado ou Rui Mateus? Em Portugal, há livros e livros...

8 e 80


Hoje, observando as capas de dois jornais desportivos. N'A Bola, temos a capa ridícula com Maria José Morgado como a Dama de Ferro no futebol, já na segunda-feira, esse grande senhor do jornalismo imparcial e isento, João Bonzinho, tinha salientado a comparação de Carolina Salgado com Joana d'Arc. N'O Jogo, sempre comprometido, o Apito Dourado há muito que foi eliminado da actualidade desportiva, aparecendo ocasionalmente nos editoriais vergonhosos do desportivo da Olivedesportos.

Outros horizontes

A expressão do futebol na corrupção portuguesa, em "Ai, Carolina!", por Vasco Pulido Valente, no Público.

No entanto, penso que a análise de VPV acaba por ser um pouco redutora, uma vez que o futebol serve de desculpa fácil, e até de camuflagem, para a corrupção noutros sectores da sociedade portuguesa, nomeadamente, nas íntimas ligações entre a construção civil e as autarquias.

He´s coming home...

Espero que leve que contar.

E o Apito Dourado vai para...

Maria José Morgado recebeu o seu presente de Natal antecipado. Há anos que Morgado se tinha tornado num ícone do combate à corrupção no nosso país, e o processo do Apito Dourado assenta-lhe como uma luva.
Espero que esteja à altura do enorme desafio.

Globos de Ouro

A lista das nomeações para os Globos de Ouro pode ser consultada aqui.

24


Só agora comecei a ver a primeira temporada de 24, mas, por este andar, vou chegar à quinta.

14.12.06

Outros horizontes

Delírio, por Tiago Barbosa Ribeiro, no Kontratempos, excerto de um texto publicado no Avante.
Poder, corrupção e futebol, no ÍnDex.

Será que é desta?


O PGR nomeou Maria José Morgado para coordenar os processos relacionados com o Apito Dourado.

Iguais, mas nem tanto...

Palavras de Ricardo Rocha, à TSF, concordando com a chamada de Pepe à selecção nacional, sobre o modo como o jogador do FC Porto seria recebido no balneário:

"No futebol, os portugueses são conhecidos por receberem bem os estrangeiros."

13.12.06

Sobrelotação

Ainda mal refeitos da recepção a Augusto Pinochet, parece que lá, no inferno, anda tudo muito preocupado a tentar arranjar um lugarzinho para Fidel Castro ainda antes do Natal...

Juízes fora do futebol II

No meu post, "Juízes fora do futebol", nunca pretendi defender a continuação dos magistrados nos órgãos jurisdicionais do futebol. Bem pelo contrário, penso que, em nome da sua independência, não deveriam poder assumir mais nenhuma função que não a de magistrados.
O que acho muito estranho é que o Conselho Superior da Magistratura tenha mudado de opinião, sem que alguma vez tivesse actuado, quando confrontado (que saibamos) com alguma situação menos clara.
E, portanto, das duas uma: ou nunca houve qualquer problema e, portanto, não se justificaria a sua mudança de posição, ou não actuou quando deveria ter actuado.

Orientadores de estágio

No último fim-de-semana, a comunicação social anunciou que o Ministério da Educação se preparava para deixar de pagar incentivos aos professores que orientassem os estágios dos seus futuros colegas.
Na globalidade, e já aqui o escrevi, tenho concordado com a política da ministra da Educação. A actuação de Maria de Lurdes Rodrigues tem-se pautado pela intenção de premiar o mérito e o esforço e de acabar com a acomodação e facilistismo que, ao longo dos anos, se foi instalando no ensino público português.
No entanto, esta medida contraria totalmente esses princípios. Parece-me óbvio que um professor que orienta o estágio de outros deve ser pago por isso, uma vez que se vê obrigado a despender mais tempo e empenho do que os seus colegas que se limitam às suas funções originais.
Argumentar-se que é a lei que o obriga, ao proibir o pagamento de qualquer salário aos estagiários, é totalmente absurdo, uma vez que os papéis são completamente distintos. Enquanto os orientadores estão a prestar um serviço ao Estado, ajudando na formação de novos professores, os estagiários encontram-se no seu processo de formação, valorizando-se e adquirindo competências para entrar no mercado de trabalho.
À primeira vista, esta decisão parece uma mero corte cego, apenas motivada por razões orçamentais.

12.12.06

Importa-se de repetir?

"O Estado tem, assim, de seguir o exemplo do poder local e deixar de ser gastador, por forma a poder equilibrar as contas públicas", Fernando Ruas, na sessão de abertura do Congresso do Poder Local.

Inverno


Detesto o horário de Inverno, a pequenez do dia. São 5 horas e já não há luz...

Aniversário

Este blogue fez dois anos no passado dia 3 de Dezembro.

Para não variar, nem nós reparamos nisso. No entanto, penso que é um marco que deve ser assinalado.
Dificilmente, quando se iniciou esta experiência, alguém pensou que este projecto iria durar tanto. É certo que alternou momentos melhores com outros piores, teve altos e baixos, momentos mais motivadores e outros menos, mas isso é apenas a vida.

Saborosa

O FC Porto demonstrou, ontem, frente ao Nacional da Madeira, verdadeira mentalidade de campeão. Num estádio, ou melhor, num campo muito difícil, quer para os jogadores quer para os telespectadores, o treinador e os jogadores portistas souberam ganhar o jogo.

P.S. - Provavelmente, se tivesse sido o Sporting ou o Benfica, hoje apenas se falaria dos dois penaltis que ficaram por marcar e do cartão vermelho por mostrar a Ávalos (um dos mais fiéis discípulos de Jaime Pacheco). Aí é que se vê a mentalidade.

P.S. 2 - E, assim, chegamos ao post 1000 deste blogue. Muito obrigado a todos os que contribuíram para lá chegarmos.

11.12.06

Outros horizontes

Ler, no Mar Salgado, "O Regresso dos Patrulheiros" e "Coutadas", por Filipe Nunes Vicente.
Relativamente ao último post, não há dúvida que os maiores adversários da vitória do Sim no referendo (que eu defendo) vão ser as má companhias. Se a campanha pelo Sim for dominada pelo BE, pelo PC e por todas aquelas associações (especializadas no folclore), mais aumentam as hipóteses do Não vencer.

Publicidade na rádio

A publicidade nas rádios portuguesas é um verdadeiro flagelo auditivo, a obsessão pelo humor torna os intervalos publicitários momentos obrigatórios para mudar de estação. Será que ninguém repara que aquela repetição ad nauseum é verdadeiramente insuportável, será que não se consegue fazer publicidade sem a pretensão de ser engraçado?

Aliás, agora devem ter chegado à conclusão que somos mesmo um país de engraçadinhos, não há estação de rádio que não tenha o seu programa de humor (quase sempre de uma mediocridade confrangedora).

Juízes fora do futebol

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) proibiu os juízes de participarem nos órgãos disciplinadores do futebol, numa medida que foi apresentada como exemplar no sentido de moralizar o sector da justiça.
Quem acompanha tudo que se passa no futebol não pode deixar de, num primeiro momento, apoiar a decisão. No entanto, essa resolução apresentada só por si, sem nenhum tipo de actuação prévia, deixa no ar algumas questões.
A verdade é que a proibição do CSM surge sem que nunca nenhum juiz tivesse sido especialmente punido ou censurado por parte daquele organismo por alguma questão relacionada com a sua actuação na vida do nosso futebol.
Objectivamente, o CSM não tem qualquer razão concreta para implementar essa proibição. Aos seus olhos, os juizes eram pessoas de bem que poderiam levar a sua isenção e imparcialidade para os órgãos jurisdicionais do futebol e continuam a sê-lo, sem que a actuação disciplinar do CSM nos possa induzir a pensar o contrário. Se existe algo de mal no futebol, nada melhor que haver juízes por perto para denunciar e acabar com as situações.
Deste modo, levando em conta a tradicional mentalidade portuguesa de enterrar a cabeça na areia e toda a visibilidade que o futebol gera, somos levados a crer que a dita proibição apenas serve, em última análise, para afastar da praça pública uma série de incómodas e sonoras trapalhadas às quais apenas devem ter acesso aqueles que, diariamente, frequentam os tribunais e têm de trabalhar e reagir a alguns doutos acórdãos e sentenças.

Estado vs Privados - modelo de organização

O Estado vai finalmente proceder a uma reforma na gestão dos seus recursos, adoptando um modelo semelhante ao que as grandes organizações privadas construíram no fim dos anos 90: a criação de uma empresa de serviços partilhados, para gerir os funcionários excedentários, pagar salários, comprar bens e serviços e gerir a frota automóvel do Estado.

Está-me a parecer que o mesmo o socialismo começa a reconhecer vantagens no modelo liberal…
Será este um passo de preparação para a privatização de mais umas fatias do estado português
?

8.12.06

Outros horizontes

Os super-poderes da Entidade Reguladora da Comunicação, em "A infâmia da censura", por José Manuel Fernandes, no Público.

7.12.06

O instrumento

Palavras da jornalista da RTP, na reportagem do Telejornal, referindo-se a Ségolène Royal e a José Sócrates, "a dupla mais brilhante do congresso dos socialistas europeus (...)".
Querem informação mais objectiva e puramente factual?

Ano vintage...

Apesar de todas as tentativas para nos mostrarem que apenas o Benfica jogava ontem, o FC Porto cumpriu a obrigação e passou à próxima fase da Liga dos Campeões. Penso que, caso o sorteio ajude, pode chegar longe na competição.
Em Fevereiro, a uma equipa que já demonstra um elevado grau de confiança nas suas capacidades, juntar-se-ão Anderson e Pedro Emanuel.

6.12.06

Theatro Circo

No último fim-de-semana, fui assistir à peça "As mulheres da minha vida", com António Fagundes, aproveitando para, finalmente, conhecer o novo Theatro Circo, em Braga.
Apesar de ter gostado da peça, o que mais me agradou foi, sem dúvida, a sala de espectáculos, mostrando que Braga quer deixar para trás a menoridade cultural para a qual a cidade foi atirada nos últimos anos, obrigando os seus habitantes, quando queriam assistir a algum espectáculo de maior renome, a deslocar-se ao Porto, ou mesmo Guimarães e até a V.N. de Famalicão.
Pese embora a sumptuosidade evidenciada em tempos de crise, a sala está muito bonita, alegre, juntando-se ao seu traço original os tons dourados, entre o vermelho e o branco. Além disso, apresenta-se bem equipada e com todo o conforto, proporcionando a quem dela se serve, espectadores e artistas, todos as condições para de lá saírem satisfeitos. A acústica é excelente, tal como a insonorização, que resistiu até aos protestos daqueles que pensam que o simples facto de ter comprado o bilhete lhes dá o direito de chegar a meio do espectáculo.
Deste modo, e olhando para tudo o que nos rodeia, compreende-se melhor as palavras desse verdadeiro zelador da coisa pública que é Mesquita Machado, na reabertura do espaço: "não houve derrapagem financeira, apenas alterações ao projecto".

5.12.06

O Mauzão


Eduardo Prado Coelho, contrapondo o que Armando Silva Carvalho terá escrito sobre ele n'O Livro do Meio, escreve hoje no Público: "(...) nada tenho de bonacheirão. Sou bastante frio e por dentro por vezes bastante cruel no olhar que tenho sobre os outros.(...)".

4.12.06

Casino Royale


***

Mín. * Máx. *****

P.S. - Pode até ser o melhor Bond dos últimos tempos mas não me rendo à escolha de Daniel Craig. Como escreveu Paulo Portas no Sol: "Há algo de classless neste 007".

A Rainha


***

Mín. * Máx. *****

P.S. - Helen Mirren merece *****.

Ciclo vicioso

Em Portugal, há uma realidade informativa que aniquila os pequenos clubes, aumentado o fosso destes para os chamados “três grandes”, Porto, Benfica e Sporting.
Cada vez mais, a comunicação social só dá importância aos grandes clubes, passando para segundo, ou terceiro plano, os demais. É compreensível que são os grandes clubes (que em Portugal são só três!) que vendem jornais, que dão audiência às televisões, mas isto é um ciclo vicioso. As novas gerações estão continuamente a ser “empurradas” para serem adeptas do Porto, Sporting ou Benfica e não dos clubes das suas terras! Estas situações são notórias nos novos estádios que só têm assistências representativas nos jogos em que intervêm os “três grandes”. Isto acontece porque, cada vez mais, os novos adeptos continuam a torcer apenas pelo Benfica, Sporting ou Porto, e não pelos clubes das terras onde vivem!
Para corroborar esta análise e demonstrar esta realidade do País, há uns dias atrás o meu pai foi contactado pela Sport TV para um inquérito que visava essencialmente a subscrição deste serviço.
Após algumas perguntas de âmbito qualitativo do serviço de cabo, tais como, "está contente com a qualidade dos canais da Netcabo?", surge a pergunta: - de que clube é? O meu pai respondeu prontamente: - do S.C. de Braga! Qual não é o espanto do meu pai, e meu, quando a menina que está do outro lado da linha responde: - mas por qual dos “três grandes” é que torce? Após várias insistências por parte da referida menina em saber se o meu pai torcia por “algum” clube, e sempre com a resposta de que era adepto do S.C. de Braga, eis que o inquérito termina sem que a questionadora tenha considerado respondida a questão, "de que clube é?".
Será que não podemos ser de outro clube que não do Sporting, Porto ou Benfica?

30.11.06

Quatro por três

Todas as sextas deviam ser à quinta.

28.11.06

O pequeno mundo do BE

Relativamente às eventuais medidas de flexibilização dos despedimentos, disse hoje a deputada do BE, Mariana Aiveca: "Portugal é um dos países com menores salários e protecção social da UE e mesmo do mundo" (cito de cor).

Sinais da evolução...

Há cerca de 100 anos, Einstein formulou uma charada que, segundo ele, apenas seria resolúvel por cerca de 2% das pessoas.
No entanto, todos os testemunhos de que tomei conhecimento responderam que tinham concluído com sucesso... Concluo, desta forma, que ou as populações evoluíram na sua capacidade lógica e de modelização espacial ou no seu receio de exclusão social se assumissem que não tinham sido capazes!

Ver charada aqui.

(se quiserem fazer um levantamento dos testemunhos de sucesso ou insucesso, poderão começar já pelo meu: consegui, com papel e caneta! Misturada no meio da - quase - totalidade de respostas que certamente obterão semelhantes à minha, esta seguramente será também alvo de cepticismo!)

Outros horizontes

As inqualificáveis declarações de Hermínio Loureiro, em "Preocupações", por Francisco José Viegas, no Origem das Espécies.

Uma no cravo...

Pelos vistos, o governo encontra-se a estudar um modelo de legislação laboral, que já é aplicado na Holanda e na Dinamarca, em que se prevê uma maior flexibilização do despedimento em troca de maiores regalias sociais.

Em primeiro lugar, olhando para esta medida deve sempre levar-se em consideração que estamos a falar de mercados de trabalho e economias muito distintas.
Posto isto, não há dúvida que a previsão de maiores regalias sociais é um isco para não afastar a priori os nossos dinâmicos sindicatos da discussão, levando-os a pensar que, como eles, ainda se acredita que vivemos naquele mundo em que o Estado podia distribuir dinheiro a rodos, sem precisar de olhar para a factura.
No entanto, olhando para a realidade e para o que se tem passado nos últimos meses, não me parece que o governo possua margem de manobra suficiente para, em consciência, poder reforçar o apoio aos trabalhadores e desempregados.
A única via para o fazer seria através do aumento dos impostos que iriam estrangular ainda mais a bolsa dos portugueses e as empresas que, com esta medida, se pretende, aparentemente, ajudar e tornar mais competitivas.
Por muito que seja politicamente incorrecto, a verdade é que, em Portugal, a flexibilizaçao do despedimento tem de ser feita por si só, sem qualquer tipo de concessão.

27.11.06

Co-incineração em Souselas

Em despacho emitido durante o passado mês de Agosto, o Governo conseguiu dispensar a Cimpor de Souselas do procedimento de avaliação de impacte ambiental que a lei obriga, limitando a cimenteira ao cumprimento de medidas de minimização.

No entanto, soube-se hoje que a providência cautelar interposta pela Câmara Municipal de Coimbra (em Setembro) teve os efeitos desejados: o Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra decidiu-se pela a suspensão do referido despacho!

Parece haver aqui alguma descoordenação nos nossos órgãos de soberania...

24.11.06

Aprendizagem da manifestação

Independentemente de serem espontâneas ou não, só quem nunca frequentou o liceu ou nasceu com uma idade mental de 50 anos é que poderá dar alguma importância às manifestações dos estudantes do ensino secundário.
O que sempre motivou este tipo de iniciativas foi o prazer imediato de poder faltar às aulas, sem enfrentar a responsabilidade e o incómodo de o fazer sozinho, desta vez com o incentivo adicional de saber que aquele programa que, teimosa e diariamente, interrompe os Morangos com Açucar encerra a secreta esperança de se ver na televisão.
No mais, tudo não passa de uma série de gritos mais ou menos ensaiados, em que as aulas de substituição tomam o lugar das já gastas aulas de 90 minutos, das provas nacionais e daquele que já é um clássico, "queremos educação sexual".

23.11.06

Outros horizontes

O radar a apitar por todos os lados, no último "Detector de Spin", por Paulo Gorjão, no Bloguítica.

Regular as televisões

Aproveitando a recente iniciativa governamental de colocar novas normas na transmissão e na programação dos canais televisivos, podia ser criada uma lei que impedisse a participação das pessoas sem barba no programa Quadratura do Círculo, na SIC-N.

22.11.06

Ver para além de...


Publicidade da revista Now.

A entrevista presidencial

Sobre a entrevista do Presidente da República, apenas queria dar conta de alguns apontamentos.
Ao contrário do que muitos escreveram, penso que Cavaco Silva decidiu conceder esta entrevista com um claro objectivo: mostrar que, desde o dia em que os portugueses lhe confiaram o cargo, traçou um rumo e um caminho que, na sua opinião, será aquele que melhor defenderá os interesses do país.
Traçado e definido esse rumo, o presidente demonstrou e tem demonstrado que está na disposição de apoiar Sócrates e o seu governo, desde que estes conduzam a sua actuação pelos caminhos por ele traçados, não por uma questão de obrigação, entenda-se, mas por uma questão de sintonia.
Enquanto isto acontecer, o presidente caminhará dando a mão ao governo, caso contrário, a distância que os separará impossibilitará grandes entendimentos, dando lugar a cooperaçao estratégica a uma nova fase.
Este entendimento dos poderes presidenciais enquadra-se no perfil de Cavaco Silva, apesar de poder desiludir alguns dos seus apoiantes e vorazes comentadores políticos. É menos excitante e apaixonante do que o seu comportamento enquanto primeiro-ministro, mas isso deve-se mais à natureza dos cargos e dos poderes neles previstos, do que a alguma mudança no carácter ou na personalidade de Cavaco.
Quer isto dizer que o Presidente da República quis afirmar, mais uma vez, para não contarem com ele para a intriga política ou conspiração estratégica, já que apenas pretende cumprir o seu papel, desempenhando o seu cargo, não estando nos seus horizontes substituir ninguém.
No entanto, ao assumir claramente esta posição, Cavaco deverá ter o cuidado de não afiançar a politica governativa, já que corre sérios riscos de perder a margem de manobra necessária quando e se necessitar de chamar o executivo à pedra.

20.11.06

José Veiga

O que dirá, agora, a imprensa desportiva portuguesa, sempre pronta a caucionar qualquer um que afronte Pinto da Costa?

Novo patamar


Mesmo para quem era um fã incondicional de Sampras, é impossível não se render ao jogo sublime de Roger Federer.
O Masters de Xangai foi apenas mais uma ocasião para todos poderem aprender.

17.11.06

Publicidade Institucional


Unicer inova, o consumidor agradece!

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Menino guerreiro

Será que todos aqueles que contactaram com Pedro Santana Lopes, via telemóvel, sabiam que se estavam a alistar no serviço militar?

15.11.06

Atitudes implacáveis

De acordo com o jornal Público, o fisco penhorou quase 7000 automóveis de contribuintes com dívidas fiscais. De entre estes, destacam-se 531 Mercedes, 309 Volvo, 165 BMW, 84 Audi, nove Porsche e sete Jaguar.

O valor dos veículos alvo desta penhora indicia que estamos perante proprietários com uma certa influência na nossa sociedade, pelo que a verificar-se o previsto desenrolar deste processo (pagamento das dívidas ou imobilização e venda em hasta pública) terei que tirar o chapéu a mais uma atitude corajosa deste governo.

Aguardaremos...

14.11.06

Outros Abismos

Como leitura humorística recomendo o Jornal da Família que descobri via Mar Salgado.

Fica aqui um excerto: "Qual o pai, por mais devasso que fosse, levava a filha ao bordel? Apresentaria a proxenetas? Ou a familiarizava com rameiras? Todavia colocam, nos quartos dos filhos, computadores, sem filtro, que são janelas e portas, às redes mafiosas."

Outros Horizontes

Já tinha referido as práticas pouco defensivas do consumidor da DECO neste post. Ler "Em casa de ferreiro..." no Blasfémias.

Atestado Cultural

O intelectual-mor da nação, Eduardo Prado Coelho, escreve no Público de hoje, referindo-se a Rui Rio, Azevedo Soares e Miguel Relvas :"Nunca os vi num concerto, numa exposição, num espectáculo de dança ou teatro. Incultos mas rancorosos." Depois de ter lançado uma nova definição de anonimato na blogosfera (entenda-se não ser conhecido por EPC), ficamos a saber que a participação numa actividade cultural sem o conhecimento do omnisciente EPC nada conta. Fica o registo, avisem o EPC primeiro...

Valores mais altos

Pedro Santana Lopes, no seu livro acerca da sua curta experiência como primeiro-ministro, fala de uma convergência de interesses que forçaram a sua saída.

Concordo. E um acima de todos: o interesse nacional.

13.11.06

Entre Inimigos


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Mín. * Máx. *****

Outros horizontes

A luta de Rui Rio e o corte (precipitado, digo eu) de todos os subsídios à cultura, em "Rio e a cultura", por Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.

Mau começo

Daniel Fernandes, convocado para a selecção portuguesa para defrontar o Cazaquistão, a propósito dos exemplos a seguir:

"Quando era pequeno o meu ídolo era o Vítor Baía."

Ou demonstra a Scolari que já cresceu, e muito, ou então não deverá voltar tão cedo.

Estratégia, precisa-se!!!

Estou muito preocupado com os investimentos que estão programados para o novo Aeroporto da Ota e para o famigerado "TGV". Represento uma classe de jovens no início da sua vida profissional, em que os investimentos feitos hoje serão, com certeza, reflectidos amanhã. Não podemos permitir que aniquilem o nosso futuro com investimentos megalómanos que nos irão levar para dívidas que não sabemos quando iremos pagar, e hipotecar de uma vez o futuro do País. Parece-me que investimentos desta ordem de grandeza teriam que ser referendados (não é que eu seja muito apologista de referendos), no entanto, os nossos políticos preocupam-se, porque não dizê-lo, com questões de menor importância face à nossa realidade, como a legalização do aborto e outros. Aquilo que é mais premente e que representa o futuro do país não será objecto de um referendo, preferindo-se que o chamado lobby do betão dê sinais do seu forte poder instalado.
Analisando com coerência, objectividade e, principalmente estratégia governativa, vêmos que não faz sentido nenhum ter uma viagem de TGV Porto/Lisboa para poupar no máximo 45 minutos! Será que vale a pena ter um investimento de milhões, num País pobre com graves assimetrias sociais e estruturais, para ter um KPI (key performance indicator) minuto/(milhões de euros)?. Podemos, isso sim, melhorar a linha do norte e aproveitar o Alfa-Pendular para essa viagem, sabendo que a velocidade máxima do Alfa-Pendular é de 250 km/h!?, e não é preciso ser-se especialista para se afirmar que, com esta velocidade máxima, o Alfa-Pendular iria satisfazer todas as necessidades que hoje se colocam. A única viagem que, no meu entender, seria essencial para o nosso desenvolvimento, perspectivando uma estratégia europeia, é o troço Lisboa/Madrid em TGV. Essa ligação permitir-nos-ia estar ligados à Europa, ter uma ligação rápida a Madrid, (que se afirma cada vez como a grande capital Ibérica), e não defraudar as expectativas da União Europeia em relação a estes investimentos comparticipados. Não podemos ser patriotas sectários, temos que assumir que Nuestros Hermanos estão muito à nossa frente no que a desenvolvimento estrutural e economico diz respeito.
O futuro novo Aeroporto da Ota representa aquilo que de mais absurdo está a acontecer. Não somos, como já tinha afirmado, um País rico, não temos petróleo, não temos ouro. A única riqueza que podemos explorar é o turismo e as divisas que daí advêm, por isto, a falta de visão deste governo é assustadora. Muitos dos turistas que nos visitam escolhem Lisboa pela proximidade do aeroporto do seu centro turístico. Se, como se tem afirmado, o Aeroporto de Lisboa não vai satisfazer as necessidades futuras do País ou da capital, estão, continuo a afirmar, temos que definir uma estratégia de "ataque". Temos uma fantástico Aeroporto, aqui, no Norte - Aeroporto do Porto. Este Aeroporto daria para todos os voos chamados low cost, com alguns voos estratégicos europeus e das ilhas, o Aeroporto de Faro, também para os voos de low cost e para viagens europeias. Os utilizadores destes voos, como são de baixo custo, não se importam de viajar mais alguns kilometros para ter bilhetes mais baratos, os targets deste tipos de voos são diferentes dos voos regulares. O Aeroporto de Lisboa não teria quaisquer voos low cost, dando preferência a voos europeus e voos para Africa e América do Sul. Em relação a todos os outros, aproveitando a ligação do TGV de Lisboa/Madrid, far-se-ia um acordo entre as duas entidades, para permitir coordenar voos com as ligações de TGV. Isto sim, é estratégia, para um País que não pode gastar a seu belo prazer e principalmente com vícios dos países ricos.
Embora todos nós gostássemos de ter mais facilidades estruturais e que o País fosse mais desenvolvido social e culturalmente, no entanto, temos que nos cingir àquilo que somos, e escolher conscientemente, aquilo que são as prioridades do País e os investimentos que são rentáveis para o desenvolvimento deste. As ajudas da União Europeia, no âmbito dos Quadros Comunitários de Apoio, não são suficientemente vantajosas para que estes projectos sejam concretizáveis.
Por tudo isto, alerto a nossa opinião pública para estes projectos megalómanos que nos vão levar à ruína e serão as gerações futuras a "pagar" estes erros clamorosos da nossa classe política.

11.11.06

Ele há cada coincidência

Um problema técnico no Telejornal, da RTP, impediu que a reportagem sobre a presença e o discurso de Manuel Alegre no Congresso do PS chegasse até ao fim...

10.11.06

Outros horizontes

"O líder da oposição", por Constança Cunha e Sá, e "Vitória Inútil", por Vasco Pulido Valente, no Público (links indisponíveis).

Coisa difíceis de compreender II

Para quê renovar nesta altura o contrato do Jesualdo? Para pagar uma indemnização maior?

Coisas difíceis de compreender

Jorge Costa aceitar o cargo de treinador-adjunto de Rogério Gonçalves...

Será desta?


Sem me atrever a antecipar a sumária classificação oficial do Horácio, o desempenho deste senhor de cima em "Departed", deve, finalmente, valer-lhe o Óscar...

Os perigos da greve - II

Aflige-me a falta de responsabilidade demonstrada por uma sindicalista do INEM (Ana Avoila), ao referir que "Consideramos ilegal que o presidente do INEM tenha enviado um comunicado aos trabalhadores a coagir os trabalhadores a não aderirem a greve alegando serviços mínimos que não se aplicam neste caso".

Não se aplicam neste caso?

Imagino-me numa (espero que muito remota) situação de algum familiar ou amigo necessitar dos serviços do INEM (essenciais numa sociedade moderna) . Acrescento a este cenário uma conjuntura de greve, que me levaria ao desespero de não ter interlocutor na chamada telefónica ou de, num diálogo com um membro mais responsável que assegurasse o funcionamento do atendimento telefónico ao utente do INEM, receber a desoladora notícia de que os serviços não estão assegurados por greve dos funcionários.

Certo estou de que essa senhora iria formar uma nova opinião relativamente à existência desses serviços mínimos, dessa vez na pele de utente...

9.11.06

Os perigos da greve

Hoje, de manhã, na Sic-N, um senhor de barbas, representante dos sindicatos da função pública, regozijava-se com os resultados da greve anunciada, destacando a coragem dos trabalhadores, que tinham resisitido às manobras de intimidação e ameaça que tinham sofrido nos respectivos serviços.
Será que acreditava mesmo no que dizia ou simplesmente não reparou que acordou no séc. XXI?

8.11.06

A raiz de todos os males

George W. Bush teve, ontem, um (merecido) desaire, nas eleições para a Câmara dos Representantes.
No entanto, a muitos daqueles que, hoje, se congratulam com o resultado eleitoral, deve-se recordar isso mesmo. Trataram-se de eleições, facto que muitas vezes costumam esquecer quando, inacreditavelmente, comparam os regimes e os líderes dos E.U.A. aos de outros países.
Além do mais, e para todos aqueles que olham, agora, com redobrado optimismo para o futuro dos Estados Unidos e do mundo, convém lembrar o que os mesmos disseram daquele país e dos seus líderes, antes da entrada em cena de Bush filho. Vão, certamente, encontrar muitas semelhanças com o que têm dito nos últimos tempos, com excepção dos insultos pessoais ao presidente.

Energias renováveis


Na era das energias renováveis, as quais eu naturalmente defendo, fui encontrando argumentos que sustentam alguma reserva à implantação massiva deste tipo de soluções em pura substituição das chamadas "energias poluentes". Centrar-me-ei em duas observações relativas aos parques eólicos, cuja beleza e imponência de cada unidade começa a esbater-se nos montes-paliteiro que podemos já hoje encontrar nas zonas litorais.

(verídico) Uma entidade responsável pela construção de um desses parques eólicos referia que a região que iria ser alimentada com essa energia se tornaria autosuficiente. Quando questionada sobre a possibilidade de inexistência de vento durante 2 ou 3 dias, fenómeno que não é incomum ou improvável, essa entidade respondeu: bem... nesse caso teremos que recorrer a outra fonte!
Autosuficiente? Ora bolas...

Outra situação foi-me referida pelo meu pai, a quem admiro a visão estratégica e a quem já reconheci a correcção de muitas previsões. Num misto de parecer técnico e opinião lógica, relembra que o vento é uma massa de ar em movimento que, apesar de não se esgotar, sofre alterações com a existência de barreiras no seu caminho. O aerogerador é uma barreira que teremos que levar em conta, pois estamos a falar de um mecanismo com 70 metros de diâmetro de rotor (alguns até mais) que absorve muitíssima energia dessa massa de ar! Tal significa que estaremos a influenciar significativamente os ventos das regiões suas receptoras. Como primeiros impactos, variações nos ambientes climatéricos: não só do vale que se encontra por perto dos aerogeradores, mas de grandes regiões que se situem por detrás de complexos paliteiro-montanhosos.

Relembro que defendo as energias renováveis, mas a cautela, moderação e acompanhamento de impactos deverão sobrepor-se ao cenário florido que é, por muitos, pintado.

7.11.06

Job for the boy

Atente-se, numa página web de ofertas de emprego para o sector público, na oportunidade para um cargo de administrador hospitalar (OE200611/0019) com o requisito profissional "Curso de Administração Hospitalar ministrado pela Escola Nacional de Saúde Publica da Universidade Nova Lisboa".

Creio que só falta colocar o número de estudante... ou mesmo o nome!

Desencontros

Em Janeiro deste ano, escrevi este post, a propósito do adiamento de um julgamento pelo facto do juiz estar ocupado noutra diligência anteriormente agendada.
Entretanto, esse mesmo julgamento voltou a ser adiado em meados deste ano, já que, apesar do juiz estar presente e pronto a fazer a diligência, o processo tinha sido enviado para o tribunal sede do círculo judicial e ainda não tinha sido devolvido.
Hoje, voltei a fazer-me ao caminho, enfrentando o piso molhado, as curvas e o nevoeiro. Após uma hora de espera, a comunicação: desta vez o processo estava lá, mas o senhor juiz estava numa outra audiência, também anteriormente agendada, noutra comarca, pelo que não poderia estar presente.

Enfim, pode ser que algum dia se encontrem...

Outros Horizontes

Não pude ver a entrevista que Marques Mendes concedeu à SIC-N, no Domingo. Sobre esta mesma entrevista, ler "O Chefe da Oposição", no Da Literatura.

6.11.06

Pena de morte


Por princípio, sou contra a pena de morte. Nenhum ser humano, quaisquer que sejam os poderes em que está investido, tem autoridade suficiente para poder decidir onde e quando é que a vida de outro ser humano acaba.
O Iraque decidiu aplicar a pena capital, por enforcamento, ao seu ex-líder. Independentemente de todos os condicionalismos que rodearam o julgamento e do risco que se poderá correr ao criar-se mais um mártir naquela região, penso que dificilmente o mundo sentirá saudades do sanguinário Saddam Hussein.

4.11.06

Outros horizontes

Ler "O realismo socialista" por Helena Matos no Público de hoje (link só para assinantes).

3.11.06

Justiça célere

Notificação recebida de um tribunal deste país:

Designa-se a audiência de discussão e julgamento para o dia 3 de Abril de... 2008.

Outros horizontes

O cada vez mais difícil dia a dia português, em "O Inverno do nosso descontentamento", por José Pacheco Pereira, no Abrupto (artigo no Público, de ontem).

2.11.06

Paulo Bento

Políticas solarengas


















Sendo um simpatizante da ciência meteorológica, e com uma actividade profissional que me obriga a deslocações (e, portanto, a frequentes períodos longe da possibilidade de rápida adaptação a alterações climatéricas), acompanho com duplo interesse as previsões de diversas fontes deste tipo de informação.

Embora ainda não tenha tido a iniciativa de formalizar uma base de dados de desvios previsão/real por cada fonte de informação, consigo retirar (de memória, pela evidente tendência que uma das fontes apresenta face às outras) uma clara conclusão: o nosso Instituto de Meteorologia (organismo pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) apresenta os mais gritantes erros de previsão. Sem hesitar, vou ainda mais longe ao assumir que o dado de previsão a 3 dias do weatheronline (o site que mais utilizo, por considerá-lo mais sólido e user friendly) é mais fidedigno do que o dado de véspera do Instituto de Meteorologia.

Embora com competências que ultrapassam a previsão climatérica, verificamos que grande parte do organigrama deste organismo público está orientado para prestar à sociedade um serviço neste domínio. Confesso que não conheço o investimento associado à manutenção do referido Instituto, mas um dia recolherei essa informação.

Para segundas núpcias deixarei também um comentário ao valor (de mercado) que os terrenos por eles utilizados representam nas principais cidades (não directamente para construção, mas pelo menos para utilização pública).

O Diabo Veste Prada


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Mín. * Máx. *****

P.S. - A presença de Meryl Streep justifica as estrelas

1.11.06

Síndrome de morte súbita

O Público noticia hoje que uma equipa de médicos da Universidade de Harvard terá descoberto a origem do síndrome de morte súbita que afecta alguns bebés no primeiro ano de vida. Segundo os cientistas, o problema reside em anomalias nos neurónios do tronco cerebral. O estudo será publicado esta semana no Journal of the American Medical Association.

31.10.06

Importações

A Bola ao serviço do Benfica

Presumo que a resposta do Benfica ao comunicado do Porto sobre a lesão do Anderson tenha sido feita pelo jornalista Fernando Guerra, do jornal A Bola, em mais um brilhante artigo de opinião intitulado "Sem pingo de pudor" (link não disponível). É ao ler estas edificantes provas de independência jornalística que lembro como fiz bem em deixar de comprar este jornal.

Feriado e arredores...

Onde há um feriado, há uma pausa...
onde há uma véspera de feriado, há uma sexta-feira...
onde há um dia seguinte ao feriado, há uma segunda-feira...

e a produtividade, onde está?

Não entendo porque é que, a bem de todos, nunca se avançou com a ideia de juntar os feriados aos fins de semana... seria uma medida que, seguramente, traria ao país inúmeras vantagens de carácter económico e social.

Caos nas Urgências dos HUC

Nos Hospitais da Universidade de Coimbra está-se a passar algo de inusitado. O Director Clínico escalou, a título compulsivo, Médicos Internos de várias especialidades (entre as quais a minha) para prestarem 12h de serviço na Urgência, na área de Medicina Geral (vulgarmente conhecida como triagem, pela natureza pouco urgente dos casos que lá são vistos), já a partir de amanhã, alegando que não existem outros profissionais para executarem esse serviço que até ao momento era assegurado por Médicos do Internato Geral sob orientação de especialistas de Medicina Interna. Assim, o Conselho de Administração dos HUC, sob proposta do Director Clínico, determinou que a escala para a urgência de Medicina Geral é prioritária relativamente às outras escalas (isto é, à escala das urgências de cada especialidade) e ao restante serviço dos Médicos Internos. Com esta medida, os Médicos Internos vêem-se obrigados a cumprir trabalho indiferenciado em detrimento do exercício tecnicamente diferenciado no âmbitos das especialidades que frequentam e a que estão vinculados pelo Regime do Internato Médico, o que, quanto a mim, é inaceitável. De facto os Médicos Internos são contratados pelo Estado para se especializarem e se diferenciarem e não devem servir como mão de obra barata para suprir necessidades do Hospital, a que estão contratualmente vinculados apenas durante o seu tempo de formação, que devem ser colmatadas com Médicos pertencentes ao quadro da instituição ou Médicos contratados externamente.
Mas, à parte desta discussão, a verdade é que a medida foi tomada tão em cima do joelho e sem um conhecimento mínimo da realidade que alguns internos foram escalados em dias em que gozam férias, já devidamente aprovadas. Por outro lado, alguns Médicos Internos já fazem mais horas de urgência de especialidade do que são obrigados por lei (12h+12h por semana). Assim, espera-se que, a partir de amanhã, aconteça o pior no Serviço de Urgência dos HUC com faltas de alguns Médicos, impossibilitados de comparecer, mobilização compulsiva de outros, que terão que permanecer no Serviço de Urgência até que alguém os venha substituir, e, acima de tudo, com a desmotivação e a revolta daqueles que, querendo exercer a sua actividade regular (consultas externas, trabalho na enfermaria, bloco operatório, reuniões clínicas e actividade científica) se vêem obrigados a abdicar da sua formação, por ordem do próprio Hospital.

Outros horizontes

Igualmente sobre as relações do Estado com o aborto, ler o post exemplar, "aborto: todos socialistas", por rui, no Blasfémias.

Despenalizar, e depois?

O aborto é uma questão que me suscita muito mais dúvidas do que certezas. Não tenho o espírito iluminado daqueles que se auto-proclamam defensores da vida, como não encontro as razões indiscutíveis daqueles que, firmemente, afirmam "aqui mando eu".
No entanto, ainda mais dificilmente compreendo um Estado que, convivendo, sem grandes problemas de consciência, com extensas listas de espera nas cirurgias dos seus hospitais e preparando-se para introduzir novas taxas moderadoras e de internamento na saúde pública, disponibiliza, sem qualquer tipo de impedimento, todos os seus meios para a mulher que queira interromper a sua gravidez, sem que a sua vida ou a do feto estejam em risco.
A favor desta posição está o velho argumento de que, se assim não fosse, estar-se-ia a prejudicar aquelas mulheres que não têm meios para abortar.
Porém, isso já acontece com muitas pessoas de todos os sexos e raças que não têm o dinheiro nem o tempo que lhes permita sobreviver à espera da cirurgia salvadora num qualquer hospital público. E, em relação a estas, nunca, em lado nenhum, se viram cartazes furiosamente empunhados, nem barrigas indignadamente pintadas.
Quer isto dizer que, concordando com a despenalização total do aborto, nunca concordarei que este seja feito indiscriminadamente à custa do Estado.

30.10.06

Vírus noticioso

Hoje, no Público, on-line:

"Pandemia de gripe das aves poderia infectar quatro milhões de portugueses"

Há um ano que ouvimos, em tom alarmista, falar de milhares e milhões de hipotéticas mortes por causa da gripe das aves.

Entretanto, na mesma notícia:

"De acordo com o director-geral da Saúde, Francisco George, desde 2003 registaram-se em todo o mundo 256 casos de infecção em humanos com este vírus."

E a verdade é que até hoje, no nosso país, não se ouviu, sequer, um único espirro que indiciasse tamanha catástrofe.

Será que se pretende chamar a atenção do vírus? É que com um potencial tão elevado, os níveis de produtividade andam muito por baixo...

Maldosa ou Violenta

Pergunta João Bonzinho n'A Bola: "mas alguém insinua que Katsouranis teve entrada maldosa, ou violenta, sobre o infeliz Anderson?". Claro que não, respondo eu. Como é possível insinuar tais coisas!

Outros horizontes

Ver a moderna arte de comunicar em Vendo, Lendo, Ouvindo, Átomos e Bits, de 28 de Outubro de 2006, por José Pacheco Pereira, no Abrupto.

29.10.06

Fraquinho

O novo Gato Fedorento.

Jornalismo

Hoje, quando via o resumo do jogo Porto - Benfica na SIC, aparece o desgraçado do Anderson a lamentar-se de mais uma lesão. Quem viu na SIC deve ter pensado que a maleita lhe caiu do céu! Isto é, da entrada brutal do Katsouranis não houve registo...

28.10.06

Incompreensível

Onde é que a Sport tv vai arranjar os comentadores? Não havia pior?

27.10.06

PS3

Assustador.

Patetices

Escreve o braço escrito da direcção benfiquista (que a literacia não abunda por aquelas bandas encarnadas): Vieira sem medo no Dragão. Isto sim é coragem, mesmo sem o Micúli (segundo as regras de pronúncia italiana de José Veiga).

Blindados

Escreve Medeiros Ferreira no Bicho-Carpinteiro: "O DN publica hoje o resultado do seu Barómetro. Todos caem menos as forças à esquerda do PS , e os que ocupam cargos blindados à impopularidade". Eu até concordo que é fácil estar no topo da popularidade quando se é Presidente da República, parece é que desde que o cargo deixou de pertencer ao património da esquerda mudou de estatuto...

P.S. - Conclui-se que a popularidade de Soares era devida ao facto de ocupar "cargos blindados à impopularidade".

Contra o poder

Vasco Pulido Valente, hoje, no Público (link indisponível), defende que, quando existe um governo com maioria absoluta, o líder da oposição é sempre a figura mais criticada.
Permitam-me discordar. Em Portugal, o poder tem um peso desmedido no carisma da pessoa, pelo que quem o detém (seja ou não apoiado numa maioria absoluta) é sempre alvo de sedução e olhado com alguma subserviência por parte da imprensa e opinião pública.
Pelo contrário, quem tem a tarefa de censurar quem está no poder é constantemente objecto de violentas críticas, até que se comece a desenhar a mudança de ciclo político. Apenas nesta última fase é que o líder da oposição começa a gozar de respeitabilidade, ou não estivesse ele na iminência de se tornar no chefe do governo.
Basta olharmos para o modo como Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso (com excepção do período após a demissão de Guterres) e Ferro Rodrigues foram tratados. Todos eles eram considerados inaptos para o lugar, surgindo, constantemente, vozes que lhes indicavam a rua como único destino possível.
O único líder recente que não teve de passar por tamanha provação foi José Sócrates, mas, unicamente, porque o PSD lhe ofereceu, numa bandeja dourada, Pedro Santana Lopes.
Quer isto dizer que, a meu ver, a conclusão de VPV peca, mas apenas por defeito.

26.10.06

Tudo pelo futebol


Em semana de FC Porto - Benfica, nunca é demais salientar o amor ancestral dos portugueses pelo jogo.

Ministro da Economia

Sempre que vejo algum grande investimento das grandes multinacionais em Portugal - como o caso mais recente da IKEA em Paços de Ferreira - não consigo deixar de imaginar o nosso Ministro da Economia a baixar as calças compulsivamente.
Além da imagem não ser nada agradável, vai até contra as minhas mais honestas esperanças e desejos de desenvolvimento, que até penso também, que passará por atrair investimento externo.
Mas a que preço? Com que garantias? Não podemos esquecer que não é o facto de as empresas se instalarem cá, que as vai impedir de amanhã se deslocalizarem, como tão frequentemente se tem visto. E isso não é, para mim, de maneira alguma censurável.
No fundo, o que interessa para o futuro do País não são estes acordos pontuais, que apesar de benéficos, não trazem sustentabilidade. Estes acordos são meros negócios, como tantos outros que se fazem diariamente. Uns melhores outros piores. E como quase sempre, aqui ganha mais quem tem mais astúcia.
Daí o meu receio. Não estou a ver o Manel como grande negociador - e é só disso que estamos a falar. Ainda por cima, o facto dos privilégios acordados não serem revelados, só me inquieta ainda mais. Nada é mais poderoso que uma imaginação descontrolada.

Cenas Memoráveis

Tive há momentos a felicidade de poder rever umas das cenas mais memoráveis de que me lembro, no que toca a filmes de acção.
Vou tentar descrever para ver se alguém a vai reconhecer à medida que fôr lendo:
Num bar do Alasca (já aqui está uma bela pista) estava um esquimó bêbado a ser desprezado e maltratado por um daqueles grupos de trogloditas que andam sempre aos molhos e embriagados a arranjar desacatos. Grande multidão a admirar a humilhação do pobre desgraçado sem se intrometer. Nisto chega O Maior. Nada menos que Steven Seagal com casaquinho de pele com ripas à índio. Propõe ao líder do grupo um pequeno jogo e o diálogo, brilhante, verdadeiramente memorável e inigualável, é mais ou menos o seguinte:
SS (atenção que isto é sempre com O Maior a sussurrar): Are you man enough to play a game with me?
Bandalho: Yeah, I´m a Man. I have big balls between my legs. I´m a Man. I´m a big Man.
- O jogo é nada menos do que o jogo da 'Sardinha'. Se O Maior acertar nas mãos do Bandalho, tem direito a espetar-lhe uma solha - É, repito, Brilhante!
SS: Well big man with big balls. Let's do it.
- O Bandalho leva uma, leva duas, leva três e começa a choramingar um pouco depois de ter ido ao tapete nas três vezes. A multidão, entusiasmada no início, começa a suspeitar que algo de muito importante se vai passar e fica apreensiva.
Com a cara toda ensanguentada e disforme, numa postura já totalmente submissa, o Bandalho ouve as sábias palavras d'O Maior -
SS: What does it take? Ah? What does it take to change the essency of a man?
Bandalho (a soluçar): I need time. I need time to change.
SS: Me too. Me too (palmadinha no ombro do Bandalho) - e O Maior abandona a sala porque tarefas muito mais importantes o aguardam. Tipo salvar o Alasca inteiro e os Esquimós todos. A multidão na sala tinha acabado de assistir à transformação de um homem mau, rude, que ganhou uma consciência a jogar à Sardinha...
Isto é Cinema.
Desculpem a extenção do post, mas não queria deixar nada de fora. Claro que recomendo vivamente o aluguer deste "Under Siege 2" porque só quem já viu esta cena, saberá o que se experimenta com a mesma.

25.10.06

Navegando à vista

O processo de introdução de portagens nalgumas SCUT´s, cujas incoerências foram reveladas hoje por alguns jornais, deixa transparecer um dos grandes problemas deste governo.
É verdade que este executivo tem demonstrado alguma vontade reformista e de afronta a alguns interesses estabelecidos e há muito enraízados na sociedade portuguesa.
No entanto, para quem assiste de fora, fica sempre ideia de que se tratam de medidas ad hoc, sem que exista um verdadeiro projecto nacional e uma visão enquadrada para o futuro. Esse sentimento ainda ganha mais força quando se constata que muitas das promessas que constavam do programa do governo, e que, à partida, deveriam justificar o seu mandato, não foram cumpridas, desdizendo-se com toda a desfaçatez o que se jurava a pés juntos no dia anterior.
O governo tem demonstrado coragem, sem receio de fazer sangue, mas corre-se o risco de se estar a gerar todo este desconforto e contestação, simplesmente, para tapar buracos, desperdiçando-se uma grande oportunidade (talvez a derradeira) para tornar Portugal viável.

Outros horizontes

Sobre o cobarde ataque a Miguel Sousa Tavares, ler "O país das invejazinhas", por Carlos Abreu Amorim, no Blasfémias.

Mozilla Firefox 2.0

Já está disponível, em português (PT), aqui.

24.10.06

Convenções

O Público de hoje noticia um relatório da Entidade Reguladora da Saúde sobre as convenções estabelecidas pelo estado:

"Há mesmo quem estime que 20 por cento do valor pago aos convencionados será por serviços nunca prestados, ou seja, por uma actividade fictícia."

"E isto porque as regras (os clausulados tipo) das convenções em vigor datam de meados da década de 80 e não foram actualizadas entretanto, salvo casos excepcionais, apesar de o decreto-lei que define o Regime Jurídico das Convenções (1997/98) estipular que deviam ser revistos no prazo de 180 dias."

"por vezes fazem-se trespasses de convenções a preços elevados".

DECO, defesa dos consumidores?

Penso que a DECO tem como um dos seus objectivos a defesa contra a publicidade enganosa, penso... É com espanto que vejo que recorrem a técnicas publicitárias mais que duvidosas, tipo Selecções Reader's Digest, com envio de documentos "prioritários", "serviço expresso " (com um logótipo de um avião no envelope) e outras balelas, tudo para nos fazer assinar a Proteste. Como considero este tipo de publicidade um insulto à inteligência dos consumidores, custa ver uma instituição útil subverter os seus princípios de actuação.

Mandato sem representação

Os partidos políticos culpam as dificuldades no cumprimento da nova lei e as suas "exigências tremendas", para as irregularidades apresentadas nas suas contas da campanha eleitoral das legislativas de 2005.
Parece impossível. Como é que, numa lei aprovada pelos deputados na Assembleia da República, ninguém se lembrou de ouvir os partidos...

Uma questão de mentalidade

O jogo entre o Sporting e o FC Porto foi fraquinho, sem grandes motivos de interesse, e apenas a entrega dos jogadores do Sporting e algumas defesas de Helton superaram a fasquia da mediania que dominou todo o jogo.
Não tenho dúvidas que o Sporting acabou por jogar melhor, sem, contudo, conseguir justificar uma hipotética vitória. O domínio territorial e da posse da bola nunca se traduziu em ocasiões flagrantes de golo e, apesar de em certas alturas ter obrigado o Porto a manter-se demasiado atrás, faltou sempre a estocada final.
O FC Porto, por seu lado, nunca conseguiu superar a ausência de Anderson, sendo uma equipa demasiado lenta e apática, com um Lucho que parece em constante esforço para correr e com Quaresma a ligar o complicador que o obriga a pensar em duas ou três fintas possíveis até se decidir pelo passe que já deveria ter feito há segundos atrás.
No entanto, existe algo que impedirá sempre o Sporting de ser um clube verdadeiramente vitorioso. É a mentalidade dos seus adeptos.
Começando logo no primeiro segundo de jogo, em que as bancadas de Alvalade fervem por causa de um simples lançamento de linha lateral a meio-campo, acabando em Dias Ferreira, ontem na Sic-N, que tentou culpar o árbitro pela incapacidade de chegar à vitória, todos no clube cultivam uma atitude desculpabilizadora que acaba sempre por desresponsabilizar os próprios jogadores e treinadores pelo insucesso.

Marie Antoinette


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Mín. * Máx. *****

23.10.06

Deixem-nos trabalhar

Para mal dos meus pecados, o empresário de jogadores de futebol (ou agente FIFA, como se diz agora) Manuel Barbosa deve estar em vias de regressar ao activo, já que decidiu remodelar as suas instalações (situadas logo acima da minha cabeça) à custa de violentas perfurações e estridentes marteladas que atiram a produtividade do escritório para níveis que fariam corar de vergonha qualquer trabalhador do Iémen.

Adenda - Em abono da verdade, o ilustre vizinho de cima pediu desculpas antecipadamente, referindo que tamanho tormento apenas iria durar um dia. Este facto apenas não foi referido antes por desconhecimento meu.

20.10.06

Resposta pronta

José Maria Aznar descobriu que a caneta não serve apenas para responder por escrito...

Tempestade sem fronteiras

Esta semana, com excepção da honrosa vitória do FC Porto contra o Hamburgo (pese embora todas as fragilidades que os alemães demonstraram no Dragão), o futebol português foi varrido por essa Europa fora.
O Sporting ainda tem a desculpa de ter jogado contra um colosso do futebol alemão, mas o Benfica e o Braga perderam, sem apelo nem agravo, contra equipas que, teoricamente, seriam do seu campeonato.

19.10.06

Beleza

"Cultura"

"(...) hoje, a "cultura" é o meio mais eficaz para obter propaganda.(...) os governantes mais iluminados perceberam que, investindo na "cultura", esssencialmente na "animação cultural", obtêm boa imprensa, legitimidade, figuras de cartaz e "nome". É caro, mas é eficaz, porque tem a enorme vantagem de proteger a propaganda com a intangibilidade da "cultura", que ninguém contesta nem discute, porque a criatividade está acima do debate vulgar da política. (...)"

Pacheco Pereira no Público de hoje (link não disponível), excerto de A "Rivolução" dos nossos dias.

Aborto II

Discordar de algo não implica que concordemos com a sua criminalização.

Duas realidades

Este governo tem gozado de um amplo consenso, da esquerda à direita, em muitas medidas que tem tomado, já que há a consciência de que são necessárias e imperativas para assegurar o futuro do país.
No entanto, a verdade é que Sócrates só está nessa posição porque mentiu aos portugueses na campanha eleitoral e porque, desde que tomou posse, tem feito tábua rasa em relação ao seu comportamento enquanto era líder da oposição.
Quem viu o primeiro-ministro na bancada da oposição e agora assiste a medidas do seu governo como o aumento do I.V.A., a introdução de novas taxas moderadoras e de internamento nos hospitais e o fim (anunciado) de algumas SCUT, só pode pensar que está na presença de alguém com distúrbios esquizofrénicos graves.
Este tipo de comportamento eleitoralista e oportunista até pode produzir resultados a curto prazo, mas, a longo prazo, é o próprio sistema democrático que irá pagar a pesada factura.

18.10.06

Aborto

Relativamente ao problema do aborto também eu não tenho certezas. Tenho dois princípios gerais que regem a minha posição. Por um lado considero que o julgamento e a condenação de mulheres que praticaram o aborto não é solução para o problema e, pelo contrário, é algo que as coloca numa situação desumana de exposição pública, com divulgação e exploração de problemas sociais e familiares graves que estão, na maioria dos casos, por detrás destas situações. Um aborto não é um acto premeditado mas antes realizado sob forte perturbação emocional, quando a mulher encontra na gravidez não prevista um factor de grave desestabilização a vários níveis. Por outro lado, não posso ocultar a minha oposição total à eliminação, sem justificação médica séria, de um ser humano real, não imaginário, com existência própria, que se encontra ainda numa fase inicial do seu desenvolvimento e, devido a esse facto, está dependente da total protecção da mãe, o que inclui o isolamento do meio externo. Por isso, não concordo com a "liberalização" do aborto, isto é, penso que o Estado não deve proporcionar às mulheres meios para executar um aborto, salvo nas condições previstas na lei (e que incluem aspectos psicológicos graves da mãe). O Estado deverá proporcionar os meios para que a mulher não seja empurrada para o aborto como última solução dos seus problemas. Em conclusão, embora a actual lei preveja já as situações que eu considero admissíveis para abortar em estabelecimentos públicos ou privados, penso que deveria ser retirado o carácter criminoso de um acto que, fora dessas condições, seja praticado por iniciativa de uma qualquer mulher que se vê em desespero.

Afinal sempre vale a pena...

Ficámos hoje a saber que o Governo irá colocar portagens em três SCUT. A aplicação desta medida foi justificada com a poupança anual de 100 milhões de euros ao Estado.

Como defensor do princípio utilizador/pagador, considero que esta decisão teria que ser tomada.
Só não entendo porque é que os governantes não entenderam este benefício desde o início, tendo com esta protelação de dois anos perdido 200 milhões de euros.
Caem ainda no ridículo de não assumirem o referido princípio (utilizador/pagador), justificando-se com o resultado financeiro que poderão encontrar. Como é que não pensaram nele antes?

(défice... a quanto obrigas)

Volta de 360º

Ao que parece, o governo vai mudar as regras do imposto automóvel, diferindo parte do seu pagamento para os anos seguintes ao da compra do veículo.
Quer isto dizer que, aparentemente, comprar carro vai passar a ser mais barato. Mantê-lo é que vai ficar mais caro...

17.10.06

Viajar em Roma

Estive, pela primeira vez, em Roma há cerca de uma semana, e devo dizer que fiquei estupefacto pela fidelidade da caricatura dos condutores e motociclistas romanos, que se comportam como se aquele semáforo ou direito de prioridade fosse a última batalha das suas vidas.
O dia-a-dia da cidade, apesar de ter como pano de fundo a grandiosidade da sua história e a singularidade dos seus monumentos, é preenchido pela irritante e frenética sinfonia de apitos e pela ansiedade provocada pelo aproximar do momento em que vamos ter de atravessar uma rua.
Posto isto, e pensava eu, enquanto por lá andava, que nada seria mais seguro do que andar de metro...

Controlo da População Mundial

A ver!!

http://www.worldometers.info/

16.10.06

Uma verdade inconveniente














Trata-se de um documentário onde, utilizando entrelinhas cuidadosamente demagógicas, se apresenta uma candidatura baseada num programa que poderá ser extraordinariamente limitado.
A potencial verdade inconveniente poderá ser conhecida nas presidenciais 2008...

Aborto

Quando penso na questão do aborto, o que mais me vem à cabeça são dúvidas, interrogações. Isto é, pensamentos diametralmente opostos dos mais fervorosos defensores de ambos os lados. Aliás, cada vez que leio um artigo de algum fanático (que abundam nos dois lados da barricada), cheio de certezas, penso que é mais um ponto que estão a conceder aos seus adversários. Acho que (quase) ninguém nutre simpatia pelo primarismo do regresso do nazismo ou do orgulho "eu já abortei". Esperar-se-ia era um debate sério e esclarecedor, livre de fanatismos, o que parece impossível sempre que esta temática volta a ser abordada

P.S. - Esclareço, no entanto, que me inclino para a despenalização da interrupção voluntária da gravidez depois de me ter abstido no último referendo.

Rivoli

Os manifestantes que "sitiaram" o Rivoli ilustram bem o espírito da cultura portuguesa.
Atente-se que o Rivoli não vai ser vendido nem vai ver o seu estatuto de equipamento cultural alterado, como sucedeu há uns anos com o Coliseu. Nem, em momento algum, foi dito àqueles que lá estão que nunca mais poderiam exibir as suas obras e criações naquele espaço.
A câmara municipal do Porto apenas alterou o modelo de gestão, passando-o para as mãos privadas. Mas, mesmo esse modelo de gestão e as suas implicações não estão definidos, uma vez que ainda está a decorrer o concurso público com vista à sua adjudicação.
O que apavora os "agentes culturais" que se encontram fechados no Rivoli é a simples perspectiva de ver a sua obra apreciada e avaliada por pessoas normais, sem os falsos elitismos ou aparentes erudições, habitualmente discutidos e declarados com força obrigatória geral nas recônditas reuniões de velhos amigos e conhecidos e que remetem imediatamente para a categoria de ignorantes e incultos aqueles que não conseguem vislumbrar tamanha genialidade.
É óbvio que a cultura tem especificidades que devem ser discutidas e protegidas, mas nenhuma outra actividade convive tão bem com a crónica dependência de subsídios e a falta de adesão de público, que, muitas vezes, até chega a ser vista pelos criadores como mais uma prova do seu incompreendido brilhantismo.

15.10.06

Outros horizontes

Ler forças ocultas - parte 2, no Blasfémias.

14.10.06

Nações Unidas

Nos últimos tempos, têm-se sucedido vários episódios que vêm por em causa o estatuto da ONU como entidade supra-nacional reguladora da segurança e das relações internacionais. Já para não falar na intervenção militar do Iraque, feita à margem das Nações Unidas, tem-se assistido a uma falta de firmeza e de capacidade desta organização para por fim a situações intoleráveis, como a situação calamitosa no Darfur e, mais recentemente, nos testes nucleares do regime totalitário da Coreia do Norte. A ONU tem sido utilizada fundamentalmente como um travão, à custa do direito de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança, que é utilizado alternadamente pelos diversos países. A ideia que a ONU nos transmite é de uma organização não representativa onde os Estados poderosos decidem, consoante os seus interesses específicos, o destino dos povos. Não há, portanto, uma verdadeira entidade supra-nacional e independente com princípios claros de actuação mas sim uma organização que, sob a designação de "diplomacia", é usada para troca mútua de favores e interesses. Assim, uma decisão tomada "no âmbito nas Nações Unidas" será aquela que cumprir esse objectivo, o de satisfazer os membros permanentes do CS, ainda que não seja minimamente eficaz na resolução do problema.

13.10.06

Isto é Portugal

Estou a ver o jogo Beira-Mar vs Braga, transmitido pela Sport TV, num estádio praticamente vazio. E parece que é sempre assim, meia dúzia de almas penadas costumam frequentar aquele recinto desportivo.
Esta semana, o jornal Público, noticiava que 40% do endividamento autárquico de Aveiro correspondia aos compromissos assumidos para a construção do estádio municipal.

A Dália Negra


***

Mín. * Máx. *****

Outros horizontes

Para quem está habituado a ver o contorcionismo de Vital Moreira na pareciação de medidas quase idênticas de governos de diferentes cores partidárias, ler "Maldita memória...", por Paulo Gorjão, no Bloguítica.
Infelizmente, na grande maioria das democracias, a política vai-se fazendo assim.

As virtudes do silêncio

Alguém poderia dizer a este senhor que as eleições já foram há mais de meio ano e que ele as perdeu?...

12.10.06

Guimarães é Espanha?


Depois de assistir à exibição de Petit e Costinha, no jogo de ontem frente à Polónia, cheguei à conclusão que este senhor só pode ser espanhol.

10.10.06

O milagre da matemática

€ 5.000.000 - José Mourinho
€ 30.000.000 - Ricardo Carvalho
€ 20.000.000 - Paulo Ferreira
€ 15.000.000 - Deco
€ 5.000.000 - Derlei
€ 20.000.000 - Maniche e Costinha
€ 10.000.000 - Seitaridis

Em duas épocas, a direcção da SAD do FC Porto não só conseguiu desbaratar todo este dinheiro, como ter o desplante de ainda apresentar € 30.400.000 de prejuízo, pagando salários a jogadores como Cláudio Pitbull, Leandro, Leandro do Bonfim, Ezequias, Tarik Sektioui, entre outros, como uma "opção consciente".

A arte de bem negociar

Numa clara demonstração de boa-fé e de espírito de abertura, a Coreia do Norte, certamente adensando ainda mais as dúvidas (ou certezas) de Bernardino Soares, veio, através de um responsável do seu governo, declarar que "admite lançar um míssil com uma ogiva nuclear", se as negociações com os países representantes da O.N.U. falharem.

9.10.06

Pinto da Costa

Hoje, na entrevista de Pinto de Costa ao jornal O Jogo, não estava à espera de perguntas difíceis. Já se sabe como é o pseudo-jornalismo desportivo português (não é uma singularidade nossa), estas entrevistas são uma farsa absoluta. Assim é normal que tendo em conta as contas apresentadas pelo FCP, ninguém tenha tido coragem de perguntar, como é que após as receitas ímpares conseguidas nas épocas passadas seja possível apresentar tais resultados. Sabemos que chegaram camionetas de jogadores, alguns a que nem vimos a face, que partiram com a mesma velocidade... Em relação ao Apito Dourado, como sempre, P.C. só fala do que lhe convém e as perguntas...

E se não saísse da cama...

Para acordar bem disposto à segunda-feira, nada melhor que sintonizar um dos nossos canais de televisão.
De desgraça em desgraça, começando nas reacções ao tiroteio mortal entre dois assaltantes e soldados da G.N.R. e acabando numa desinteressante reportagem sobre a hepatite C, é difícil passar o trajecto matinal, desde o desfazer da barba até à última investida na chávena do leite, sem soltar um suspiro de desolação…

P.S. E, felizmente, não vivo nem trabalho no Porto ou em Lisboa, pelo que as habituais más notícias sobre o trânsito pouco ou nada me dizem.

4.10.06

Roma


Estarei por aqui até Domingo...

3.10.06

Então?

Dizia Luís Fazenda no jornal das 9 na SIC-N, referindo-se ao muro que os EUA pensam construir na fonteira com o México: "os deserdados do mundo querem ir para os países mais prósperos" (cito de cor). Pensava que segundo a cartilha do BE os Estados Unidos eram um inferno para viver...

Máscaras


Bem mais divertidas que as vulgares máscaras cirúrgicas. Mas como os hospitais portugueses andam a tentar conter despesas...

Ainda o major

Desculpem a recorrência do tema, mas é preciso um desplante desmesurável para que o ex-presidente da Liga, sabendo das escutas telefónicas que vieram a público, venha agora dizer que os problemas do futebol se resumem à arbitragem e à disciplina. Haja lata!

Urgências

Reformar o serviço de urgência em Portugal é quase como fazer a quadratura do círculo. As dificuldades são mais que muitas. Um dos grandes problemas é sobreutilização que os portugueses fazem das urgências.
A quantidade de pessoas que recorrem sem um verdadeiro motivo é inumerável. Nós, talvez por qualquer razão cultural, nunca conseguimos fazer uma utilização racional de algo que é quase gratuito (pensamos nós). Pode-se argumentar que esta utlização desnecessária advém do mau funcionamento dos cuidados primários, o que é em parte verdade, mas não explica tudo. Por exemplo, qualquer médico que já tenha passado pela urgência geral, deparou certamente com as enchentes de segunda-feira, geralmente, em busca de uma qualquer justificação para não ir trabalhar. Claro que os problemas do S.U. não se resumem a isto mas não deixa de ser um problema pertinente.

No que diz respeito ao encerramento dos S.U. de 14 locais parece-me que 45 minutos de distância não será lá muito razoável...